28.11.19

Abandonar o Facebook não é uma opção, mudar também não


Abandonar o Facebook não é uma opção, mudar também não

O Facebook quanto mais cresce mais tem problemas, ideologias, política, futebol e religião não só se discutem como têm muitos haters, interferências, spam, trolls, vícios de likes etc. O Facebook é uma comunidade com milhares de comunidades dentro, e cada uma delas é possível encontrar todos os problemas e soluções do mundo (é só atravessar uma rua). É como uma megacidade, sempre haverá becos de usuários de drogas, pancadaria estilo Peaky Blinders, interferências de empresas e governos, mas também áreas de recreação mais tranquilas, ilhas e resorts.

Todos os problemas da grande cidade Facebook vão continuar porque se transformou em uma cidade monstruosa e não tem como corrigir todos os problemas, e este grande problema é um monumental negócio bilionário, que se o prefeito Zuckerberg mexer muito alguns acionistas da Wall Street não irão aprovar, pois não irão querer transformar um modelo de negócio bilionário que funciona. Se o prefeito Zuckerberg decidir solucionar todos os problemas da humanidade dentro de sua megalópole, acionistas irão processar a empresa e pedirão sua cabeça de CEO.

Os problemas de fake news, algoritmos segmentadores, likes dopamínicos, manipulação de dados etc, irão continuar até que surja um novo sistema, até então incerto. O Facebook é um ecossistema grande demais para consertar, é uma mega Gotham City, não leia “meiga”, mas mega. Os engenheiros são bombeiros e a imprensa (que se diz neutra e não neutra) são os incendiários. Há muita fumaça e chuvas ácidas, e é impossível mudar a arquitetura e infraestrutura, é mais fácil construir uma nova Dubai do zero no deserto. O que era para ser um condomínio tranquilo de lazer para família e amigos (ou um campus universitário) transformou-se numa mega cidade.

Raniere Menezes
Frases Protestantes

Referência: https://medium.com/newco/its-the-advertising-model-stupid-b843cd7edbe9

22.11.19

Carta de um pai a seu filho de 9 anos...

Esta carta é um convite para que o leitor seja edificado por um testemunho inspirador e redentivo de vida cristã, a carta é um tipo de escatologia individual, que revela o poder transformador de Cristo num mundo incrédulo, sem esperança, onde muitos fogem da realidade caindo em drogas e criminalidade.

A carta de um pai que não se envergonha do Evangelho, que experimentou a redenção de seu lar, da vida comunitária e social.

Nunca perca a esperança que sempre é possível recomeçar!

Link: http://www.revistacrista.org/literatura_Carta_de_um_pai_a_seu_filho_de_nove_anos.html#.Xdgy7uhKjIV

11.3.19

TODO CAMINHO LEVA A ROMA PRÉ-CONSTANTINO



TODO CAMINHO LEVA A ROMA PRÉ-CONSTANTINO

Atualmente há uma variedade tão grande de "cristianismos" que raramente alguém faz uma análise precisa, mas de modo geral a cultura enxerga os cristãos como alienados ou pessoas sem "amor", e que merecem todo castigo do bode expiatório. Com base nesse conflito, o Dr. Peter Jones questiona: E se fossemos mais legais, a cultura gostaria de nós?

As acusações são muitas e algumas com razão. Algumas linhas evangélicas se refugiam da sociedade num espírito de gueto e erguem bandeiras de moralismos extremos, outros são obcecados por dinheiro e praticam extorsão contra os pobres. Porém, a Bíblia sempre alertou contra os falsos profetas.

Mas, e se fossemos mais legais? Se fosse retirado todo discurso ofensivo do púlpito? Se buscássemos ajuda na psicologia para ajustar técnicas terapêuticas à pregação? Talvez abraçar a agenda em defesa ao meio ambiente e desenvolver mais caridades? Será que as pessoas iriam gostar de nós?

A igreja precisa alterar sua imagem e sua mensagem para agradar? Se retirássemos toda pregação sobre pecado, cruz, expiação, salvação e ficássemos somente na pauta da justiça social? Se fizéssemos palestras com menos Bíblia e mais experiências sensoriais com mais sons e imagens? Se pudéssemos abrir um grande diálogo com todas as outras religiões? Será que acabaríamos com as tensões raciais e sociais?

