9.1.22

A CHAVE CRIPTOGRÁFICA DA CARTA DE APOCALIPSE


A CHAVE CRIPTOGRÁFICA DA CARTA DE APOCALIPSE

 

Se nem os tribulacionistas/futuristas de hoje conseguem entender Apocalipse, o que dirá de alguma interceptação da Carta de João pelo Império Romano? Nem se o governo romano do primeiro século tivesse a máquina Enigma do século XX decifraria a linguagem de João. Sua simbologia é proposital como uma carta que só poderia ser "descriptografada" por sua audiência primária. E nós, hoje, só podemos entender a carta nos aproximando ao máximo do entendimento da audiência primária, conhecendo seu contexto histórico e geográfico. O futurismo e tribulacionismo favorecem apenas aos dominadores de rebanho ao longo da história.

 

A Carta de Apocalipse tem características que não permite lançar profecias futuristas:

 

1. Por toda Carta há um forte senso de urgência e acontecimentos iminentes.

2. Há destinatários (audiência primária) históricos e geograficamente claros. -- Ap 2,3.

3. A linguagem simbólica é fortemente judaica. A audiência primária deveria conhecer muito o Antigo Testamento.

4. Destinada as 7 igrejas da Ásia Menor com infiltração religiosa de judaizantes e outras seitas históricas e extintas como nicolaítas, seguidores de Balaão e Jezabel. – Ap 2,3. – 2/3 da Carta faz alusão ao Antigo Testamento.

5. O templo é dito como existente. -- Ap 11.

6. Havia adoração ao imperador romano. -- Ap 13.

7. A ênfase da Carta é a destruição de Jerusalém e vitória do Cristianismo sobre Roma.

8. Os relatos históricos do historiador do primeiro século Flávio Josefo confirmam as profecias de Mateus 24, Lucas 21, Marcos 13 e Apocalipse.

9. Há dados cronológicos, culturais, históricos que convergem para o século primeiro e não século XXI.

10. Se os futuristas que lançam Apocalipse sobre cada geração e se cada geração espera seu fim, a igreja histórica não conseguiria planejar a longo prazo como sempre fez e continua fazendo.

 

Raniere Menezes

Colaborador da REVISTA CRISTÃ.ORG (http://www.revistacrista.org/)