28.3.17

O PROBLEMA NÃO É O DINHEIRO, MAS A DISTORÇÃO DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE


O PROBLEMA NÃO É O DINHEIRO, MAS A DISTORÇÃO DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

O problema da teologia da prosperidade não é o dinheiro em si, não é a riqueza em si, mas a ganância, ambição, cobiça em ter cada vez mais para si. Há pessoas ricas que possuem sabedoria e uma vida de equilíbrio para não corromper sua ética. A teologia da prosperidade é uma dose de veneno mortal numa taça de ouro servido numa bandeja de prata, é sedutor, mas é mortal.

Os comerciantes do cristianismo querem que você acredite que ou não se pode falar em dinheiro de modo nenhum ou tem que falar sobre dinheiro como eles falam. Aqui está a sutileza da mentira, pois a Bíblia não condena o dinheiro, o QUANTO você tem, mas COMO você usa. O problema não é o dinheiro, mas a ATITUDE para com ele.

“Poucas coisas testam mais profundamente a espiritualidade de uma pessoa do que a maneira como ela usa o dinheiro”, escreveu J. Blanchard. Não é errado querer segurança e conforto que o dinheiro pode trazer, mas a ostentação, a cobiça, a avareza, a falta de contentamento e outros tópicos relacionados são os problemas. Nem todos os ricos são ardilosos e maus. O alerta bíblico é contra o desejo cobiçoso de ficar rico. O dinheiro não é a raiz de todo mal, mas o AMOR PELO DINHEIRO é a raiz de todo mal. Se você faz do dinheiro seu amor, os outros valores irão se perder.

Não há problema em trabalhar honestamente e dar o máximo para buscar realizações materiais. Produtividade e criação de riquezas não são problemas em si. A independência financeira pode oferecer muitas oportunidades de ajudar os mais necessitados.

A verdade bíblica é clara como a luz do sol, mas alguém pode "apagar" o sol se colocar uma moeda bem perto do olho. Os comerciantes da fé superenfatizam o ganho material como sinal de benção de Deus. Mas a Bíblia faz alerta quanto ao desejo cobiçoso.

Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. -- 1 Timóteo 6.9,10

Esta verdade combate o desejo excessivo de ficar rico e também o oposto, a pobreza voluntária do ascetismo religioso. Não há virtude na pobreza em si. Deus deu ao homem capacidade para dominar a natureza, a criatividade, a produtividade do trabalho. E renunciar esta potencialidade humana em nome de uma religiosidade é o polo extremo do desejo ansioso de ficar rico. Não há virtude na miséria.

Você ora o Pai Nosso? Já repetiu quantas vezes: “Não nos deixe cair em tentação?" E o Apóstolo Paulo afirma que o desejo obcecado por ficar rico é cair em tentação.

Além de ser uma tentação, a Bíblia diz que é uma ARMADILHA. Esse desejo é considerado uma TOLA E DOLOROSA PAIXÃO, que AFOGAM as pessoas por sua ganância. Leva a DESTRUIÇÃO E PERDIÇÃO. O problema é a paixão egoísta; o mal da cobiça.

Matthew Henry escreveu que: "Aqueles que fazem um comércio do cristianismo serão decepcionados". Os mercadores da fé despertam o amor ao dinheiro, este é o mal. O dinheiro é muito importante na sociedade, mas não só o dinheiro, o tempo, a vida. Como estamos gastando nosso tempo? Como usamos nosso dinheiro? Isto diz muito quem é o nosso Senhor. Como estamos gastando nossa vida? Estas perguntas são fundamentais para o crescimento espiritual. A fé cristã afeta todas as área da vida humana, e afeta também o modo de uso do dinheiro.