Não há mais UMA verdade a ser dita, mas há muitas verdades, e cada pessoa tem a sua verdade, afirmar uma verdade absoluta é cometer um crime de terrorismo religioso. Não se pode mais pregar a ética da lei de Deus, porque a partir do momento que se ataca a moralidade particular de alguém isto irá gerar fanatismo e ódio. Se o cristão não tiver preparado para ameaças e intimidações é melhor não pregar o antigo Evangelho, mas criar um novo. E muitos por medo de perseguições têm buscado sua sobrevivência na covardia.

Os alertas proféticos e apostólicos devem ser descartados? Devemos nos deixar ser levados por sutilezas de pensamentos que entram em conflito com a mensagem da cruz de Cristo? Não nos deixamos enganar, o mundo odeia a cruz.

Dr. Peter Jones destacou que estamos voltando no tempo: "Estou convicto que hoje todo caminho leva a Roma, a Roma pré-Constantino". A Roma pagã perseguiu de todas as formas os cristãos, eles sempre foram impopulares, especialmente nos primeiros três séculos. Os cristãos romanos foram acusados de canibalismo (referência a comer a carne e beber o sangue de Cristo na Ceia), tumultuadores da ordem, atrapalhadores dos negócios, imorais, incestuosos (casavam entre irmãos [na fé]), miseráveis, ateus (pois negavam o politeísmo), inventores de modas, não patriotas (não adoravam César), antissociais, causadores de desastres, verdadeiros inimigos da humanidade.

Não se engane, o mundo ainda quer que o cristianismo diga que Cesar é o Senhor, mas o cristianismo continua dizendo que "Jesus é o Senhor". Esta é a inimizade, o mundo odeia esta mensagem. Então alguns podem até mudar essa mensagem, o mundo talvez ame não ouvir, mas Jesus não amará nem um pouco.

O cristianismo quanto mais confessional e bíblico for, mais impopular será. A cultura puramente humanista é inimiga dos valores bíblicos. As pessoas buscam agradar seus sentimentos com toda forma de subjetivismo, imaginações, fantasias e ilusões, estão embaladas numa música suave e não querem ser acordadas.

Voltemos a pergunta central: E se fossemos mais legais, a cultura gostaria de nós?
A resposta é: Devemos falar a verdade e não recuar com medo da cultura.

Não podemos fazer da igreja um eterno retiro e esperar a segunda vinda.

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. -- Romanos 12:2.

Frases Protestantes
Raniere Menezes

Referência: A. ARON ARMSTRONG / JUNE 18, 2010
Truth and Lies: Dr. Peter Jones – Speaking the Gospel in a One-ist World


22.2.19

TRADIÇÃO ANTIBÍBLICA DE USOS DE IMAGENS DE CRISTO



TRADIÇÃO ANTIBÍBLICA DE USOS DE IMAGENS DE CRISTO

A transgressão de um mandamento por tradição é agravamento de ofensa.

Isto se aplica ao uso de imagens falsas de Jesus. Se você acha normal o uso de imagens ou qualquer referência pictórica de Jesus e usa somente para si, o pecado é somente seu, mas quando você se transforma num incentivador é um agravamento de ofensa.

Amar o pecado da idolatria por si só é um pecado, mesmo que não ache que é idolatria, mas não somente amar, mas também incentivar outros a amar.

Em Romanos 1.32, a Palavra exorta: ...pior ainda, aprovam as mesmas coisas que fazem....

Aprovar, encorajar, patrocinar, incentivar outros a cometer pecados é um grau maior de maldade.

Se possível não cometa pecado, mas se cometer não seduza outros, mãos dadas apenas para a comunhão não para confederar iniquidade.

Se alguém comete pecado que você não seja participante de sua maldade nem elogie quem comete.

Muitas vezes um pecado sutil se estabelece oficialmente e se transforma numa tradição.

Entre protestantes há uma tradição de achar comum imagens de Cristo na arte, por exemplo.

Jesus disse aos fariseus, “Por que vós também transgredis o mandamento de Deus por causa da vossa tradição?” (Mateus 15:3); e, “E em vão eles Me adoram, ensinando como doutrinas os mandamentos de homens” (Mateus 15:9).

Há tradições bíblicas e há tradições de invenções próprias.
Quem confia na vaidade que a vaidade seja sua recompensa.
Os católicos romanos são coerentes no pensamento deles sobre imagens, mas o protestantismo, em parte, cai no erro. Sob pretensão de piedade corrompe o mandamento.

