1.4.18

VAMOS FALAR DE RESSURREIÇÃO MR. HAWKING



VAMOS FALAR DE RESSURREIÇÃO MR. HAWKING

Com temor e tremor escrevo estas linhas. Com tristeza também diante do racionalismo e incredulidade de muitos que desprezam a fé em Cristo, mas devemos reafirmar nossa esperança na volta de Cristo, e com alegria devemos reafirmar nossa fé na ressurreição dos mortos. 

Retirar a ressurreição da fé cristã é como apagar o sol da nossa vida planetária. Tão certo como que o Senhor Jesus Cristo sentiu fome, sede, frio, dor e andou pelas estradas empoeiradas do Oriente Médio; foi perseguido, preso, torturado e morto numa cruz romana, também houve a RESSURREIÇÃO.

Mr. Stephen Hawking morreu em 14 de março de 2018 aos 76, por consequência de sua esclerose lateral amiotrófica (ELA). O renomado cientista astrofísico britânico considerado um gênio era ateu. Numa busca rápida na Internet é possível encontrar uma declaração sua de 2014, a qual diz que “Não há nenhum Deus. Sou ateu. A religião crê nos milagres, mas estes não são compatíveis com a Ciência”.

Enquanto Stephen Hawking era velado na Igreja St Mary the Great em Cambridge, na Inglaterra, agora no final de março, muitos cristãos de todo o mundo celebravam a páscoa -- a morte e ressurreição de Cristo --, muitos elogios fúnebres foram dados ao cientista, incluindo elogios da rainha Elizabeth segunda. O local de seu velório está localizado perto da faculdade Gonville and Caius, onde Hawking lecionou por 52 anos.

Depois do funeral em Cambridge, Hawking será cremado em outra data e suas cinzas serão colocadas ao lado de Newton e Darwin na abadia de Westminster, em Londres. Newton, que formulou a lei da gravitação universal e criou os fundamentos da matemática moderna, foi sepultado ali na abadia em 1727. Darwin, cuja teoria da evolução foi um dos avanços científicos mais abrangentes de todos os tempos, foi colocado perto de Newton em 1882.

A abadia de Westminster é um dos lugares históricos mais importantes da Inglaterra e da Europa, local de importantes eventos da história, casamentos reais, coroações da nobreza inglesa e sepultamentos de reis, rainhas e pessoas ilustres. Para os cientistas ingleses não há maior honra que esta, como membro da Royal Society, do Reino Unido: ser sepultado na abadia de Westminster.

Os enterros mais recentes de cientistas foram os de Ernest Rutherford, pioneiro da física nuclear, em 1937 e de Joseph John Thomson, que descobriu os elétrons, em 1940. A Abadia é o local de sepultamento de 17 monarcas e de muitas personalidades históricas inglesas, 16 casamentos reais e mais de 3.000 pessoas sepultadas na abadia.


 A abadia está mergulhada em mais de mil anos de história. Os monges beneditinos chegaram a este local em meados do século X, estabelecendo uma tradição de adoração cristã diária que continua até hoje (o prédio já foi controlado por católicos, anglicanos, puritanos e por anglicanos novamente até os dias de hoje). A abadia é a igreja da coroação desde 1066. A atual igreja, iniciada por Henrique III em 1245, é um dos edifícios góticos mais importantes do país, como um santuário medieval encravado em Londres. Uma casa de extraordinários tesouros de pinturas, vitrais, cerâmicas, tecidos e outros artefatos. (http://www.westminster-abbey.org/our-history/famous-people).

Por que destacar a abadia de Westminster para falar de um sepultamento de um cientista ateu famoso? Por conta do peso histórico para a fé cristã neste local. Uma das salas da abadia, mais precisamente na câmara de Jerusalém, foram realizadas muitas reuniões cristãs históricas: comitês dedicaram-se a escrever a Versão Autorizada da Bíblia em 1611, a Versão Revisada em 1870, a Nova Bíblia em Inglês em 1961 e a Bíblia Revisada em Inglês em 1989. Entre 1643 e 1649, a assembleia dos teólogos de Westminster reuniu-se na câmara e também na capela de Westminster. Não há nenhum prédio histórico no mundo com tanta história relacionada à Palavra de Deus.