O cristão não deve ser um ingênuo, mas simples e astuto. A Bíblia exorta o cristão à prudência, sobriedade, sabedoria, justiça, ao contentamento com a Providência sobre sua vida, a não amar o dinheiro, não se entregar à ambição, cobiça, ao uso do discernimento para não ignorar os desígnios do Inimigo (cf. 2  Co  2.11). Deus exorta e alerta de muitas maneiras: "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores". (1  Tm  6.10).

A ganância pelo lucro não é nada menos do que a deificação do eu, e, se nossa mente estiver fixada em acumular riquezas, tornamo-nos idólatras. -- J. Blanchard


O que está errado com a teologia da prosperidade?

teologia da prosperidade
Apesar de até o presente só ter melhorado a vida dos seus pregadores e fracassado em fazer o mesmo com a vida dos seus seguidores, a teologia da prosperidade continua a influenciar as igrejas evangélicas no Brasil.

Uma das razões pela qual os evangélicos têm dificuldade em perceber o que está errado com a teologia da prosperidade é que ela é diferente das heresias clássicas, aquelas defendidas pelos mórmons e "testemunhas de Jeová" sobre a pessoa de Cristo, por exemplo. A teologia da prosperidade é um tipo diferente de erro teológico. Ela não nega diretamente nenhuma das verdades fundamentais do Cristianismo. A questão é de ênfase. O problema não é o que a teologia da prosperidade diz, e sim o que ela não diz.

  • Ela está certa quando diz que Deus tem prazer em abençoar seus filhos com bênçãos materiais, mas erra quando deixa de dizer que qualquer bênção vinda de Deus é graça e não um direito que nós temos e que podemos revindicar ou exigir dele. 
  • Ela acerta quando diz que podemos pedir a Deus bênçãos materiais, mas erra quando deixa de dizer que Deus tem o direito de negá-las quando achar por bem, sem que isto seja por falta de fé ou fidelidade de nossa parte.
  • Ela acerta quando diz que devemos sempre declarar e confessar de maneira positiva que Deus é bom, justo e poderoso para nos dar tudo o que precisamos, mas erra quando deixa de dizer que estas declarações positivas não têm poder algum em si mesmas para fazer com que Deus nos abençoe materialmente.
  • Ela acerta quando diz que devemos dar o dízimo e ofertas, mas erra quando deixa de dizer que isto não obriga Deus a pagá-los de volta.
  • Ela acerta quando diz que Deus faz milagres e multiplica o azeite da viúva, mas erra quando deixa de dizer que nem sempre Deus está disposto, em sua sabedoria insondável, a fazer milagres para atender nossas necessidades, e que na maioria das vezes ele quer nos abençoar materialmente através do nosso trabalho duro, honesto e constante.
  • Ela acerta quando identifica os poderes malignos e demônicos por detrás da opressão humana, mas erra quando deixa de identificar outros fatores como a corrupção, a desonestidade, a ganância, a mentira e a injustiça, os quais se combatem, não com expulsão de demônios, mas com ações concretas no âmbito social, político e econômico.
  • Ela acerta quando diz que Deus costuma recompensar a fidelidade mas erra quando deixa de dizer que por vezes Deus permite que os fiéis sofram muito aqui neste mundo. 
  • Ela está certa quando diz que podemos pedir e orar e buscar prosperidade, mas erra quando deixa de dizer que um não de Deus a estas orações não significa que Ele está irado conosco. 
  • Ela acerta quando cita textos da Bíblia que ensinam que Deus recompensa com bênçãos materiais aqueles que o amam, mas erra quando deixa de mostrar aquelas outras passagens que registram o sofrimento, pobreza, dor, prisão e angústia dos servos fiéis de Deus.
  • Ela acerta quando destaca a importância e o poder da fé, mas erra quando deixa de dizer que o critério final para as respostas positivas de oração não é a fé do homem mas a vontade soberana de Deus.
  • Ela acerta quando nos encoraja a buscar uma vida melhor, mas erra quando deixa de dizer que a pobreza não é sinal de infidelidade e nem a riqueza é sinal de aprovação da parte de Deus. 
  • Ela acerta quando nos encoraja a buscar a Deus, mas erra quando induz os crentes a buscá-lo em primeiro lugar por aquelas coisas que a Bíblia constantemente considera como secundárias, passageiras e provisórias, como bens materiais e saúde. 
A teologia da prosperidade, à semelhança da teologia da libertação e do movimento de batalha espiritual, identifica um ponto biblicamente correto, abstrai-o do contexto maior das Escrituras e o utiliza como lente para reler toda a revelação, excluindo todas aquelas passagens que não se encaixam. Ao final, o que temos é uma religião tão diferente do Cristianismo bíblico que dificilmente poderia ser considerada como tal. Estou com saudades da época em que falso mestre era aquele que batia no portão da nossa casa para oferecer um exemplar do livro de Mórmon ou da Torre de Vigia...