Em primeiro lugar o uso de imagens do nosso Senhor é uma violação do segundo Mandamento: NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA... Ex 20.4-5. – Obviamente, este mandamento proíbe a adoração de ídolos, mas também proíbe o uso de imagens como auxiliares de culto e devoção. Os católicos romanos não dizem que adoram uma imagem de Cristo ou de Maria, mas que as imagens são AUXILIARES ou MEIOS os quais podem contemplar a espiritualidade divina.

Muitos evangélicos são contra as imagens criadas pelos católicos romanos, ortodoxos e anglicanos, mas criam as suas em material educacional de escola bíblica e em capas de CDs e livros, além de encenações teatrais da crucificação com muito ketchup. Há diferença substancial em dizer que a mesma imagem uma hora é usada de modo educacional ou artístico, e outra é religiosa e condenada?

Alguns dizem que representar uma imagem de Cristo numa peça de teatro não é diferente de encenar um personagem histórico como Tiradentes ou Napoleão, e não tem nada de mais nisso. Será este um argumento válido biblicamente?
Para começar, Jesus não é Tiradentes ou Napoleão, ou qualquer outra pessoa, porque Ele é Deus e homem em uma pessoa. Portanto, qualquer imagem de nosso Senhor é automaticamente religiosa ou devocional por natureza. Exemplos práticos? Quantas pessoas deram testemunhos de grandes emoções místicas ao assistir um filme da paixão ou uma encenação teatral da paixão?

Uma imagem do Salvador não pode ser considerada como um item que pertence à esfera das coisas indiferentes. Se os evangélicos querem usar simulacros do Senhor, devem encontrar permissão divina na Palavra para a sua utilização. Na Bíblia não há representações pictóricas do Senhor. Se uma representação pictórica, escultural ou teatral traz aos espectadores pensamentos de amor, devoção, louvor ou emoção religiosa, então, claramente ajuda ou dá suporte para adorar, mesmo que as pessoas não se curvem em direção a imagem ou representação e neguem que estão em pecado.
Outro aspecto, a Bíblia não dá informação suficiente para fazer uma representação fiel da aparência física de Cristo. Isaías nos diz que não havia beleza nEle (veja Is 53.2). Em Apocalipse temos uma descrição do Senhor como um Cordeiro imolado (Ap 4.6). Os apóstolos passaram anos com Jesus – estes sabiam exatamente como era o rosto de Cristo, -- mas NUNCA fizeram uma retrato artístico do Senhor. Uma vez que nenhuma imagem fiel de Cristo pode ser produzida pelo homem, todas as imagens do Salvador são falsas representações do Filho de Deus.

Vamos supor que fui um órfão de Pai, e ao completar 18 anos alguém me dá uma foto de um homem qualquer num porta-retratos e diz para que eu a use em minha sala ou em meu escritório, pois ele representa o pai que nunca vi. Será que me sentiria confortável com aquela presença estranha? Tenho que relembrar que Jesus é totalmente original, não é aquele meu “pai” postiço. Nenhuma imagem pode representar Cristo. Sl 45.2. CRISTO É O OBJETO SUPREMO DE NOSSA FÉ, ELE NÃO PODE SER FALSIFICADO. Qualquer imagem do Senhor que se baseia na imaginação do homem é idolatria, pois configura uma invenção humana, mesmo que não me curve a ela, mas a aceite naturalmente.

Um dos atributos de Cristo é que Ele é a VERDADE (João 14.6). Como ele poderá ser honrado com fantasias humanas? Por ser Deus, qualquer representação humana de Cristo é inadequada e abominável. Uma versão falsa do Messias não é menos falso que uma versão bíblica falsificada. Além do mais isso abre espaço para o coração perverso pintar Jesus de o Jesus loiro, cabelo escovado, olhos azuis, efeminado, negro, asiático, caucasiano, hippie, musculoso, galã, enfim. Isto é reverência? Isso é um lixo humanista e blasfemo.

O apóstolo Paulo diz: Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. (2 Coríntios. 5:16). Vivemos na era pós ressurreição. O Messias não é mais o manso, suave, Servo Sofredor. Agora ele é o cavaleiro do cavalo branco, o rei vitorioso, que é glorificado, que tem todo o poder no céu e na terra (Mt. 28:19).