A Assembleia de Teólogos de Westminster (1643-1649) foi um grande marco histórico e teológico que fechou um ciclo de produção de documentos confessionais cristãos pós-reforma protestante. É considerada como o último e mais importante sínodo da Igreja pós-reforma; ela foi de grande importância para a Inglaterra, assim como para as igrejas reformadas em todo o mundo. Formulada por 121 ministros protestantes dos mais preparados teologicamente da Inglaterra, além de 20 membros da Câmara dos Comuns e 10 membros da Câmara dos Lordes. Nenhum grande assunto da fé cristã deixou de ser debatido neste lugar.

Dos 33 capítulos do documento confessional mais importante produzido na assembleia de teólogos de Westminster, o capítulo 32 é todo dedicado ao ensino da RESSURREIÇÃO -- CAPÍTULO XXXII, DO ESTADO DO HOMEM DEPOIS DA MORTE E DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS. O qual afirma:

I. Os corpos dos homens, depois da morte, convertem-se em pó e vêm a corrupção; mas as suas almas (que nem morrem nem dormem), tendo uma substância imortal, voltam imediatamente para Deus que as deu. As almas dos justos, sendo então aperfeiçoadas na santidade, são recebidas no mais alto dos céus onde vêm a face de Deus em luz e glória, esperando a plena redenção dos seus corpos; e as almas dos ímpios são lançadas no inferno, onde ficarão, em tormentos e em trevas espessas, reservadas para o juízo do grande dia final. Além destes dois lugares destinados às almas separadas de seus respectivos corpos as Escrituras não reconhecem nenhum outro lugar. Gen. 3:19; At. 13:36; Luc. 23:43; Ec. 12:7; Apoc. 7:4, 15; II Cor. 5: 1, 8; Fil. 1:23; At. 3:21; Ef. 4:10; Rom. 5:23; Luc. 16:25-24.

II. No último dia, os que estiverem vivos não morrerão, mas serão mudados; todos os mortos serão ressuscitados com os seus mesmos corpos e não outros, posto que com qualidades diferentes, e ficarão reunidos às suas almas para sempre. I Tess. 4:17; I Cor. 15:51-52, e 15:42-44.

III. Os corpos dos injustos serão pelo poder de Cristo ressuscitados para a desonra, os corpos dos justos serão pelo seu Espírito ressuscitados para a honra e para serem semelhantes ao próprio corpo glorioso dele. At. 24:l5; João5:28-29; Fil. 3:21.

Nessa mesma sala da abadia de Westminster, na câmara de Jerusalém, onde se tratou da doutrina basilar da fé cristã, da RESSURREIÇÃO, caixões de muitas pessoas famosas ficaram antes de seus funerais na abadia, inclusive o caixão de Sir Isaac Newton. Diferente de Hawking, Newton era um cientista considerado deísta, ou seja, acreditava no Deus Criador que governa leis físicas universais. 

Hawking, o cientista mais célebre do mundo na atualidade, morreu depois de uma vida dedicada a sondar as origens do universo, os mistérios dos buracos negros e a natureza do próprio tempo. Seu esforço para explicar a criação e como funciona o cosmos foi realmente intenso. Mas não conheceu nem compreendeu o Deus revelado nas Escrituras (as quais afirmam a RESSURREIÇÃO dos mortos).

Por décadas seu corpo definhou ao limite máximo humano sobre uma cadeira de rodas, enquanto sua mente brilhante folheava o livro da natureza física. Chegou o mais perto que se pode chegar da revelação de Deus à luz da natureza e das obras da Criação; da Revelação Geral; da Teologia Natural; do deísmo, mas não ultrapassou a fronteira do Conhecimento da Revelação Especial de Deus; Revelação especial escrita.

Hawking conheceu como poucos as obras da criação, que manifestam a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, mas não conheceu a vontade revelada do Deus que se revela através de Jesus Cristo. Este é o diagnóstico dado à vida do maior cientista contemporâneo, análise dada por um antigo documento confessional cristão escrito no próprio local de seu sepultamento. O primeiro capítulo da Confissão de Fé de Westminster, o início da seção primeira, sobre a ESCRITURA SAGRADA:

I. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; (...) Isto torna indispensável a Escritura Sagrada (...) Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19.

Certamente Hawking conheceu a bondade, sabedoria e poder de Deus em sua vida, em seu coração, em sua consciência, em seus estudos, mesmo que Deus tenha sido para ele um entendimento negado e desprezado. Ele mesmo alegava que seu conhecimento trazia mais felicidade para ele do que dinheiro, status e poder. Como conhecer a profundidade do universo e não reconhecer a mão invisível do poder e da inteligência do Criador?

