VAMOS FALAR DE RESSURREIÇÃO MR. HAWKING
Com temor e tremor escrevo estas linhas. Com tristeza também diante
do racionalismo e incredulidade de muitos que desprezam a fé em Cristo, mas devemos
reafirmar nossa esperança na volta de Cristo, e com alegria devemos reafirmar
nossa fé na ressurreição dos mortos.
Retirar a ressurreição da fé cristã é como apagar o sol da nossa vida planetária. Tão certo como que o Senhor Jesus Cristo sentiu fome, sede, frio, dor e andou pelas estradas empoeiradas do Oriente Médio; foi perseguido, preso, torturado e morto numa cruz romana, também houve a RESSURREIÇÃO.
Retirar a ressurreição da fé cristã é como apagar o sol da nossa vida planetária. Tão certo como que o Senhor Jesus Cristo sentiu fome, sede, frio, dor e andou pelas estradas empoeiradas do Oriente Médio; foi perseguido, preso, torturado e morto numa cruz romana, também houve a RESSURREIÇÃO.
Mr. Stephen Hawking morreu em 14 de março de 2018 aos 76,
por consequência de sua esclerose lateral amiotrófica (ELA). O renomado
cientista astrofísico britânico considerado um gênio era ateu. Numa busca rápida
na Internet é possível encontrar uma declaração sua de 2014, a qual diz que
“Não há nenhum Deus. Sou ateu. A religião crê nos milagres, mas estes não são
compatíveis com a Ciência”.
Enquanto Stephen Hawking era velado na Igreja St Mary the
Great em Cambridge, na Inglaterra, agora no final de março, muitos cristãos de
todo o mundo celebravam a páscoa -- a morte e ressurreição de Cristo --, muitos
elogios fúnebres foram dados ao cientista, incluindo elogios da rainha
Elizabeth segunda. O local de seu velório está localizado perto da faculdade
Gonville and Caius, onde Hawking lecionou por 52 anos.
Depois do funeral em Cambridge, Hawking será cremado em
outra data e suas cinzas serão colocadas ao lado de Newton e Darwin na abadia
de Westminster, em Londres. Newton, que formulou a lei da gravitação universal
e criou os fundamentos da matemática moderna, foi sepultado ali na abadia em
1727. Darwin, cuja teoria da evolução foi um dos avanços científicos mais
abrangentes de todos os tempos, foi colocado perto de Newton em 1882.
A abadia de Westminster é um dos lugares históricos mais
importantes da Inglaterra e da Europa, local de importantes eventos da
história, casamentos reais, coroações da nobreza inglesa e sepultamentos de
reis, rainhas e pessoas ilustres. Para os cientistas ingleses não há maior
honra que esta, como membro da Royal Society, do Reino Unido: ser sepultado na
abadia de Westminster.
Os enterros mais recentes de cientistas foram os de Ernest Rutherford, pioneiro da física nuclear, em 1937 e de Joseph John Thomson, que descobriu os elétrons, em 1940. A Abadia é o local de sepultamento de 17 monarcas e de muitas personalidades históricas inglesas, 16 casamentos reais e mais de 3.000 pessoas sepultadas na abadia.
Os enterros mais recentes de cientistas foram os de Ernest Rutherford, pioneiro da física nuclear, em 1937 e de Joseph John Thomson, que descobriu os elétrons, em 1940. A Abadia é o local de sepultamento de 17 monarcas e de muitas personalidades históricas inglesas, 16 casamentos reais e mais de 3.000 pessoas sepultadas na abadia.
Por que destacar a abadia de Westminster para falar de um
sepultamento de um cientista ateu famoso? Por conta do peso histórico para a fé
cristã neste local. Uma das salas da abadia, mais precisamente na câmara de
Jerusalém, foram realizadas muitas reuniões cristãs históricas: comitês
dedicaram-se a escrever a Versão Autorizada da Bíblia em 1611, a Versão
Revisada em 1870, a Nova Bíblia em Inglês em 1961 e a Bíblia Revisada em Inglês
em 1989. Entre 1643 e 1649, a assembleia dos teólogos de Westminster reuniu-se
na câmara e também na capela de Westminster. Não há nenhum prédio histórico no
mundo com tanta história relacionada à Palavra de Deus.
A Assembleia de Teólogos de Westminster (1643-1649) foi um
grande marco histórico e teológico que fechou um ciclo de produção de
documentos confessionais cristãos pós-reforma protestante. É considerada como o
último e mais importante sínodo da Igreja pós-reforma; ela foi de grande
importância para a Inglaterra, assim como para as igrejas reformadas em todo o
mundo. Formulada por 121 ministros protestantes dos mais preparados
teologicamente da Inglaterra, além de 20 membros da Câmara dos Comuns e 10
membros da Câmara dos Lordes. Nenhum grande assunto da fé cristã deixou de ser
debatido neste lugar.