Tudo que se coloca como fantasia, invenção humana ou falsa imagem do nosso Senhor diante dos nossos olhos ou em nossas mentes, não fortalecerá a fé bíblica, mas a corromperá e degradará. Quer conhecer o Salvador, estude, medite e memorize as Escrituras, nela o Senhor é revelado em toda a sua glória.

Toda representação de Cristo, seja do pintor ou escultor ou cineasta, é um ato presunçoso, pagão e idólatra. Não se pode separar a humanidade da divindade de Cristo, e Deus não pode ser representado sem quebrar o segundo mandamento. Imagens de Cristo são mentiras da imaginação que pervertem e degradam a doutrina bíblica de nosso Senhor.

Quer recordar biblicamente de Cristo? Ele nos deixou a Ceia para lembrarmos de Sua morte até que Ele venha. Impressões artísticas do Filho de Deus podem agitar as emoções. Elas podem trazer uma lágrima ao olho ou alegria para o coração. Mas, uma vez que são invenções da mente do homem, elas não podem santificar ou aumentar a nossa fé. Na verdade, atuam como violações não ordenadas do ensino expresso da Bíblia, e são destrutivas a fé e a santificação. "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos" (1 Jo. 5:21).

Como você pode ensinar (mesmo sendo o máximo sincero e com boas intenções) a verdade através da criação de uma mentira (ou seja, uma fantasia humana, um processamento fictício), diante dos olhos das crianças?

Há uma ilustração sobre sinceridade e boas intenções que é mais ou menos assim: “Alguns demônios vigiavam de perto um homem de boas intenções quando, de repente, ele se abaixou para pegar algo no chão. Aflitos, os demônios perguntavam entre si: O que ele encontrou o que ele encontrou? Um pedaço da verdade, respondeu um deles. Quase todos eles ficaram muito preocupados: O que faremos? O mais experiente deles, porém, procurava acalmá-los: Não faremos nada. Fiquem calmos, não há com o que se preocupar. Como não? Afinal, ele achou um pedaço da verdade. Não há com o que se preocupar, repetiu o demônio, vocês ainda não sabem o que um homem de boas intenções e apenas um pedaço da verdade pode fazer? Não! O de sempre, respondeu ele, uma nova heresia.”

Qual é a esposa que estando distante de seu marido colocaria uma foto de um estranho em seu quarto e afirmaria que era imagem do seu amado?

A igreja de hoje não está imune dos perigos da superstição e arrogante idolatria. Como Paulo advertiu, "um pouco de fermento leveda a massa toda" (1 Coríntios. 5:6).

“A imaginação do homem é uma perpétua fábrica de ídolos.” (Calvino)

“Indubitavelmente nenhuma religião existe onde há uma imagem”. Afirmamos, também, que o bem-aventurado bispo Epifânio procedeu bem quando, ao encontrar nas portas de uma igreja um véu no qual estava pintada uma figura que se dizia ser de Cristo ou de algum santo, rasgou-o e o arrancou dali, por ver, contra a autoridade da Escritura, a figura de um homem afixada na Igreja de Cristo."
Lactâncio, escritor antigo.

Como diria o nosso teólogo de Genebra, João Calvino, um iconoclasta por natureza espiritual. Transcrevo resumidamente alguns comentários de sua teologia (As Institutas, Livro I, em linguagem simplificada) Ele concisamente escreveu:

E abominação atribuir forma visível a Deus.

Os que se apartam do Deus verdadeiro, criam ídolos para si.

Capítulo 11 das Institutas, ponto I:

REPRESENTAR A DEUS POR MEIO DE IMAGENS É CORROMPER A SUA GLÓRIA

Como as Escrituras levam em conta o limitado e tacanho conhecimento humano, costumam elas expressar-se de modo acessível à mente popular, quando seu objetivo distinguir o Deus verdadeiro dos deuses falsos. Elas contrastam o Deus verdadeiro com os ídolos e, ao fazerem isso, as Escrituras não estão aprovando o que de mais sutil e elegante os filósofos ensinaram, mas estão, antes, desnudando a Loucura do mundo — mais do que isso, a sua completa Loucura—, quando, ao buscar a Deus, cada um, a todo tempo, se apega às suas próprias especulações.