Alguém pode questionar que Deus não foi nem bom nem justo com ele, por lançá-lo numa doença degenerativa ainda em sua juventude. Porém o Criador permitiu que sua vida tivesse sido um milagre ao chegar em 76 anos. Viajou por todo mundo, teve filhos, sondou as profundezas do universo fundamentado em física e astronomia. Segundo revistas, andou de submarino, voou num balão e até num voo da empresa americana Zero Gravity, reproduzindo situação de gravidade zero. “Me senti livre da minha doença”, ele relatou ao experimentar a falta de gravidade.

Sua mente arguta e seu corpo decrépito poderiam levá-lo ao maravilhoso conhecimento de experimentar a esperança de viver eternamente com Cristo em corpo glorioso. Esta esperança é uma extraordinária boa notícia (boas novas; Evangelho), especialmente para Hawking. A ressurreição é uma formidável verdade que leva a outra maravilhosa verdade: o corpo glorificado. A liberdade perfeita. Liberdade tão sonhada e desejada pelo cientista paralisado numa cadeira de rodas.

Suas cinzas irão para a abadia de Westminster, mas sua vida não contemplou o Redentor Jesus Cristo, acabou sendo um tipo de epicureu, e sua vida passou como alguém que somente teve necessidades físicas e materiais, e tentou fugir da morte todos os dias. Enquanto a RESSURREIÇÃO para os cristãos é uma canção de triunfo, para Hawking é um lamento, quando poderia ser uma maravilhosa esperança.

[A morte e] A RESSURREIÇÃO de Cristo é o fundamento do cristianismo, por esta fé viveram todas as gerações do povo de Deus; nesta fé os apóstolos e discípulos morreram; muitos deram suas próprias vidas por esta verdade. O Apóstolo Paulo chama a doutrina da RESSUREIÇÃO dos mortos de “O Evangelho”. --:

A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos,
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o RESSUSCITOU dentre os mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.
Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: QUÃO FORMOSOS OS PÉS DOS QUE ANUNCIAM O EVANGELHO DE PAZ; dos que trazem alegres novas de boas coisas.
Romanos 10:8-15



A doutrina da RESSURREIÇÃO é divisora de águas. Desprezada desde a antiguidade por muitos judeus e gentios. Hoje não é diferente. Se Cristo não RESSUSCITOU, é inútil a nossa pregação, como igualmente é improdutiva a nossa fé. Envolve nada menos que dois grandes pilares da vida cristã: a fé e a esperança. Leia 1 Coríntios 15 e constate a importância dessa verdade. Não podemos negá-la, pelo contrário devemos professá-la. Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Esta verdade é deslumbrante. Cristo ressuscitou e nada parará a RESSURREIÇÃO de todos os mortos.

O Credo dos Apóstolos ecoa esta verdade através dos séculos: “Creio... na ressurreição do corpo” —. Nenhum cristão pode negar esta verdade e continuar sendo cristão. A ressurreição é a base da esperança do cristão perante a morte. A esperança da futura ressurreição dos cristãos depende da RESSURREIÇÃO de nosso Senhor (1 Co 15.1-19). -- (http://www.monergismo.com/textos/ressurreicao/ressurreicao_franklin.htm)

É espantoso pensar que haverá um amanhã de RESSURREIÇÃO (ou hoje!). Nada impedirá este dia. Nisto reside parte da esperança da Igreja de Cristo e ela tem o dever de pregar como se a crucificação tivesse sido ontem, a RESSURREIÇÃO hoje e esperando sua volta para qualquer momento.

Todas as profecias e promessas sobre Cristo se realizaram ou se realizarão na história humana. Assim como Hawking, sua família e seus amigos levarão este ano suas cinzas até a abadia de Westminster, mas não ficará para sempre ali. Uma RESSURREIÇÃO ainda nos espera. Esteja certo que Hawking se erguerá de pé ao lado de Newton e Darwin no Dia D da RESSURREIÇÃO de todos os mortos, para estar frente a frente, face a face com o Juiz e Rei das nações. Uma cena aterradora para dar início ao juízo final do Senhor.

Deus não levantou Hawking de sua cadeira em vida, mas o levantará do seu túmulo. Podemos afirmar isto? Sim, por um único motivo, Jesus Cristo ressuscitou. -- Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. (1 Coríntios 15.20). O túmulo de Cristo está vazio, e esvaziará todos os túmulos. A verdade foi pregada, o decreto está posto. Que o Senhor Jesus Cristo aumente a nossa fé e confiança em seu poder.

Raniere Menezes
Frases Protestantes
Texto ainda sem revisão