Dr. Augustus Nicodemus 

25.3.17

Êxodo 20 - Lei de Deus - Êxodo 20.2


Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
Êxodo 20:2

1. Nesta declaração Deus em primeiro lugar se identifica como o Senhor Soberano e Eterno.

2. Em segundo lugar Ele lembra a Israel que Ele é o Salvador, "teu Deus", pela GRAÇA SOBERANA. Deus escolheu Israel, e não Israel escolheu Deus.

3. Em terceiro lugar, a Lei de Deus foi dada ao povo de GRAÇA. Todos os homens estão caídos e debaixo de condenação; todos os homens estão debaixo da ira de Deus e de sua Lei. A Lei é benção, graça e privilégio para os remidos em Cristo Jesus.

4. Como o remido deve dar resposta à graça? Primeira resposta, primeiro mandamento:
Não terás outros deuses diante de mim.
Êxodo 20:3

Resumo baseado em Institutas da Lei Bíblica, Rousas John Rushdoony.

19.3.17

TOMAR DECISÃO EM PROVÉRBIOS OU CONFIAR NO SENHOR NAS TOMADAS DE DECISÕES


TOMAR DECISÃO EM PROVÉRBIOS OU CONFIAR NO SENHOR NAS TOMADAS DE DECISÕES
R.M.MENEZES

Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.
Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.
Provérbios 3:5-7

Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos.
Provérbios 16.3

Uma das atitudes mais importantes de todo ensino cristão é CONFIAR EM DEUS. Confiar não apenas da boca para fora, mas de coração, com sinceridade. Provérbio ensina que devemos confiar no Senhor em TODOS os nossos assuntos, mas confiar PLENAMENTE, FIRMEMENTE, confiar em sua sabedoria, poder, bondade, providência, promessas, misericórdia e verdade. E confiar em Deus traz em si um elemento oposto, “Não se apegar ao seu próprio entendimento”.

O que significa se apoiar no próprio entendimento? Significa não realizar seus planos sem a benção de Deus, em todos os seus caminhos. Significa não confiar em sua própria força, nem riqueza nem amigos, em nada, senão Deus.

O que significa RECONHECER Deus em todos os caminhos? Significa PRATICAR o que você CONHECE DE DEUS. Novamente CONFIAR em sua sabedoria, poder, bondade, providência, promessas, misericórdia e verdade. Seguir a sabedoria e conselhos de Deus.

Confie na soberania de Deus, em todos os teus negócios, procure o melhor modo de agradá-lo e glorificá-lo. Ele firmará teus passos para que teu caminho seja seguro e bom. Não se afaste da misericórdia nem da verdade nem do bem.

Não perca sua fé genuína. Deus é sábio em fazer sempre o melhor. Se apoiar no próprio entendimento é se segurar numa cana quebrada.

Uma regra de ouro prática: Não projete nada além do que é lícito. Ore a Deus que Ele o dirija em todos os casos e acima de tudo sejamos gratos. Se o caminho é agradável, sejamos gratos. Se o caminho é espinhoso sejamos submissos e gratos. O caminho de Deus sempre é bom e seguro, mesmo pedregoso.