Por essa razão, a definição que, por toda parte, se mostra a respeito da unicidade de Deus, reduz a nada tudo quanto os homens inventaram para si no que diz respeito à Divindade, pois somente o próprio Deus é testemunha idônea de Si Mesmo.

Por isso, pelo fato de este embrutecimento degradante ter-se apossado do mundo inteiro, de maneira que os homens procurassem representar a Deus de forma visível — forjando deuses de madeira, de pedra, de ouro, de prata ou de outro material qualquer inanimado ou corruptível —, temos de nos apegar ao seguinte princípio: Todas as vezes que se atribui a Deus qualquer forma de representação, a Sua glória é corrompida de ímpio engano. Na Lei, depois de atribuir a Si Mesmo a glória da Divindade, quando quer ensinar que tipo de adoração aprova ou rejeita, Deus acrescenta imediatamente: “Não farás para ti imagens esculpidas, nem semelhança qualquer” (Ex 20.4), palavras com as quais nos proíbe o desenfreamento de tentar representá-lo por meio de qualquer figura visível. E mostra, de maneira breve, todas as formas pelas quais, desde há muito tempo, a superstição dos homens começou a transformar a sua verdade em mentira.

2. REPRESENTAR A DEUS POR MEIO DE IMAGENS É CONTRARIAR O SEU SER

Das razões que Deus acrescenta às proibições é fácil concluir o seguinte: Primeiro, em Moisés (Dt 4.15): “Lembra-te do que o Senhor te falou no vale do Horebe: Ouviste uma voz, não viste corpo; guarda-te, portanto, a ti mesmo, para que não aconteça que, porventura, enganado, faças para ti qualquer representação”, etc. Aí vemos como Deus opõe sua voz abertamente a todas as representações, afim de sabermos que os que buscam representa-lo de forma visível se afastam dEle.

Entre os Profetas, será suficiente citar só Isaías, que é o mais enfático ao demonstrar isto, pois ele ensina que a majestade de Deus é manchada de vil e absurda invenção, quando o incorpóreo é feito semelhante à matéria corpórea, quando o invisível é representado de forma visível ou quando o espírito é feito semelhante à coisa inanimada ou, ainda, quando o imenso é reduzido a um pedaço de madeira, de pedra ou de ouro (Is 40.18; 41.7,29; 45.9 e 46.5). Paulo também raciocina de modo idêntico: “Visto que somos geração de Deus, não devemos pensar que o Divino é semelhante ao ouro, e à prata trabalhada pela arte ou invenção do homem” (At 17.29). Disto fica claro que qualquer estátua que se erige ou imagem que se pinta, para representar a Deus, simplesmente o ofende como também afronta à sua majestade.

O último parágrafo do ponto 3 diz:

Que os judeus, com entusiástica prontidão, se tenham atirado repetidas vezes — a buscar ídolos para si, com a mesma força de abundante manancial de águas borbulhantes —, aprendemos do fato de ser grande a propensão da nossa mente para com a idolatria. Por isso, atirando contra os judeus a pecha de erro que é comum a todos os homens, não durmamos o sono mortal, iludidos pelas vãs seduções do pecado.

O último parágrafo do ponto 4:

No Salmo 115, o Profeta dá ênfase à loucura que significa o fato de homens — a tal ponto dotados de inteligência — saberem que todas as coisas são movidas só pelo poder de Deus e, no entanto, implorarem auxílio de coisas inanimadas e destituídas de sensibilidade. Mas, pelo fato de a corrupção da natureza conduzir a demência tão grosseira, tanto os povos todos quanto cada indivíduo, em particular, o Espírito Santo, finalmente, fulmina com a seguinte maldição: “Tornem-se semelhantes aos ídolos aqueles que os fazem e todos os que neles põem a sua confiança” (Si 115.8). Notemos também que são proibidas não só gravuras, mas também imagens esculpidas e, com isso, refuta-se a improcedente exceção dos gregos, pois pensam que se saem muito bem se não fazem imagem de escultura, que representem a Deus, ao mesmo tempo que se divertem fazendo gravuras desenfreadamente mais do que qualquer outra gente. Pois o Senhor proíbe não apenas que se faça imagem dEle em forma de estátua, mas também que qualquer representação dEle seja modelada por qualquer tipo de artista, visto que, desse modo, Ele é representado de maneira inteiramente falsa e com grave ofensa à sua majestade.

