9.1.22

A CHAVE CRIPTOGRÁFICA DA CARTA DE APOCALIPSE


A CHAVE CRIPTOGRÁFICA DA CARTA DE APOCALIPSE

 

Se nem os tribulacionistas/futuristas de hoje conseguem entender Apocalipse, o que dirá de alguma interceptação da Carta de João pelo Império Romano? Nem se o governo romano do primeiro século tivesse a máquina Enigma do século XX decifraria a linguagem de João. Sua simbologia é proposital como uma carta que só poderia ser "descriptografada" por sua audiência primária. E nós, hoje, só podemos entender a carta nos aproximando ao máximo do entendimento da audiência primária, conhecendo seu contexto histórico e geográfico. O futurismo e tribulacionismo favorecem apenas aos dominadores de rebanho ao longo da história.

 

A Carta de Apocalipse tem características que não permite lançar profecias futuristas:

 

1. Por toda Carta há um forte senso de urgência e acontecimentos iminentes.

2. Há destinatários (audiência primária) históricos e geograficamente claros. -- Ap 2,3.

3. A linguagem simbólica é fortemente judaica. A audiência primária deveria conhecer muito o Antigo Testamento.

4. Destinada as 7 igrejas da Ásia Menor com infiltração religiosa de judaizantes e outras seitas históricas e extintas como nicolaítas, seguidores de Balaão e Jezabel. – Ap 2,3. – 2/3 da Carta faz alusão ao Antigo Testamento.

5. O templo é dito como existente. -- Ap 11.

6. Havia adoração ao imperador romano. -- Ap 13.

7. A ênfase da Carta é a destruição de Jerusalém e vitória do Cristianismo sobre Roma.

8. Os relatos históricos do historiador do primeiro século Flávio Josefo confirmam as profecias de Mateus 24, Lucas 21, Marcos 13 e Apocalipse.

9. Há dados cronológicos, culturais, históricos que convergem para o século primeiro e não século XXI.

10. Se os futuristas que lançam Apocalipse sobre cada geração e se cada geração espera seu fim, a igreja histórica não conseguiria planejar a longo prazo como sempre fez e continua fazendo.

 

Raniere Menezes

Colaborador da REVISTA CRISTÃ.ORG (http://www.revistacrista.org/)

31.12.21

REDENÇÃO & LIBERDADE

REDENÇÃO & LIBERDADE

Em 2022 completará 6 anos da morte de Francisco Erasmo Rodrigues de Lima, pai de 4 filhos, pedreiro, alcoólatra, divorciado e morador de rua, foi morto nas escadarias da Catedral da Sé. Uma senhora, que rezava na igreja acabou sendo feita de refém por um criminoso. Francisco não hesitou, sabia o que devia fazer e se atirou contra o lobo solitário armado, libertou a mulher e foi baleado e morto no confronto. Em seguida o agressor armado foi morto na escadaria da igreja pela polícia.

Enquanto Francisco entregava sua vida em defesa daquela mulher, pessoas assistiam e filmavam, mas só Francisco, um morador de rua, foi capaz de entregar sua vida por uma pessoa desconhecida. Francisco Erasmo na porta da igreja, aos pés da cruz, talvez nunca tenha ouvido João 15.13: Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Mas encarnou a palavra e foi além, deu sua vida por uma pessoa desconhecida. Francisco viveu literalmente na carne a verdade, por justiça e liberdade, liberdade que não conseguiu para ele, mas para o próximo. 

Que FRANCISCO ERASMO seja lembrado por seu ato de bravura e heroísmo. Viva os verdadeiros heróis brasileiros! 🇧🇷 Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência. (Léon Tolstoi). 

Raniere Menezes

29.12.21

Olavo tem razão, mas não tem asabiya


Olavo tem razão, mas não tem asabiya

 

Olavo de Carvalho não consegue unificar tribos, ele não tem “asabiya” amplo e eficaz. -- O termo “Asabiyyah” ou “asabiyya” (árabe: عصبيّة, 'sentimento de grupo' ou 'coesão social') é um conceito de solidariedade social com ênfase na unidade, uma cola social. -- Por um tempo ele atacou os evangélicos (assim como fez também Bernardo Kuster e o Alan dos Santos) depois recuou (recuaram) porque provavelmente reconhece o número de votos. Muitos evangélicos defendem as mesmas pautas olavistas, por exemplo, homeschooling. Esta convergência deve ser valorizada. -- "O amigo quer as mesmas coisas que você e rejeita as mesmas coisas que você", provérbio medieval, atribuído a Tomás de Aquino. 

 

Existe um imaginário entre alguns católicos romanos que o Brasil deve retornar e fortalecer sua unidade estatal através da monarquia e catolicismo (vide Instituto Borborema e Brasil Paralelo). Este Brasil não tem retorno (desde a fragmentação de miríades de linhas teológicas cristãs, o cristianismo aprofunda cada vem mais em organizações descentralizadas e distribuídas).

 

Se Olavo vivesse nos começo do século XX seria um Grigori Rasputin e nas décadas posteriores viveria o esoterismo, misticismo e astrologia dos anos 20? (por sinal ele fala mal ou processa quem cita seu passado ocultista e seus elogios ao Islã). Ainda bem que sua praia mais importante para a política foi geopolítica pós-guerra, e contribuiu para revelar a conexão de pontos da guerra fria até os esquemas de poderes do século XX e matizes comunistas. Houve certa migração de um viés rasputiniano para um nível mais duginiano (Aleksandr Dugin). O tradicionalismo defendido pelo Olavo é excelente para a política brasileira. A crítica à modernidade materialista é válida e a fé cristã apoia em grande parte. João Pereira Coutinho diz que o Olavo não é conservador, mas reacionário cativo ao esquema historicista-marxista, Olavo faz marxismo do avesso, segundo Coutinho. – “[Olavo de Carvalho] Polemista talentoso, autor tem atitude estranha para um genuíno conservador, incompatível com suas melhores páginas” (João Pereira Coutinho, Folha de São Paulo, 14/12/2018). – É visível que o Olavo dos livros é diferente do Olavo das redes sociais, nas palavras do Coutinho: “É incompatível com suas melhores páginas”.

 

Deus, pátria e família são pautas caras para a fé cristã. Religião e patriotismo têm uma coesão social forte no meio evangélico e existe uma tendência de fortalecimento. Nos EUA, berço protestante, os republicanos conseguem unir grande parte de cristãos católicos e evangélicos na política, no Brasil esta unidade está em processo lento e gradual, pois é uma configuração oposta aos EUA. A espinha dorsal da disputa ideológica tem suas vertebras mais importantes a cultura e educação, e os evangélicos participam dessa disputa. Ideologicamente é possível ter alianças e pontos em comum com a chamada sociedade judaico-cristã, porém a perspectiva evangélica-protestante rejeita o Perenialismo (A tríade "Filosofia Grega", "Direito Romano" e "Cristianismo"). A cosmovisão teológica-filosófica do protestantismo é baseada em tétrade:  "Criação, Queda, Redenção e Consumação", porém há pontos convergentes para no mínimo, unir votos.

 

Acompanho o Olavo desde o site Mídia sem Máscara e as disputas com o falecido evangélico Júlio Severo, ambos dispararam acusações um contra o outro por um tempo. – O Júlio Severo foi acusado de comunista, porém declarou voto aberto em Bolsonaro em 2018 e tem tudo registrado num antigo blog (http://juliosevero.blogspot.com/2021/02/as-inverdades-de-olavo-de-carvalho.html). Deixando de lado esta polêmica, entrando em outra, Olavo (e seguidores) recentemente vem atacando o PR Bolsonaro dizendo ser crítica construtiva. Espero que esta fase rançosa passe logo e o pragmatismo do ano eleitoral retorne e as convergências superem as divergências.