Confiar na vontade de Deus é o segredo de toda a verdadeira grandeza, é sair de todas as nossas ansiedades, planos e medos, e ir em direção à segurança do Senhor.

CONFIANÇA é o coração da verdadeira sabedoria. A AUTOCONFIANÇA é a negação da sabedoria.

Confia no Senhor, não em criatura, nem em força, nem em sabedoria própria, nem riqueza, nem privilégios, nem estratégias, alianças, nem na educação. Lembre-se, o coração é terrivelmente enganoso. E o mundo ensina, confie em seu coração.

Não confie em obras de justiça humana, nem em profissão de religião, não confie em si, mas somente no Senhor, Pessoa de toda graça, Senhor de todas as bênçãos. Confie nele em todos os momentos, em tempos de aflição, tentação, trevas. Todo poder e força estão nele para nos ajudar. Seu amor, graça, misericórdia são imãs que nos atraem a ele.

Considere o que ele já fez na história e na sua vida, isso deve nos encorajar. Quem confia no Senhor desfruta de paz e segurança.

Confie em Cristo, em sua justiça, em seu sangue, seu perdão, em seu poder para proteção e preservação, para a salvação e vida eterna com Deus. Aquele que começou boa obra irá concluir.

Que sua fé não seja fingida. Não faça apenas uma confissão de confiança, mas de todo coração. Se sua fé está fraca, peça para Deus aumentar, peça sabedoria, Ele mesmo orienta que devemos pedir essas coisas.

Os homens não devem depender de sua própria sabedoria e compreensão, na condução da vida, mas devem buscar a direção e a bênção da Providência, ou de outra forma encontrarão decepção; E, quando tiverem sucesso, não o atribuirão à sua própria prudência e sabedoria, mas à bondade de Deus. Seja dependente de Deus e grato. A autossuficiência tem lançado muita gente no abismo.

Quando Deus diz: Confia tuas obras a mim, Ele está dizendo, “Entrega teu fardo pesado a mim, é pesado demais para você suportar só.” Tudo é tudo! Tudo que você faz, ações, preocupações, sempre dependemos da Providência e da Graça.

Lança o peso da tua preocupação sobre Deus e deixa com Ele, pela fé e dependência. Pela fé ore e acalme seus pensamentos e diga “seja feita a vontade do senhor” e lembre-se que todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus. Tudo que for para a glória de Deus será estabelecido.

O tolo confia em sua própria força, mérito e justiça. E confia em seu próprio coração. Quantas vezes seu coração já lhe enganou? Até quando você irá confiar nele? Um antigo e sábio teólogo disse que “o coração é uma fábrica de ídolos”. E muitas vezes o próprio coração torna-se um ídolo.

Calmo, sereno e tranquilo, diz a letra da música. Confie no Deus conhecido. Confie em sua Palavra, em suas promessas, com alegria e contentamento. O único caminho para a segurança é em direção à vontade de Deus.



12.3.17

O REINO DOS CÉUS TOMADO À FORÇA: O QUE SIGNIFICA “VIOLÊNCIA” AO REINO DOS CÉUS?


O REINO DOS CÉUS TOMADO À FORÇA:
O QUE SIGNIFICA “VIOLÊNCIA” AO REINO DOS CÉUS?

E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele.
Mateus 11:12 (ACRF)

Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele.
Mateus 11:12 (NVI)

Estas palavras descrevem uma enérgica corrida das multidões da Galileia e Judeia para ouvir a pregação de João Batista. A ilustração é de uma cidade atacada por todos os lados por combatentes ansiosos por tomar posse da cidade e conquistar os despojos.

Tomar a força, ser violento, o que significa? Significa o zelo impetuoso de agarrar o reino dos céus.

Alguém com muita sede não beberá água suavemente, mas com grande desejo. O mesmo com a fome e com a sobrevivência.