Tomás de Aquino, reconhecido como o grande teólogo medieval da Igreja Romana, defendia plenamente o uso das imagens, defendendo que elas deviam ser usadas para a instrução das massas que não sabiam ler e que os sentimentos religiosos eram despertados com mais facilidade com o que o povo via do que pelo ouvir.

João Calvino como um bom agostiniano era enfático:

“As imagens são indignas da majestade de Deus, porque diminuem o temor dos homens e aumentam o seu erro”. E mais: “Na estupidez das imagens e na sua infeliz e absurda invenção, pode-se facilmente desprezar a majestade divina”.

Institutas 1, cap. 11, ponto 7:

AS IMAGENS DO ROMANISMO SÃO INACEITÁVEIS

Por essa razão, se os papistas tiverem um pouco de pudor, não diqam mais, de agora em diante, que as imagens são os livros dos analfabetos, porque esta afirmação está escancaradamente refutada por numerosos testemunhos da Escritura. Na verdade, mesmo que eu lhes concedesse isto, nem ainda assim, certamente, tirariam muito proveito em defender seus ídolos, pois é notória a espécie de monstruosidade que eles obrigam o povo a aceitar em lugar de Deus! De fato, que são as pinturas ou estátuas que dedicam aos santos, senão corruptíveis exemplares...

Porém, diremos também que esta não é a maneira de ensinar o povo fiel nos lugares sagrados, povo que Deus quer que seja instruído com outro tipo de doutrina. Deus ordenou que aí, nos templos, se proponha uma doutrina comum a todos, na proclamação de sua Palavra e nos sagrados mistérios. Os que são levados pelos olhos à contemplação de ídolos, em derredor —revelam que seu espírito está voltado bem pouco diligentemente para esta doutrina!

A quem, no entanto, os papistas chamam de ignorantes e cuja obtusidade não lhes permite ser ensinados senão só pelas imagens? Na verdade, chamam de ignorantes àqueles a quem o Senhor reconhece como seus discípulos, aos quais considera dignos da revelação de sua celeste sabedoria e que deseja sejam instruídos nos mistérios salvíficos do seu Reino. Certamente, admito que, na atual situação, não poucos são os que não podem dispensar as imagens como “livros”. Contudo, pergunto: De onde vem tal obtusidade senão do fato de serem eles roubados desta doutrina que, sozinha, é apta para instruí-los? E não foi por outra razão que os que presidiam às igrejas deixaram com os ídolos a função de ensinar, senão pelo fato de os próprios ídolos serem mudos! Paulo afirma que, mediante a pregação do Evangelho, Cristo é apresentado ao vivo e, de certo modo, é crucificado aos nossos olhos (Gl 3.1):

Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado?

Os iconoclastas protestantes devem concordar com a Confissão Helvética quanto ao parágrafo Imagens de Cristo, que afirma: “Embora Cristo tenha assumo a natureza humana, não a assumiu para fornecer modelo a escultores e pintores [ou cineastas]. Afirmou que não veio “revogar a lei ou os profetas” (Mat 5.17). E as imagens são proibidas pela lei e pelos profetas (Deut 4.15; Is 44.9) . Afirmou que a sua presença corporal não seria de proveito para a Igreja, e prometeu que estaria junto de nós, para sempre, pelo seu Espírito (João 16.7). Quem, pois, haveria de crer que uma sombra ou semelhança de seu corpo traria qualquer benefício para as almas piedosas? (II Co 5.5). Se ele vive em nós pelo seu Espírito, somos já os templos de Deus (I Co 3.16). Mas, “que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?” (II Co 6.16).”

Jesus disse aos fariseus, “Por que vós também transgredis o mandamento de Deus por causa da vossa tradição?” (Mateus 15:3); e, “E em vão eles Me adoram, ensinando como doutrinas os mandamentos de homens” (Mateus 15:9).


O diagnóstico de Brian Schwertley ainda permanece como protesto:

“O Catolicismo Romano foi forjado na atmosfera sincretista da idade média e, portanto, é cheio de misticismo e parafernálias que impressionaram os camponeses iletrados do século XIV. O evangelicalismo moderno foi largamente forjado na cultura americana contemporânea, onde sucesso, pragmatismo, divertimento, grandeza e estupidez são rei. Dessa forma, a adoração evangélica dos dias atuais frequentemente tem mais em comum com o show do Johnny Carson ou com um concerto de rock, do que com a adoração autorizada por Deus na Bíblia. Ambas as igrejas são humanistas, pois ambas rendem homenagem ao homem (i.e., sabedoria do homem, invenções do homem, artifícios do homem, imaginação do homem) na adoração, antes do que somente a Deus. Ambas levam à corrupção da doutrina bíblica”.