 

Voltando a primeira afirmação, Olavo de Carvalho não consegue unificar tribos, ele não tem “asabiya” amplo e eficaz. Na tríade, Deus-pátria-família, ao rejeitar o iluminismo-materialismo-modernidade, defende as verdades universais das principais religiões, porém não defende a centralidade de Cristo e das Escrituras Sagradas como fez a Reforma Protestante (século XVI) ao demarcar os pilares Solus Christus e Sola Scriptura. Não há ênfase na Soberania de Cristo por parte de Olavo em sua elaboração das disputas dos esquemas de poder mundial, a qual inclui o Islã e esboça uma possível reação católica romana. Ou seja, no quesito cristandade Bolsonaro tem a cola social, a asabiya, para unificar em grande parte católicos, evangélicos e comunidade judaica brasileira. Ele mesmo se declara católico, é rebatizado no Jordão, tem esposa evangélica e muitos evangélicos estão alinhados em ministérios e parlamento, consegue unificar tribos em nível relevante. A ênfase de Olavo em valores universais ou catolicismo enfraquece sua cola social, chamar evangélico de “evanjegue” não ajuda muito nesta cola, em compensação, Bolsonaro consegue unir bandeiras com uma tolerância constantina. Ao atacar o setor militar, Olavo também enfraquece o nacionalismo patriótico, área relevante para Bolsonaro. Olavo combate os militares brasileiros, mas ama uma guerra, seu espírito belicoso suporta qualquer enfrentamento, respira, vive enfrentamento. Por estas e outras, Olavo não tem asabiya ampla.

 

Peter Valentinovich Turchin, antropólogo russo-americano, especializado em evolução cultural e cliodinâmica - modelagem matemática e análise estatística da dinâmica das sociedades históricas trabalha bem este conceito asabiya como parte da teoria da história de Ibn Khaldun. Asabiya é a cola social que une os indivíduos em grupos sociais coesos. Os grupos que possuem asabiya maiores impõem sua vontade (se não derrotar completamente) os grupos que possuem asabiya menores. E o Peter Turchin estuda como os grupos adquirem asabiya e por que a perdem. Em seu blog, Peter Turchin, usa dois personagens, um real, Ibn Khaldun, e outro fictício, protagonista do romance Duna de Frank Hebert, chamado Paul Muad'Dib. Como o herói de Duna transformou seus seguidores em guerreiros resistentes e fanáticos. A resposta: Asabiya. No decorrer da ficção Duna, o herói tem um problema, enquanto asabiya de nível tribal é uma grande cola social, tornando cada tribo uma máquina de guerra eficaz, Paul precisa unificar todas as tribos do deserto para derrotar Shaddam e os Harkonnens. Para unir os Fremen em uma única força, a asabiya tribal não é suficiente. Outro tipo de cola social é necessário, e esta cola é a religião.

 

Ibn Khaldun diz (e o Peter Turchin concorda) que Paul Muad'Dib precisou de religião. É a religião que tem o potencial de unir tribos díspares (e mais geralmente, grupos étnicos) em uma força coesa. Talvez o exemplo mais famoso seja a ascensão do Islã, quando o Profeta Muhammad uniu as tribos de beduínos árabes, o que seus sucessores levaram a conquistas da Espanha no Ocidente. Ser um líder carismático é apenas parte, ser um guerreiro é apenas uma porção, Maomé, por exemplo, não era um exímio guerreiro rústico, mas valorizou a força da espada, tinha a capacidade de incendiar seguidores e coragem; pele no jogo e sorte. Bolsonaro já provou que tem coragem ao se expor tantas vezes aos perigos tendo muitos inimigos.

 

Olavo tem carisma tribal, mas não consegue unificar muitas tribos. Tem uma grande capacidade belicosa de incendiar seus seguidores, mas não consegue unificar tribos. Olavo tem razão quando diz que conservadorismo significa fidelidade, constância, firmeza. Não é coisa para homens de geleia, então que pare de ameaçar Bolsonaro e demonstre lealdade, pois não existe amizade sem confiança nem opinião sem consequências.


Raniere Menezes

Arte de caneca -- imagem da internet




26.12.21

Escândalo para os judeus, loucura para os gregos




Escândalo para os judeus, loucura para os gregos

 

Ao longo da história os cristãos já foram acusados de todos os tipos de rótulos negativos por seus detratores [nada de novo sob o sol]. Uma das calúnias mais estranhas da história foi a acusação de CANIBALISMO.

 

Um dos motivos óbvios para isso derivou da CEIA OU EUCARISTIA, cerimônia a qual os cristãos comem e bebem a carne e o sangue de Jesus [PÃO E VINHO].

 

Realmente deve ter sido muito confuso mesmo para um politeísta romano entender isto.

 

Outra razão é que a CEIA era restrita aos cristãos e quem ficava de fora não entendia bem o que significava. Servos acusavam senhores, familiares acusavam irmãos, pais, mães etc, boatos públicos distorciam os acontecimentos privados. Inicialmente a religião cristã não pertencia ao espaço público, tudo acontecia nas casas.

 

Para os romanos dos primeiros séculos os cristãos cometiam "flagicia, scelera e maleficia" - "crimes ultrajantes", "maldade" e "más ações", e um desses crimes era acusação de canibalismo.

 

Jack Deere escreveu um texto extraordinário sobre o porquê Jesus usar uma linguagem simbólica tão chocante de comer carne e beber sangue. Segue o texto:

 

“A menos que você coma a carne do Filho do Homem e beba o seu sangue, você não tem vida em você”, disse Jesus (João 6:53). Por que Ele usaria um simbolismo tão ultrajante? A multidão de discípulos que O seguia não gostou. Isso os fez resmungar: “Este é um ensino difícil. Quem pode aceitar isso? ” (João 6:60). E isso fez com que muitos deles O abandonassem.

 

Mas por que eles O estavam seguindo em primeiro lugar? Jesus disse que eles O estavam seguindo em busca de comida (ver João 6:26). E essa é a grande tentação dos religiosos: usar Deus em vez de amá-lo, segui-lo pelo que Ele pode fazer por nós e não por quem Ele é. Os pagãos perseguiram ídolos pelo mesmo motivo. Jesus ficou feliz em fornecer comida para Seus seguidores, mas queria que soubessem que Ele era mais do que um bufê.

 

Jesus transformou o desejo deles por comida física em uma de Suas metáforas mais chocantes. Ele estava dizendo à multidão que eles O buscavam por muito pouco. Ele não era apenas o sustento da vida física, mas também a fonte da vida eterna. A metáfora tinha o objetivo de chocá-los a olhar além da superfície do milagre dos pães e peixes.

 

Jesus os advertiu de que Suas palavras não eram literais (ver João 6:63). Se ao menos tivessem ficado por aqui por tempo suficiente, teriam aprendido que Jesus usou palavras duras para frustrar os motivos impuros de todos que tentaram se aproximar dEle. Mas eles não conseguiram suportar a frustração. Eles deixaram o Pão do Céu em busca de um alimento mais materialista.

 

Quando Jesus tentou dizer a Seus seguidores que Ele era o verdadeiro alimento, “o pão que desceu do céu”, os líderes judeus à margem da multidão que o ouviram ficaram ofendidos. A liderança judaica havia caído em outra grande tentação das pessoas religiosas: servir a Deus por meio das tradições meramente humanas. [A metáfora chocante escandalizou e escondeu a chave do ensino para os judeus daquela geração].