Dos 33 capítulos do documento confessional mais importante
produzido na assembleia de teólogos de Westminster, o capítulo 32 é todo
dedicado ao ensino da RESSURREIÇÃO -- CAPÍTULO XXXII, DO ESTADO DO HOMEM DEPOIS
DA MORTE E DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS. O qual afirma:
I. Os corpos dos homens, depois da morte, convertem-se em pó
e vêm a corrupção; mas as suas almas (que nem morrem nem dormem), tendo uma
substância imortal, voltam imediatamente para Deus que as deu. As almas dos
justos, sendo então aperfeiçoadas na santidade, são recebidas no mais alto dos
céus onde vêm a face de Deus em luz e glória, esperando a plena redenção dos
seus corpos; e as almas dos ímpios são lançadas no inferno, onde ficarão, em
tormentos e em trevas espessas, reservadas para o juízo do grande dia final.
Além destes dois lugares destinados às almas separadas de seus respectivos
corpos as Escrituras não reconhecem nenhum outro lugar. Gen. 3:19; At. 13:36; Luc. 23:43; Ec. 12:7;
Apoc. 7:4, 15; II Cor. 5: 1, 8; Fil. 1:23; At. 3:21; Ef. 4:10; Rom. 5:23; Luc.
16:25-24.
II. No último dia, os que estiverem vivos não morrerão, mas
serão mudados; todos os mortos serão ressuscitados com os seus mesmos corpos e
não outros, posto que com qualidades diferentes, e ficarão reunidos às suas
almas para sempre. I Tess. 4:17; I Cor. 15:51-52, e 15:42-44.
III. Os corpos dos injustos serão pelo poder de Cristo
ressuscitados para a desonra, os corpos dos justos serão pelo seu Espírito
ressuscitados para a honra e para serem semelhantes ao próprio corpo glorioso
dele. At. 24:l5; João5:28-29; Fil. 3:21.
Nessa mesma sala da abadia de Westminster, na câmara de
Jerusalém, onde se tratou da doutrina basilar da fé cristã, da RESSURREIÇÃO,
caixões de muitas pessoas famosas ficaram antes de seus funerais na abadia, inclusive
o caixão de Sir Isaac Newton. Diferente de Hawking, Newton era um cientista
considerado deísta, ou seja, acreditava no Deus Criador que governa leis
físicas universais.
Hawking, o cientista mais célebre do mundo na atualidade,
morreu depois de uma vida dedicada a sondar as origens do universo, os
mistérios dos buracos negros e a natureza do próprio tempo. Seu esforço para
explicar a criação e como funciona o cosmos foi realmente intenso. Mas não
conheceu nem compreendeu o Deus revelado nas Escrituras (as quais afirmam a
RESSURREIÇÃO dos mortos).
Por décadas seu corpo definhou ao limite máximo humano sobre
uma cadeira de rodas, enquanto sua mente brilhante folheava o livro da natureza
física. Chegou o mais perto que se pode chegar da revelação de Deus à luz da
natureza e das obras da Criação; da Revelação Geral; da Teologia Natural; do
deísmo, mas não ultrapassou a fronteira do Conhecimento da Revelação Especial
de Deus; Revelação especial escrita.
Hawking conheceu como poucos as obras da criação, que
manifestam a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, mas não conheceu a vontade
revelada do Deus que se revela através de Jesus Cristo. Este é o diagnóstico
dado à vida do maior cientista contemporâneo, análise dada por um antigo documento
confessional cristão escrito no próprio local de seu sepultamento. O primeiro
capítulo da Confissão de Fé de Westminster, o início da seção primeira, sobre a
ESCRITURA SAGRADA:
I. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da
providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus,
que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele
conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi
o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar
à sua Igreja aquela sua vontade; (...) Isto torna indispensável a Escritura
Sagrada (...) Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor.
1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa. 8:
20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19.
Certamente Hawking conheceu a bondade, sabedoria e poder de
Deus em sua vida, em seu coração, em sua consciência, em seus estudos, mesmo
que Deus tenha sido para ele um entendimento negado e desprezado. Ele mesmo
alegava que seu conhecimento trazia mais felicidade para ele do que dinheiro,
status e poder. Como conhecer a profundidade do universo e não reconhecer a mão
invisível do poder e da inteligência do Criador?
Alguém pode questionar que Deus não foi nem bom nem justo
com ele, por lançá-lo numa doença degenerativa ainda em sua juventude. Porém o
Criador permitiu que sua vida tivesse sido um milagre ao chegar em 76 anos.