Se você é a favor do uso de imagens, pare com isso! Você está cheirando a incenso.

Frases Protestantes


1.4.18

VAMOS FALAR DE RESSURREIÇÃO MR. HAWKING



VAMOS FALAR DE RESSURREIÇÃO MR. HAWKING

Com temor e tremor escrevo estas linhas. Com tristeza também diante do racionalismo e incredulidade de muitos que desprezam a fé em Cristo, mas devemos reafirmar nossa esperança na volta de Cristo, e com alegria devemos reafirmar nossa fé na ressurreição dos mortos. 

Retirar a ressurreição da fé cristã é como apagar o sol da nossa vida planetária. Tão certo como que o Senhor Jesus Cristo sentiu fome, sede, frio, dor e andou pelas estradas empoeiradas do Oriente Médio; foi perseguido, preso, torturado e morto numa cruz romana, também houve a RESSURREIÇÃO.

Mr. Stephen Hawking morreu em 14 de março de 2018 aos 76, por consequência de sua esclerose lateral amiotrófica (ELA). O renomado cientista astrofísico britânico considerado um gênio era ateu. Numa busca rápida na Internet é possível encontrar uma declaração sua de 2014, a qual diz que “Não há nenhum Deus. Sou ateu. A religião crê nos milagres, mas estes não são compatíveis com a Ciência”.

Enquanto Stephen Hawking era velado na Igreja St Mary the Great em Cambridge, na Inglaterra, agora no final de março, muitos cristãos de todo o mundo celebravam a páscoa -- a morte e ressurreição de Cristo --, muitos elogios fúnebres foram dados ao cientista, incluindo elogios da rainha Elizabeth segunda. O local de seu velório está localizado perto da faculdade Gonville and Caius, onde Hawking lecionou por 52 anos.

Depois do funeral em Cambridge, Hawking será cremado em outra data e suas cinzas serão colocadas ao lado de Newton e Darwin na abadia de Westminster, em Londres. Newton, que formulou a lei da gravitação universal e criou os fundamentos da matemática moderna, foi sepultado ali na abadia em 1727. Darwin, cuja teoria da evolução foi um dos avanços científicos mais abrangentes de todos os tempos, foi colocado perto de Newton em 1882.

A abadia de Westminster é um dos lugares históricos mais importantes da Inglaterra e da Europa, local de importantes eventos da história, casamentos reais, coroações da nobreza inglesa e sepultamentos de reis, rainhas e pessoas ilustres. Para os cientistas ingleses não há maior honra que esta, como membro da Royal Society, do Reino Unido: ser sepultado na abadia de Westminster.

Os enterros mais recentes de cientistas foram os de Ernest Rutherford, pioneiro da física nuclear, em 1937 e de Joseph John Thomson, que descobriu os elétrons, em 1940. A Abadia é o local de sepultamento de 17 monarcas e de muitas personalidades históricas inglesas, 16 casamentos reais e mais de 3.000 pessoas sepultadas na abadia.


 A abadia está mergulhada em mais de mil anos de história. Os monges beneditinos chegaram a este local em meados do século X, estabelecendo uma tradição de adoração cristã diária que continua até hoje (o prédio já foi controlado por católicos, anglicanos, puritanos e por anglicanos novamente até os dias de hoje). A abadia é a igreja da coroação desde 1066. A atual igreja, iniciada por Henrique III em 1245, é um dos edifícios góticos mais importantes do país, como um santuário medieval encravado em Londres. Uma casa de extraordinários tesouros de pinturas, vitrais, cerâmicas, tecidos e outros artefatos. (http://www.westminster-abbey.org/our-history/famous-people).