 

O Senhor esconde Sua sabedoria no Espírito Santo para que os orgulhosos religiosamente não possam encontrá-la com seus talentos naturais. Aqueles que estão comprometidos em viver pelo poder de seus próprios intelectos não podem viver com essa ofensa em suas mentes.

 

Os 12 discípulos também não tinham ideia, mas não se ofenderam. Eles acreditavam que Jesus tinha um propósito ao usar a linguagem chocante e ficaram por perto para aprender o que Ele realmente queria dizer.

 

Resumindo: a linguagem simbólica oculta a verdade dos orgulhosos, revela a verdade mais profunda aos humildes e nos desperta quando somos tentados a usar Deus em vez de amá-Lo. Ele também faz outra coisa: afeta nossas emoções. Deus usa imagens e símbolos para intensificar nossos sentimentos. [Aqui encerra o texto de Jack Deere].

 

Hoje sabemos que um dos métodos que mais auxiliam a memória chama-se mnemônica, que faz uso de associações de ideias para reter algo na memória. Jesus conhecia profundamente a composição do ser humano integralmente e transformou os elementos carne-sangue-pão-vinho em um memorial perene na mente dos seus discípulos. Nas palavras de Jesus: “Façam isso em memória de mim”.

 

E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.

Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.

Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.

1 Coríntios 11:24-26

 

Para os cristãos não há curva do esquecimento da memória nos ensinos de Jesus, a Ceia traz à memória todos os sacrifícios de animais da Antiga Aliança e fortalece a memória através de algo que não apenas renova a mente, mas conduz graça integralmente através da memória sinestésica mais completa, pois todos os sentidos entram em ação, ao sentir o cheiro do pão e do vinho, ao comer e beber, às cores, aos sons, aos movimentos, às palavras, adoração, louvor e comunhão. Do mesmo modo no qual Jesus chocou e colocou em confusão seus críticos através do comer a carne e beber o sangue, os gregos, romanos e judeus desprezavam a ideia de uma cruz rude de madeira como algo insano e como algo sem cultura ou sabedoria, algo do mais baixo nível intelectual.

 

Por isso Jesus falava aos seus adversários: Vocês erram porque não conhecem as Escrituras. -- Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. -- Mateus 22:29. – No Antigo Testamento, avistar o tabernáculo de longe não havia beleza de arte e estética, o último revestimento de pele que cobria o teto da tenda do tabernáculo (ver  Êxodo 26) era de pele de animais sem tingimento, com aspecto simples, sem atrativos de cores, porém por baixo havia todos os tipos de matérias nobres, ricos tecidos trabalhados, cores raras e metais preciosos, além da Arca da Aliança e outros nobres objetos da Antiga Aliança. Ao longe o tabernáculo parecia uma simples cabana feita com materiais inferiores, sem valor, de humilde aparência. -- Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. -- Filipenses 2:6-8.

 

Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. -- 1 Coríntios 1:19-23.

 

O que parece fraqueza e loucura é o poder de Deus. A palavra "pedra de tropeço" (σκάνδαλον skandalon) significa apropriadamente qualquer coisa no caminho sobre a qual alguém pode cair; então, qualquer coisa que ofenda.  O Messias crucificado é uma grande ofensa para muitos. Como uma religião aparentemente tão desprezível teria sucesso sem o poder de Deus? Jesus nasceu em ambiente simples, cresceu como um carpinteiro em Nazaré e oferece salvação apenas pela fé. Para o cético é uma fábula, para o religioso, uma crença, mas para os discípulos, Cristo é a mais alta sabedoria. -- Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. -- Colossenses 2:3.

 

Raniere Menezes

6.3.21

Coragem e poder para pregar e realizar milagres


Coragem e poder para pregar e realizar milagres

[Paz do SENHOR!]

Temos muitos cristãos, muitos livros, seminários, igrejas, e a maioria tem algo em comum: Falta coragem para pregar o antigo Evangelho dos discípulos; todo conselho de Deus. Falta a ousadia que causa espanto. -- Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus. Atos 4:13

É preciso sair da matrix pentecostal e da matrix reformada para entender a mentalidade que Deus quer de seus discípulos capacitados pelo Espírito Santo. Não pregar todo conselho de Deus (todo!) é covardia.

Os doutores da lei em Atos ficaram surpresos com a coragem e pelo modo de falar dos discípulos ao pregarem o Evangelho. Os discípulos não tinham a formação teológica do sistema religioso judeu da época; não eram teólogos aprovados pelo sistema educacional, mas possuíam uma compreensão superior sobre as coisas do alto. Os discípulos eram homens comuns, simples, mas possuíam o poder do Espírito Santo que incomodava os religiosos da época. Tudo teria que passar pela aprovação das tradições e costumes desses religiosos.

Os discípulos eram diferentes, o seminário deles foi com Jesus, não faltava coragem e poder para pregar e realizar milagres.

Se Jesus tem lhe chamado para ser seu discípulo não aceite servir a uma instituição religiosa cheia de tradições humanas e denominacionais. Qualquer homem ou instituição que não prega todo conselho de Deus caminha para a tradição incrédula e assassina! Sim, assassina, porque a tradição humana mata os profetas e mataram o SENHOR.

Se Jesus tem um chamado para sua vida você não precisa de autorização de ninguém, de nenhuma denominação ou seminário. A melhor educação (e seminário) é aos pés de Cristo, cheio do Espírito Santo, com fé, poder e sabedoria. Peça a Deus, coragem para pregar o Evangelho e poder para realizar milagres. Um homem simples com o poder de Deus faz os doutores parecerem tolos e inúteis.

Uma observação importante: Estas verdades não significam que todo seminário ou denominação são inúteis, mas todos que não ensinam todo conselho de Deus. Com certeza um seminário cessacionista não é o lugar para aprender todo conselho de Deus.

Se Jesus te chama para servir não espere aprovações de homens, isto não vale nada. Espere dos homens religiosos a ira, você será chamado de fanático e herege. 

Bem-aventurado quando você for perseguido por causa de Cristo. Esqueça seminário, por meio da Bíblia você pode receber a mesma sabedoria que Jesus deu aos apóstolos e discípulos, por meio do Espírito Santo podemos receber o mesmo poder que moveu seus ministérios e suas vidas. 

Busque a mesma fé e poder e ensine a outros. Encontre Jesus na Bíblia, examine o que ele disse e fez. Quem ensinar menos que isso deixe de seguir (isto vale para igrejas e seminários). O maior reflexo de um discípulo de Jesus é ser cheio de coragem e poder, quanto mais você conhece Cristo menos precisa de educação religiosa tradicional incrédula.

Raniere Menezes


28.11.19

Abandonar o Facebook não é uma opção, mudar também não


Abandonar o Facebook não é uma opção, mudar também não

O Facebook quanto mais cresce mais tem problemas, ideologias, política, futebol e religião não só se discutem como têm muitos haters, interferências, spam, trolls, vícios de likes etc. O Facebook é uma comunidade com milhares de comunidades dentro, e cada uma delas é possível encontrar todos os problemas e soluções do mundo (é só atravessar uma rua). É como uma megacidade, sempre haverá becos de usuários de drogas, pancadaria estilo Peaky Blinders, interferências de empresas e governos, mas também áreas de recreação mais tranquilas, ilhas e resorts.

Todos os problemas da grande cidade Facebook vão continuar porque se transformou em uma cidade monstruosa e não tem como corrigir todos os problemas, e este grande problema é um monumental negócio bilionário, que se o prefeito Zuckerberg mexer muito alguns acionistas da Wall Street não irão aprovar, pois não irão querer transformar um modelo de negócio bilionário que funciona. Se o prefeito Zuckerberg decidir solucionar todos os problemas da humanidade dentro de sua megalópole, acionistas irão processar a empresa e pedirão sua cabeça de CEO.