Na analogia de guerra: "tomar a força", ilustra que na antiguidade havia uma forte motivação de saquear os despojos de uma cidade conquistada. Na doutrina de guerra sempre existiu a incursão violenta, com vontade e rapidez, seja pela busca de terreno, bens, glória ou outro desejo impulsionador.

Na linguagem profética quer dizer, buscar o reino dos céus com ânimo verdadeiro, coragem, zelo impetuoso, forte vontade.

Desde os dias de João Batista, que deu testemunho público da aproximação do Messias, a pregação que levava ao arrependimento e fé, a busca pela verdadeira paz, libertação, perdão e bem-aventurança trouxe uma nova movimentação de Deus em direção aos pecadores; a conversão dos gentios.

As multidões reuniam-se ao redor de João Batista e depois ao redor do Senhor Jesus Cristo e dos apóstolos. O reino da graça está no meio do povo, a dispensação do evangelho com grande poder chegou com mais força para os gentios.

Multidões foram alcançadas pelo ministério de João e se tornaram seus discípulos. O fervor e o zelo desse povo justifica a ilustração da violência. O que Jesus ensinou sobre negar a si mesmo e carregar a cruz.

João Batista é um exemplo de abnegação e seus seguidores faziam o mesmo, contrariando o mundo para alcançar as coisas celestiais. Perderam o mundo todo para ganhar a alma.

O que Paulo ensina sobre “mudança de mente”, não contentamento com o mundo. Isto é esforço, zelo impetuoso, violência.

Multidões seguiram João, Jesus, os apóstolos, e seguiam como se estivessem prestes a tomar o reino dos céus pela força.

Embora o texto possa ser aplicado a pecadores individuais que buscam o Evangelho, aqui é um registro de multidões reunidas ao redor de Jesus e de João para ouvir o Evangelho e abraça-lo.

Você lembra como você ouvia o Evangelho no começo de sua conversão? Pare um pouco e lembre. Havia grande expectativa? Coração aquecido, desejoso de conhecimento e por obtenção das coisas celestiais, com zelo e fervor? Com lágrimas?

Zelo sem fervor torna a pessoa num fariseu, fervor sem zelo torna-nos entusiastas vazios; fogo de palha.

A Palavra é um martelo que quebra uma pedra. Não há nada mais duro do que um coração de pedra, mas o Evangelho pregado com o poder do Espírito traz vida aos mortos em delitos e pecados, dá visão ao cego, faz com que os surdos ouçam, faz com que inimigos ferozes de Deus tornem-se amigos e filhos, transporta pessoas do poder do inimigo para Deus; das trevas para a luz, liberta os cativos.

Esses novos desejos celestiais fazem com que pessoas fracas, pecadoras, desprezadas enfrentem perseguições de seus inimigos, façam corajosa oposição, contrariem o mundo, censurem, intimidem seus antigos mestres anticristãos.

No contexto de Mateus quem eram os zelosos impetuosos que sofreram grandes mudanças em suas vidas? Os publicanos, prostitutas, todos os tipos de pecadores e gentios, todos os intrusos para os judeus e para o Império Romano. Pessoas perseguidas, mas impetuosas. Pessoas com coragem de perder a vida para ganhar o céu. O martírio não somente é uma violência por parte dos executores, mas o testemunho mais forte da fé; o zelo impetuoso de não negar a fé e agarrar violentamente o céu. É uma força contagiante, uma semente poderosa quando esmagada.

A justiça de Cristo, a justificação pela fé, arrebata violentamente o pecador para longe da ira de Deus, acha o perdido e livra-o das mãos do Inimigo. E após a justificação os pecadores amam ardentemente a Lei de Deus não em busca de salvação, mas por gratidão, por desejarem maior comunhão com Cristo, com paixão, com zelo e fervor. Renovemos nossa força para tomar a força o reino dos céus, todos os dias.

R.M.Menezes