Viajou por todo mundo, teve filhos, sondou as profundezas do universo
fundamentado em física e astronomia. Segundo revistas, andou de submarino, voou
num balão e até num voo da empresa americana Zero Gravity, reproduzindo
situação de gravidade zero. “Me senti livre da minha doença”, ele relatou ao
experimentar a falta de gravidade.
Sua mente arguta e seu corpo decrépito poderiam levá-lo
ao maravilhoso conhecimento de experimentar a esperança de viver eternamente com
Cristo em corpo glorioso. Esta esperança é uma extraordinária boa notícia (boas
novas; Evangelho), especialmente para Hawking. A ressurreição é uma formidável
verdade que leva a outra maravilhosa verdade: o corpo glorificado. A liberdade
perfeita. Liberdade tão sonhada e desejada pelo cientista paralisado numa
cadeira de rodas.
Suas cinzas irão para a abadia de Westminster, mas sua vida
não contemplou o Redentor Jesus Cristo, acabou sendo um tipo de epicureu, e sua
vida passou como alguém que somente teve necessidades físicas e materiais, e
tentou fugir da morte todos os dias. Enquanto a RESSURREIÇÃO para os cristãos é
uma canção de triunfo, para Hawking é um lamento, quando poderia ser uma maravilhosa esperança.
[A morte e] A RESSURREIÇÃO de Cristo é o fundamento do
cristianismo, por esta fé viveram todas as gerações do povo de Deus; nesta fé
os apóstolos e discípulos morreram; muitos deram suas próprias vidas por esta
verdade. O Apóstolo Paulo chama a doutrina da RESSUREIÇÃO dos mortos de “O
Evangelho”. --:
A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração;
esta é a palavra da fé, que pregamos,
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em
teu coração creres que Deus o RESSUSCITOU dentre os mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca
se faz confissão para a salvação.
Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será
confundido.
Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um
mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como
crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito:
QUÃO FORMOSOS OS PÉS DOS QUE ANUNCIAM O EVANGELHO DE PAZ; dos que trazem
alegres novas de boas coisas.
Romanos 10:8-15
A doutrina da RESSURREIÇÃO é divisora de águas. Desprezada
desde a antiguidade por muitos judeus e gentios. Hoje não é diferente. Se
Cristo não RESSUSCITOU, é inútil a nossa pregação, como igualmente é
improdutiva a nossa fé. Envolve nada menos que dois grandes pilares da vida
cristã: a fé e a esperança. Leia 1 Coríntios 15 e constate a importância dessa
verdade. Não podemos negá-la, pelo contrário devemos professá-la. Cristo morreu
por nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado, e ressuscitou ao
terceiro dia, segundo as Escrituras. Esta verdade é deslumbrante. Cristo
ressuscitou e nada parará a RESSURREIÇÃO de todos os mortos.
O Credo dos Apóstolos ecoa esta verdade através dos séculos:
“Creio... na ressurreição do corpo” —. Nenhum cristão pode negar esta verdade e
continuar sendo cristão. A ressurreição
é a base da esperança do cristão perante a morte. A esperança da futura
ressurreição dos cristãos depende da RESSURREIÇÃO de nosso Senhor (1 Co
15.1-19). -- (http://www.monergismo.com/textos/ressurreicao/ressurreicao_franklin.htm)
É espantoso pensar que haverá um amanhã de RESSURREIÇÃO (ou
hoje!). Nada impedirá este dia. Nisto reside parte da esperança da Igreja de
Cristo e ela tem o dever de pregar como se a crucificação tivesse sido ontem, a
RESSURREIÇÃO hoje e esperando sua volta para qualquer momento.
Todas as profecias e promessas sobre Cristo se realizaram ou
se realizarão na história humana. Assim como Hawking, sua família e seus amigos
levarão este ano suas cinzas até a abadia de Westminster, mas não ficará para sempre
ali. Uma RESSURREIÇÃO ainda nos espera. Esteja certo que Hawking se erguerá de
pé ao lado de Newton e Darwin no Dia D da RESSURREIÇÃO de todos os mortos, para
estar frente a frente, face a face com o Juiz e Rei das nações. Uma cena aterradora para dar início ao
juízo final do Senhor.
Deus não levantou Hawking de sua cadeira em vida, mas o levantará
do seu túmulo. Podemos afirmar isto? Sim, por um único motivo, Jesus Cristo
ressuscitou. -- Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as
primícias dos que dormem. (1 Coríntios 15.20). O túmulo de Cristo está vazio, e
esvaziará todos os túmulos. A verdade foi pregada, o decreto está posto. Que o
Senhor Jesus Cristo aumente a nossa fé e confiança em seu poder.
Raniere Menezes
Frases Protestantes
Texto ainda sem revisão