Os problemas de fake news, algoritmos segmentadores, likes dopamínicos, manipulação de dados etc, irão continuar até que surja um novo sistema, até então incerto. O Facebook é um ecossistema grande demais para consertar, é uma mega Gotham City, não leia “meiga”, mas mega. Os engenheiros são bombeiros e a imprensa (que se diz neutra e não neutra) são os incendiários. Há muita fumaça e chuvas ácidas, e é impossível mudar a arquitetura e infraestrutura, é mais fácil construir uma nova Dubai do zero no deserto. O que era para ser um condomínio tranquilo de lazer para família e amigos (ou um campus universitário) transformou-se numa mega cidade.

Raniere Menezes
Frases Protestantes

Referência: https://medium.com/newco/its-the-advertising-model-stupid-b843cd7edbe9

22.11.19

Carta de um pai a seu filho de 9 anos...

Esta carta é um convite para que o leitor seja edificado por um testemunho inspirador e redentivo de vida cristã, a carta é um tipo de escatologia individual, que revela o poder transformador de Cristo num mundo incrédulo, sem esperança, onde muitos fogem da realidade caindo em drogas e criminalidade.

A carta de um pai que não se envergonha do Evangelho, que experimentou a redenção de seu lar, da vida comunitária e social.

Nunca perca a esperança que sempre é possível recomeçar!

Link: http://www.revistacrista.org/literatura_Carta_de_um_pai_a_seu_filho_de_nove_anos.html#.Xdgy7uhKjIV

11.3.19

TODO CAMINHO LEVA A ROMA PRÉ-CONSTANTINO



TODO CAMINHO LEVA A ROMA PRÉ-CONSTANTINO

Atualmente há uma variedade tão grande de "cristianismos" que raramente alguém faz uma análise precisa, mas de modo geral a cultura enxerga os cristãos como alienados ou pessoas sem "amor", e que merecem todo castigo do bode expiatório. Com base nesse conflito, o Dr. Peter Jones questiona: E se fossemos mais legais, a cultura gostaria de nós?

As acusações são muitas e algumas com razão. Algumas linhas evangélicas se refugiam da sociedade num espírito de gueto e erguem bandeiras de moralismos extremos, outros são obcecados por dinheiro e praticam extorsão contra os pobres. Porém, a Bíblia sempre alertou contra os falsos profetas.

Mas, e se fossemos mais legais? Se fosse retirado todo discurso ofensivo do púlpito? Se buscássemos ajuda na psicologia para ajustar técnicas terapêuticas à pregação? Talvez abraçar a agenda em defesa ao meio ambiente e desenvolver mais caridades? Será que as pessoas iriam gostar de nós?

A igreja precisa alterar sua imagem e sua mensagem para agradar? Se retirássemos toda pregação sobre pecado, cruz, expiação, salvação e ficássemos somente na pauta da justiça social? Se fizéssemos palestras com menos Bíblia e mais experiências sensoriais com mais sons e imagens? Se pudéssemos abrir um grande diálogo com todas as outras religiões? Será que acabaríamos com as tensões raciais e sociais?

Não há mais UMA verdade a ser dita, mas há muitas verdades, e cada pessoa tem a sua verdade, afirmar uma verdade absoluta é cometer um crime de terrorismo religioso. Não se pode mais pregar a ética da lei de Deus, porque a partir do momento que se ataca a moralidade particular de alguém isto irá gerar fanatismo e ódio. Se o cristão não tiver preparado para ameaças e intimidações é melhor não pregar o antigo Evangelho, mas criar um novo. E muitos por medo de perseguições têm buscado sua sobrevivência na covardia.

Os alertas proféticos e apostólicos devem ser descartados? Devemos nos deixar ser levados por sutilezas de pensamentos que entram em conflito com a mensagem da cruz de Cristo? Não nos deixamos enganar, o mundo odeia a cruz.

Dr. Peter Jones destacou que estamos voltando no tempo: "Estou convicto que hoje todo caminho leva a Roma, a Roma pré-Constantino". A Roma pagã perseguiu de todas as formas os cristãos, eles sempre foram impopulares, especialmente nos primeiros três séculos. Os cristãos romanos foram acusados de canibalismo (referência a comer a carne e beber o sangue de Cristo na Ceia), tumultuadores da ordem, atrapalhadores dos negócios, imorais, incestuosos (casavam entre irmãos [na fé]), miseráveis, ateus (pois negavam o politeísmo), inventores de modas, não patriotas (não adoravam César), antissociais, causadores de desastres, verdadeiros inimigos da humanidade.

Não se engane, o mundo ainda quer que o cristianismo diga que Cesar é o Senhor, mas o cristianismo continua dizendo que "Jesus é o Senhor". Esta é a inimizade, o mundo odeia esta mensagem. Então alguns podem até mudar essa mensagem, o mundo talvez ame não ouvir, mas Jesus não amará nem um pouco.

O cristianismo quanto mais confessional e bíblico for, mais impopular será. A cultura puramente humanista é inimiga dos valores bíblicos. As pessoas buscam agradar seus sentimentos com toda forma de subjetivismo, imaginações, fantasias e ilusões, estão embaladas numa música suave e não querem ser acordadas.

Voltemos a pergunta central: E se fossemos mais legais, a cultura gostaria de nós?
A resposta é: Devemos falar a verdade e não recuar com medo da cultura.

Não podemos fazer da igreja um eterno retiro e esperar a segunda vinda.

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. -- Romanos 12:2.

Frases Protestantes
Raniere Menezes

Referência: A. ARON ARMSTRONG / JUNE 18, 2010
Truth and Lies: Dr. Peter Jones – Speaking the Gospel in a One-ist World


22.2.19

TRADIÇÃO ANTIBÍBLICA DE USOS DE IMAGENS DE CRISTO



TRADIÇÃO ANTIBÍBLICA DE USOS DE IMAGENS DE CRISTO

A transgressão de um mandamento por tradição é agravamento de ofensa.

Isto se aplica ao uso de imagens falsas de Jesus. Se você acha normal o uso de imagens ou qualquer referência pictórica de Jesus e usa somente para si, o pecado é somente seu, mas quando você se transforma num incentivador é um agravamento de ofensa.

Amar o pecado da idolatria por si só é um pecado, mesmo que não ache que é idolatria, mas não somente amar, mas também incentivar outros a amar.

Em Romanos 1.32, a Palavra exorta: ...pior ainda, aprovam as mesmas coisas que fazem....

Aprovar, encorajar, patrocinar, incentivar outros a cometer pecados é um grau maior de maldade.

Se possível não cometa pecado, mas se cometer não seduza outros, mãos dadas apenas para a comunhão não para confederar iniquidade.

Se alguém comete pecado que você não seja participante de sua maldade nem elogie quem comete.

Muitas vezes um pecado sutil se estabelece oficialmente e se transforma numa tradição.

Entre protestantes há uma tradição de achar comum imagens de Cristo na arte, por exemplo.

Jesus disse aos fariseus, “Por que vós também transgredis o mandamento de Deus por causa da vossa tradição?” (Mateus 15:3); e, “E em vão eles Me adoram, ensinando como doutrinas os mandamentos de homens” (Mateus 15:9).

Há tradições bíblicas e há tradições de invenções próprias.
Quem confia na vaidade que a vaidade seja sua recompensa.
Os católicos romanos são coerentes no pensamento deles sobre imagens, mas o protestantismo, em parte, cai no erro. Sob pretensão de piedade corrompe o mandamento.

Em primeiro lugar o uso de imagens do nosso Senhor é uma violação do segundo Mandamento: NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA... Ex 20.4-5. – Obviamente, este mandamento proíbe a adoração de ídolos, mas também proíbe o uso de imagens como auxiliares de culto e devoção. Os católicos romanos não dizem que adoram uma imagem de Cristo ou de Maria, mas que as imagens são AUXILIARES ou MEIOS os quais podem contemplar a espiritualidade divina.

Muitos evangélicos são contra as imagens criadas pelos católicos romanos, ortodoxos e anglicanos, mas criam as suas em material educacional de escola bíblica e em capas de CDs e livros, além de encenações teatrais da crucificação com muito ketchup. Há diferença substancial em dizer que a mesma imagem uma hora é usada de modo educacional ou artístico, e outra é religiosa e condenada?

Alguns dizem que representar uma imagem de Cristo numa peça de teatro não é diferente de encenar um personagem histórico como Tiradentes ou Napoleão, e não tem nada de mais nisso. Será este um argumento válido biblicamente?
Para começar, Jesus não é Tiradentes ou Napoleão, ou qualquer outra pessoa, porque Ele é Deus e homem em uma pessoa. Portanto, qualquer imagem de nosso Senhor é automaticamente religiosa ou devocional por natureza. Exemplos práticos? Quantas pessoas deram testemunhos de grandes emoções místicas ao assistir um filme da paixão ou uma encenação teatral da paixão?

Uma imagem do Salvador não pode ser considerada como um item que pertence à esfera das coisas indiferentes. Se os evangélicos querem usar simulacros do Senhor, devem encontrar permissão divina na Palavra para a sua utilização. Na Bíblia não há representações pictóricas do Senhor. Se uma representação pictórica, escultural ou teatral traz aos espectadores pensamentos de amor, devoção, louvor ou emoção religiosa, então, claramente ajuda ou dá suporte para adorar, mesmo que as pessoas não se curvem em direção a imagem ou representação e neguem que estão em pecado.
Outro aspecto, a Bíblia não dá informação suficiente para fazer uma representação fiel da aparência física de Cristo. Isaías nos diz que não havia beleza nEle (veja Is 53.2). Em Apocalipse temos uma descrição do Senhor como um Cordeiro imolado (Ap 4.6). Os apóstolos passaram anos com Jesus – estes sabiam exatamente como era o rosto de Cristo, -- mas NUNCA fizeram uma retrato artístico do Senhor. Uma vez que nenhuma imagem fiel de Cristo pode ser produzida pelo homem, todas as imagens do Salvador são falsas representações do Filho de Deus.

Vamos supor que fui um órfão de Pai, e ao completar 18 anos alguém me dá uma foto de um homem qualquer num porta-retratos e diz para que eu a use em minha sala ou em meu escritório, pois ele representa o pai que nunca vi. Será que me sentiria confortável com aquela presença estranha? Tenho que relembrar que Jesus é totalmente original, não é aquele meu “pai” postiço. Nenhuma imagem pode representar Cristo. Sl 45.2. CRISTO É O OBJETO SUPREMO DE NOSSA FÉ, ELE NÃO PODE SER FALSIFICADO. Qualquer imagem do Senhor que se baseia na imaginação do homem é idolatria, pois configura uma invenção humana, mesmo que não me curve a ela, mas a aceite naturalmente.

Um dos atributos de Cristo é que Ele é a VERDADE (João 14.6). Como ele poderá ser honrado com fantasias humanas? Por ser Deus, qualquer representação humana de Cristo é inadequada e abominável. Uma versão falsa do Messias não é menos falso que uma versão bíblica falsificada. Além do mais isso abre espaço para o coração perverso pintar Jesus de o Jesus loiro, cabelo escovado, olhos azuis, efeminado, negro, asiático, caucasiano, hippie, musculoso, galã, enfim. Isto é reverência? Isso é um lixo humanista e blasfemo.

O apóstolo Paulo diz: Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. (2 Coríntios. 5:16). Vivemos na era pós ressurreição. O Messias não é mais o manso, suave, Servo Sofredor. Agora ele é o cavaleiro do cavalo branco, o rei vitorioso, que é glorificado, que tem todo o poder no céu e na terra (Mt. 28:19).

Tudo que se coloca como fantasia, invenção humana ou falsa imagem do nosso Senhor diante dos nossos olhos ou em nossas mentes, não fortalecerá a fé bíblica, mas a corromperá e degradará. Quer conhecer o Salvador, estude, medite e memorize as Escrituras, nela o Senhor é revelado em toda a sua glória.

Toda representação de Cristo, seja do pintor ou escultor ou cineasta, é um ato presunçoso, pagão e idólatra. Não se pode separar a humanidade da divindade de Cristo, e Deus não pode ser representado sem quebrar o segundo mandamento. Imagens de Cristo são mentiras da imaginação que pervertem e degradam a doutrina bíblica de nosso Senhor.

Quer recordar biblicamente de Cristo? Ele nos deixou a Ceia para lembrarmos de Sua morte até que Ele venha. Impressões artísticas do Filho de Deus podem agitar as emoções. Elas podem trazer uma lágrima ao olho ou alegria para o coração. Mas, uma vez que são invenções da mente do homem, elas não podem santificar ou aumentar a nossa fé. Na verdade, atuam como violações não ordenadas do ensino expresso da Bíblia, e são destrutivas a fé e a santificação. "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos" (1 Jo. 5:21).

Como você pode ensinar (mesmo sendo o máximo sincero e com boas intenções) a verdade através da criação de uma mentira (ou seja, uma fantasia humana, um processamento fictício), diante dos olhos das crianças?

Há uma ilustração sobre sinceridade e boas intenções que é mais ou menos assim: “Alguns demônios vigiavam de perto um homem de boas intenções quando, de repente, ele se abaixou para pegar algo no chão. Aflitos, os demônios perguntavam entre si: O que ele encontrou o que ele encontrou? Um pedaço da verdade, respondeu um deles. Quase todos eles ficaram muito preocupados: O que faremos? O mais experiente deles, porém, procurava acalmá-los: Não faremos nada. Fiquem calmos, não há com o que se preocupar. Como não? Afinal, ele achou um pedaço da verdade. Não há com o que se preocupar, repetiu o demônio, vocês ainda não sabem o que um homem de boas intenções e apenas um pedaço da verdade pode fazer? Não! O de sempre, respondeu ele, uma nova heresia.”

Qual é a esposa que estando distante de seu marido colocaria uma foto de um estranho em seu quarto e afirmaria que era imagem do seu amado?

A igreja de hoje não está imune dos perigos da superstição e arrogante idolatria. Como Paulo advertiu, "um pouco de fermento leveda a massa toda" (1 Coríntios. 5:6).

“A imaginação do homem é uma perpétua fábrica de ídolos.” (Calvino)

“Indubitavelmente nenhuma religião existe onde há uma imagem”. Afirmamos, também, que o bem-aventurado bispo Epifânio procedeu bem quando, ao encontrar nas portas de uma igreja um véu no qual estava pintada uma figura que se dizia ser de Cristo ou de algum santo, rasgou-o e o arrancou dali, por ver, contra a autoridade da Escritura, a figura de um homem afixada na Igreja de Cristo."
Lactâncio, escritor antigo.

Como diria o nosso teólogo de Genebra, João Calvino, um iconoclasta por natureza espiritual. Transcrevo resumidamente alguns comentários de sua teologia (As Institutas, Livro I, em linguagem simplificada) Ele concisamente escreveu:

E abominação atribuir forma visível a Deus.

Os que se apartam do Deus verdadeiro, criam ídolos para si.

Capítulo 11 das Institutas, ponto I:

REPRESENTAR A DEUS POR MEIO DE IMAGENS É CORROMPER A SUA GLÓRIA

Como as Escrituras levam em conta o limitado e tacanho conhecimento humano, costumam elas expressar-se de modo acessível à mente popular, quando seu objetivo distinguir o Deus verdadeiro dos deuses falsos. Elas contrastam o Deus verdadeiro com os ídolos e, ao fazerem isso, as Escrituras não estão aprovando o que de mais sutil e elegante os filósofos ensinaram, mas estão, antes, desnudando a Loucura do mundo — mais do que isso, a sua completa Loucura—, quando, ao buscar a Deus, cada um, a todo tempo, se apega às suas próprias especulações.

Por essa razão, a definição que, por toda parte, se mostra a respeito da unicidade de Deus, reduz a nada tudo quanto os homens inventaram para si no que diz respeito à Divindade, pois somente o próprio Deus é testemunha idônea de Si Mesmo.

Por isso, pelo fato de este embrutecimento degradante ter-se apossado do mundo inteiro, de maneira que os homens procurassem representar a Deus de forma visível — forjando deuses de madeira, de pedra, de ouro, de prata ou de outro material qualquer inanimado ou corruptível —, temos de nos apegar ao seguinte princípio: Todas as vezes que se atribui a Deus qualquer forma de representação, a Sua glória é corrompida de ímpio engano. Na Lei, depois de atribuir a Si Mesmo a glória da Divindade, quando quer ensinar que tipo de adoração aprova ou rejeita, Deus acrescenta imediatamente: “Não farás para ti imagens esculpidas, nem semelhança qualquer” (Ex 20.4), palavras com as quais nos proíbe o desenfreamento de tentar representá-lo por meio de qualquer figura visível. E mostra, de maneira breve, todas as formas pelas quais, desde há muito tempo, a superstição dos homens começou a transformar a sua verdade em mentira.

2. REPRESENTAR A DEUS POR MEIO DE IMAGENS É CONTRARIAR O SEU SER

Das razões que Deus acrescenta às proibições é fácil concluir o seguinte: Primeiro, em Moisés (Dt 4.15): “Lembra-te do que o Senhor te falou no vale do Horebe: Ouviste uma voz, não viste corpo; guarda-te, portanto, a ti mesmo, para que não aconteça que, porventura, enganado, faças para ti qualquer representação”, etc. Aí vemos como Deus opõe sua voz abertamente a todas as representações, afim de sabermos que os que buscam representa-lo de forma visível se afastam dEle.

Entre os Profetas, será suficiente citar só Isaías, que é o mais enfático ao demonstrar isto, pois ele ensina que a majestade de Deus é manchada de vil e absurda invenção, quando o incorpóreo é feito semelhante à matéria corpórea, quando o invisível é representado de forma visível ou quando o espírito é feito semelhante à coisa inanimada ou, ainda, quando o imenso é reduzido a um pedaço de madeira, de pedra ou de ouro (Is 40.18; 41.7,29; 45.9 e 46.5). Paulo também raciocina de modo idêntico: “Visto que somos geração de Deus, não devemos pensar que o Divino é semelhante ao ouro, e à prata trabalhada pela arte ou invenção do homem” (At 17.29). Disto fica claro que qualquer estátua que se erige ou imagem que se pinta, para representar a Deus, simplesmente o ofende como também afronta à sua majestade.

O último parágrafo do ponto 3 diz:

Que os judeus, com entusiástica prontidão, se tenham atirado repetidas vezes — a buscar ídolos para si, com a mesma força de abundante manancial de águas borbulhantes —, aprendemos do fato de ser grande a propensão da nossa mente para com a idolatria. Por isso, atirando contra os judeus a pecha de erro que é comum a todos os homens, não durmamos o sono mortal, iludidos pelas vãs seduções do pecado.

O último parágrafo do ponto 4:

No Salmo 115, o Profeta dá ênfase à loucura que significa o fato de homens — a tal ponto dotados de inteligência — saberem que todas as coisas são movidas só pelo poder de Deus e, no entanto, implorarem auxílio de coisas inanimadas e destituídas de sensibilidade. Mas, pelo fato de a corrupção da natureza conduzir a demência tão grosseira, tanto os povos todos quanto cada indivíduo, em particular, o Espírito Santo, finalmente, fulmina com a seguinte maldição: “Tornem-se semelhantes aos ídolos aqueles que os fazem e todos os que neles põem a sua confiança” (Si 115.8). Notemos também que são proibidas não só gravuras, mas também imagens esculpidas e, com isso, refuta-se a improcedente exceção dos gregos, pois pensam que se saem muito bem se não fazem imagem de escultura, que representem a Deus, ao mesmo tempo que se divertem fazendo gravuras desenfreadamente mais do que qualquer outra gente. Pois o Senhor proíbe não apenas que se faça imagem dEle em forma de estátua, mas também que qualquer representação dEle seja modelada por qualquer tipo de artista, visto que, desse modo, Ele é representado de maneira inteiramente falsa e com grave ofensa à sua majestade.

Tomás de Aquino, reconhecido como o grande teólogo medieval da Igreja Romana, defendia plenamente o uso das imagens, defendendo que elas deviam ser usadas para a instrução das massas que não sabiam ler e que os sentimentos religiosos eram despertados com mais facilidade com o que o povo via do que pelo ouvir.

João Calvino como um bom agostiniano era enfático:

“As imagens são indignas da majestade de Deus, porque diminuem o temor dos homens e aumentam o seu erro”. E mais: “Na estupidez das imagens e na sua infeliz e absurda invenção, pode-se facilmente desprezar a majestade divina”.

Institutas 1, cap. 11, ponto 7:

AS IMAGENS DO ROMANISMO SÃO INACEITÁVEIS

Por essa razão, se os papistas tiverem um pouco de pudor, não diqam mais, de agora em diante, que as imagens são os livros dos analfabetos, porque esta afirmação está escancaradamente refutada por numerosos testemunhos da Escritura. Na verdade, mesmo que eu lhes concedesse isto, nem ainda assim, certamente, tirariam muito proveito em defender seus ídolos, pois é notória a espécie de monstruosidade que eles obrigam o povo a aceitar em lugar de Deus! De fato, que são as pinturas ou estátuas que dedicam aos santos, senão corruptíveis exemplares...

Porém, diremos também que esta não é a maneira de ensinar o povo fiel nos lugares sagrados, povo que Deus quer que seja instruído com outro tipo de doutrina. Deus ordenou que aí, nos templos, se proponha uma doutrina comum a todos, na proclamação de sua Palavra e nos sagrados mistérios. Os que são levados pelos olhos à contemplação de ídolos, em derredor —revelam que seu espírito está voltado bem pouco diligentemente para esta doutrina!

A quem, no entanto, os papistas chamam de ignorantes e cuja obtusidade não lhes permite ser ensinados senão só pelas imagens? Na verdade, chamam de ignorantes àqueles a quem o Senhor reconhece como seus discípulos, aos quais considera dignos da revelação de sua celeste sabedoria e que deseja sejam instruídos nos mistérios salvíficos do seu Reino. Certamente, admito que, na atual situação, não poucos são os que não podem dispensar as imagens como “livros”. Contudo, pergunto: De onde vem tal obtusidade senão do fato de serem eles roubados desta doutrina que, sozinha, é apta para instruí-los? E não foi por outra razão que os que presidiam às igrejas deixaram com os ídolos a função de ensinar, senão pelo fato de os próprios ídolos serem mudos! Paulo afirma que, mediante a pregação do Evangelho, Cristo é apresentado ao vivo e, de certo modo, é crucificado aos nossos olhos (Gl 3.1):

Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado?

Os iconoclastas protestantes devem concordar com a Confissão Helvética quanto ao parágrafo Imagens de Cristo, que afirma: “Embora Cristo tenha assumo a natureza humana, não a assumiu para fornecer modelo a escultores e pintores [ou cineastas]. Afirmou que não veio “revogar a lei ou os profetas” (Mat 5.17). E as imagens são proibidas pela lei e pelos profetas (Deut 4.15; Is 44.9) . Afirmou que a sua presença corporal não seria de proveito para a Igreja, e prometeu que estaria junto de nós, para sempre, pelo seu Espírito (João 16.7). Quem, pois, haveria de crer que uma sombra ou semelhança de seu corpo traria qualquer benefício para as almas piedosas? (II Co 5.5). Se ele vive em nós pelo seu Espírito, somos já os templos de Deus (I Co 3.16). Mas, “que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?” (II Co 6.16).”

Jesus disse aos fariseus, “Por que vós também transgredis o mandamento de Deus por causa da vossa tradição?” (Mateus 15:3); e, “E em vão eles Me adoram, ensinando como doutrinas os mandamentos de homens” (Mateus 15:9).


O diagnóstico de Brian Schwertley ainda permanece como protesto:

“O Catolicismo Romano foi forjado na atmosfera sincretista da idade média e, portanto, é cheio de misticismo e parafernálias que impressionaram os camponeses iletrados do século XIV. O evangelicalismo moderno foi largamente forjado na cultura americana contemporânea, onde sucesso, pragmatismo, divertimento, grandeza e estupidez são rei. Dessa forma, a adoração evangélica dos dias atuais frequentemente tem mais em comum com o show do Johnny Carson ou com um concerto de rock, do que com a adoração autorizada por Deus na Bíblia. Ambas as igrejas são humanistas, pois ambas rendem homenagem ao homem (i.e., sabedoria do homem, invenções do homem, artifícios do homem, imaginação do homem) na adoração, antes do que somente a Deus. Ambas levam à corrupção da doutrina bíblica”.

Se você é a favor do uso de imagens, pare com isso! Você está cheirando a incenso.

Frases Protestantes


1.4.18

VAMOS FALAR DE RESSURREIÇÃO MR. HAWKING



VAMOS FALAR DE RESSURREIÇÃO MR. HAWKING

Com temor e tremor escrevo estas linhas. Com tristeza também diante do racionalismo e incredulidade de muitos que desprezam a fé em Cristo, mas devemos reafirmar nossa esperança na volta de Cristo, e com alegria devemos reafirmar nossa fé na ressurreição dos mortos. 

Retirar a ressurreição da fé cristã é como apagar o sol da nossa vida planetária. Tão certo como que o Senhor Jesus Cristo sentiu fome, sede, frio, dor e andou pelas estradas empoeiradas do Oriente Médio; foi perseguido, preso, torturado e morto numa cruz romana, também houve a RESSURREIÇÃO.

Mr. Stephen Hawking morreu em 14 de março de 2018 aos 76, por consequência de sua esclerose lateral amiotrófica (ELA). O renomado cientista astrofísico britânico considerado um gênio era ateu. Numa busca rápida na Internet é possível encontrar uma declaração sua de 2014, a qual diz que “Não há nenhum Deus. Sou ateu. A religião crê nos milagres, mas estes não são compatíveis com a Ciência”.

Enquanto Stephen Hawking era velado na Igreja St Mary the Great em Cambridge, na Inglaterra, agora no final de março, muitos cristãos de todo o mundo celebravam a páscoa -- a morte e ressurreição de Cristo --, muitos elogios fúnebres foram dados ao cientista, incluindo elogios da rainha Elizabeth segunda. O local de seu velório está localizado perto da faculdade Gonville and Caius, onde Hawking lecionou por 52 anos.

Depois do funeral em Cambridge, Hawking será cremado em outra data e suas cinzas serão colocadas ao lado de Newton e Darwin na abadia de Westminster, em Londres. Newton, que formulou a lei da gravitação universal e criou os fundamentos da matemática moderna, foi sepultado ali na abadia em 1727. Darwin, cuja teoria da evolução foi um dos avanços científicos mais abrangentes de todos os tempos, foi colocado perto de Newton em 1882.

A abadia de Westminster é um dos lugares históricos mais importantes da Inglaterra e da Europa, local de importantes eventos da história, casamentos reais, coroações da nobreza inglesa e sepultamentos de reis, rainhas e pessoas ilustres. Para os cientistas ingleses não há maior honra que esta, como membro da Royal Society, do Reino Unido: ser sepultado na abadia de Westminster.

Os enterros mais recentes de cientistas foram os de Ernest Rutherford, pioneiro da física nuclear, em 1937 e de Joseph John Thomson, que descobriu os elétrons, em 1940. A Abadia é o local de sepultamento de 17 monarcas e de muitas personalidades históricas inglesas, 16 casamentos reais e mais de 3.000 pessoas sepultadas na abadia.


 A abadia está mergulhada em mais de mil anos de história. Os monges beneditinos chegaram a este local em meados do século X, estabelecendo uma tradição de adoração cristã diária que continua até hoje (o prédio já foi controlado por católicos, anglicanos, puritanos e por anglicanos novamente até os dias de hoje). A abadia é a igreja da coroação desde 1066. A atual igreja, iniciada por Henrique III em 1245, é um dos edifícios góticos mais importantes do país, como um santuário medieval encravado em Londres. Uma casa de extraordinários tesouros de pinturas, vitrais, cerâmicas, tecidos e outros artefatos. (http://www.westminster-abbey.org/our-history/famous-people).

Por que destacar a abadia de Westminster para falar de um sepultamento de um cientista ateu famoso? Por conta do peso histórico para a fé cristã neste local. Uma das salas da abadia, mais precisamente na câmara de Jerusalém, foram realizadas muitas reuniões cristãs históricas: comitês dedicaram-se a escrever a Versão Autorizada da Bíblia em 1611, a Versão Revisada em 1870, a Nova Bíblia em Inglês em 1961 e a Bíblia Revisada em Inglês em 1989. Entre 1643 e 1649, a assembleia dos teólogos de Westminster reuniu-se na câmara e também na capela de Westminster. Não há nenhum prédio histórico no mundo com tanta história relacionada à Palavra de Deus.

A Assembleia de Teólogos de Westminster (1643-1649) foi um grande marco histórico e teológico que fechou um ciclo de produção de documentos confessionais cristãos pós-reforma protestante. É considerada como o último e mais importante sínodo da Igreja pós-reforma; ela foi de grande importância para a Inglaterra, assim como para as igrejas reformadas em todo o mundo. Formulada por 121 ministros protestantes dos mais preparados teologicamente da Inglaterra, além de 20 membros da Câmara dos Comuns e 10 membros da Câmara dos Lordes. Nenhum grande assunto da fé cristã deixou de ser debatido neste lugar.

Dos 33 capítulos do documento confessional mais importante produzido na assembleia de teólogos de Westminster, o capítulo 32 é todo dedicado ao ensino da RESSURREIÇÃO -- CAPÍTULO XXXII, DO ESTADO DO HOMEM DEPOIS DA MORTE E DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS. O qual afirma:

I. Os corpos dos homens, depois da morte, convertem-se em pó e vêm a corrupção; mas as suas almas (que nem morrem nem dormem), tendo uma substância imortal, voltam imediatamente para Deus que as deu. As almas dos justos, sendo então aperfeiçoadas na santidade, são recebidas no mais alto dos céus onde vêm a face de Deus em luz e glória, esperando a plena redenção dos seus corpos; e as almas dos ímpios são lançadas no inferno, onde ficarão, em tormentos e em trevas espessas, reservadas para o juízo do grande dia final. Além destes dois lugares destinados às almas separadas de seus respectivos corpos as Escrituras não reconhecem nenhum outro lugar. Gen. 3:19; At. 13:36; Luc. 23:43; Ec. 12:7; Apoc. 7:4, 15; II Cor. 5: 1, 8; Fil. 1:23; At. 3:21; Ef. 4:10; Rom. 5:23; Luc. 16:25-24.

II. No último dia, os que estiverem vivos não morrerão, mas serão mudados; todos os mortos serão ressuscitados com os seus mesmos corpos e não outros, posto que com qualidades diferentes, e ficarão reunidos às suas almas para sempre. I Tess. 4:17; I Cor. 15:51-52, e 15:42-44.

III. Os corpos dos injustos serão pelo poder de Cristo ressuscitados para a desonra, os corpos dos justos serão pelo seu Espírito ressuscitados para a honra e para serem semelhantes ao próprio corpo glorioso dele. At. 24:l5; João5:28-29; Fil. 3:21.

Nessa mesma sala da abadia de Westminster, na câmara de Jerusalém, onde se tratou da doutrina basilar da fé cristã, da RESSURREIÇÃO, caixões de muitas pessoas famosas ficaram antes de seus funerais na abadia, inclusive o caixão de Sir Isaac Newton. Diferente de Hawking, Newton era um cientista considerado deísta, ou seja, acreditava no Deus Criador que governa leis físicas universais. 

Hawking, o cientista mais célebre do mundo na atualidade, morreu depois de uma vida dedicada a sondar as origens do universo, os mistérios dos buracos negros e a natureza do próprio tempo. Seu esforço para explicar a criação e como funciona o cosmos foi realmente intenso. Mas não conheceu nem compreendeu o Deus revelado nas Escrituras (as quais afirmam a RESSURREIÇÃO dos mortos).

Por décadas seu corpo definhou ao limite máximo humano sobre uma cadeira de rodas, enquanto sua mente brilhante folheava o livro da natureza física. Chegou o mais perto que se pode chegar da revelação de Deus à luz da natureza e das obras da Criação; da Revelação Geral; da Teologia Natural; do deísmo, mas não ultrapassou a fronteira do Conhecimento da Revelação Especial de Deus; Revelação especial escrita.

Hawking conheceu como poucos as obras da criação, que manifestam a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, mas não conheceu a vontade revelada do Deus que se revela através de Jesus Cristo. Este é o diagnóstico dado à vida do maior cientista contemporâneo, análise dada por um antigo documento confessional cristão escrito no próprio local de seu sepultamento. O primeiro capítulo da Confissão de Fé de Westminster, o início da seção primeira, sobre a ESCRITURA SAGRADA:

I. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; (...) Isto torna indispensável a Escritura Sagrada (...) Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19.

Certamente Hawking conheceu a bondade, sabedoria e poder de Deus em sua vida, em seu coração, em sua consciência, em seus estudos, mesmo que Deus tenha sido para ele um entendimento negado e desprezado. Ele mesmo alegava que seu conhecimento trazia mais felicidade para ele do que dinheiro, status e poder. Como conhecer a profundidade do universo e não reconhecer a mão invisível do poder e da inteligência do Criador?

Alguém pode questionar que Deus não foi nem bom nem justo com ele, por lançá-lo numa doença degenerativa ainda em sua juventude. Porém o Criador permitiu que sua vida tivesse sido um milagre ao chegar em 76 anos. Viajou por todo mundo, teve filhos, sondou as profundezas do universo fundamentado em física e astronomia. Segundo revistas, andou de submarino, voou num balão e até num voo da empresa americana Zero Gravity, reproduzindo situação de gravidade zero. “Me senti livre da minha doença”, ele relatou ao experimentar a falta de gravidade.

Sua mente arguta e seu corpo decrépito poderiam levá-lo ao maravilhoso conhecimento de experimentar a esperança de viver eternamente com Cristo em corpo glorioso. Esta esperança é uma extraordinária boa notícia (boas novas; Evangelho), especialmente para Hawking. A ressurreição é uma formidável verdade que leva a outra maravilhosa verdade: o corpo glorificado. A liberdade perfeita. Liberdade tão sonhada e desejada pelo cientista paralisado numa cadeira de rodas.

Suas cinzas irão para a abadia de Westminster, mas sua vida não contemplou o Redentor Jesus Cristo, acabou sendo um tipo de epicureu, e sua vida passou como alguém que somente teve necessidades físicas e materiais, e tentou fugir da morte todos os dias. Enquanto a RESSURREIÇÃO para os cristãos é uma canção de triunfo, para Hawking é um lamento, quando poderia ser uma maravilhosa esperança.

[A morte e] A RESSURREIÇÃO de Cristo é o fundamento do cristianismo, por esta fé viveram todas as gerações do povo de Deus; nesta fé os apóstolos e discípulos morreram; muitos deram suas próprias vidas por esta verdade. O Apóstolo Paulo chama a doutrina da RESSUREIÇÃO dos mortos de “O Evangelho”. --:

A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos,
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o RESSUSCITOU dentre os mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.
Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: QUÃO FORMOSOS OS PÉS DOS QUE ANUNCIAM O EVANGELHO DE PAZ; dos que trazem alegres novas de boas coisas.
Romanos 10:8-15



A doutrina da RESSURREIÇÃO é divisora de águas. Desprezada desde a antiguidade por muitos judeus e gentios. Hoje não é diferente. Se Cristo não RESSUSCITOU, é inútil a nossa pregação, como igualmente é improdutiva a nossa fé. Envolve nada menos que dois grandes pilares da vida cristã: a fé e a esperança. Leia 1 Coríntios 15 e constate a importância dessa verdade. Não podemos negá-la, pelo contrário devemos professá-la. Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Esta verdade é deslumbrante. Cristo ressuscitou e nada parará a RESSURREIÇÃO de todos os mortos.

O Credo dos Apóstolos ecoa esta verdade através dos séculos: “Creio... na ressurreição do corpo” —. Nenhum cristão pode negar esta verdade e continuar sendo cristão. A ressurreição é a base da esperança do cristão perante a morte. A esperança da futura ressurreição dos cristãos depende da RESSURREIÇÃO de nosso Senhor (1 Co 15.1-19). -- (http://www.monergismo.com/textos/ressurreicao/ressurreicao_franklin.htm)

É espantoso pensar que haverá um amanhã de RESSURREIÇÃO (ou hoje!). Nada impedirá este dia. Nisto reside parte da esperança da Igreja de Cristo e ela tem o dever de pregar como se a crucificação tivesse sido ontem, a RESSURREIÇÃO hoje e esperando sua volta para qualquer momento.

Todas as profecias e promessas sobre Cristo se realizaram ou se realizarão na história humana. Assim como Hawking, sua família e seus amigos levarão este ano suas cinzas até a abadia de Westminster, mas não ficará para sempre ali. Uma RESSURREIÇÃO ainda nos espera. Esteja certo que Hawking se erguerá de pé ao lado de Newton e Darwin no Dia D da RESSURREIÇÃO de todos os mortos, para estar frente a frente, face a face com o Juiz e Rei das nações. Uma cena aterradora para dar início ao juízo final do Senhor.

Deus não levantou Hawking de sua cadeira em vida, mas o levantará do seu túmulo. Podemos afirmar isto? Sim, por um único motivo, Jesus Cristo ressuscitou. -- Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. (1 Coríntios 15.20). O túmulo de Cristo está vazio, e esvaziará todos os túmulos. A verdade foi pregada, o decreto está posto. Que o Senhor Jesus Cristo aumente a nossa fé e confiança em seu poder.

Raniere Menezes
Frases Protestantes
Texto ainda sem revisão