Por que destacar a abadia de Westminster para falar de um sepultamento de um cientista ateu famoso? Por conta do peso histórico para a fé cristã neste local. Uma das salas da abadia, mais precisamente na câmara de Jerusalém, foram realizadas muitas reuniões cristãs históricas: comitês dedicaram-se a escrever a Versão Autorizada da Bíblia em 1611, a Versão Revisada em 1870, a Nova Bíblia em Inglês em 1961 e a Bíblia Revisada em Inglês em 1989. Entre 1643 e 1649, a assembleia dos teólogos de Westminster reuniu-se na câmara e também na capela de Westminster. Não há nenhum prédio histórico no mundo com tanta história relacionada à Palavra de Deus.

A Assembleia de Teólogos de Westminster (1643-1649) foi um grande marco histórico e teológico que fechou um ciclo de produção de documentos confessionais cristãos pós-reforma protestante. É considerada como o último e mais importante sínodo da Igreja pós-reforma; ela foi de grande importância para a Inglaterra, assim como para as igrejas reformadas em todo o mundo. Formulada por 121 ministros protestantes dos mais preparados teologicamente da Inglaterra, além de 20 membros da Câmara dos Comuns e 10 membros da Câmara dos Lordes. Nenhum grande assunto da fé cristã deixou de ser debatido neste lugar.

Dos 33 capítulos do documento confessional mais importante produzido na assembleia de teólogos de Westminster, o capítulo 32 é todo dedicado ao ensino da RESSURREIÇÃO -- CAPÍTULO XXXII, DO ESTADO DO HOMEM DEPOIS DA MORTE E DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS. O qual afirma:

I. Os corpos dos homens, depois da morte, convertem-se em pó e vêm a corrupção; mas as suas almas (que nem morrem nem dormem), tendo uma substância imortal, voltam imediatamente para Deus que as deu. As almas dos justos, sendo então aperfeiçoadas na santidade, são recebidas no mais alto dos céus onde vêm a face de Deus em luz e glória, esperando a plena redenção dos seus corpos; e as almas dos ímpios são lançadas no inferno, onde ficarão, em tormentos e em trevas espessas, reservadas para o juízo do grande dia final. Além destes dois lugares destinados às almas separadas de seus respectivos corpos as Escrituras não reconhecem nenhum outro lugar. Gen. 3:19; At. 13:36; Luc. 23:43; Ec. 12:7; Apoc. 7:4, 15; II Cor. 5: 1, 8; Fil. 1:23; At. 3:21; Ef. 4:10; Rom. 5:23; Luc. 16:25-24.

II. No último dia, os que estiverem vivos não morrerão, mas serão mudados; todos os mortos serão ressuscitados com os seus mesmos corpos e não outros, posto que com qualidades diferentes, e ficarão reunidos às suas almas para sempre. I Tess. 4:17; I Cor. 15:51-52, e 15:42-44.

III. Os corpos dos injustos serão pelo poder de Cristo ressuscitados para a desonra, os corpos dos justos serão pelo seu Espírito ressuscitados para a honra e para serem semelhantes ao próprio corpo glorioso dele. At. 24:l5; João5:28-29; Fil. 3:21.

Nessa mesma sala da abadia de Westminster, na câmara de Jerusalém, onde se tratou da doutrina basilar da fé cristã, da RESSURREIÇÃO, caixões de muitas pessoas famosas ficaram antes de seus funerais na abadia, inclusive o caixão de Sir Isaac Newton. Diferente de Hawking, Newton era um cientista considerado deísta, ou seja, acreditava no Deus Criador que governa leis físicas universais. 

Hawking, o cientista mais célebre do mundo na atualidade, morreu depois de uma vida dedicada a sondar as origens do universo, os mistérios dos buracos negros e a natureza do próprio tempo. Seu esforço para explicar a criação e como funciona o cosmos foi realmente intenso. Mas não conheceu nem compreendeu o Deus revelado nas Escrituras (as quais afirmam a RESSURREIÇÃO dos mortos).

Por décadas seu corpo definhou ao limite máximo humano sobre uma cadeira de rodas, enquanto sua mente brilhante folheava o livro da natureza física. Chegou o mais perto que se pode chegar da revelação de Deus à luz da natureza e das obras da Criação; da Revelação Geral; da Teologia Natural; do deísmo, mas não ultrapassou a fronteira do Conhecimento da Revelação Especial de Deus; Revelação especial escrita.

Hawking conheceu como poucos as obras da criação, que manifestam a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, mas não conheceu a vontade revelada do Deus que se revela através de Jesus Cristo. Este é o diagnóstico dado à vida do maior cientista contemporâneo, análise dada por um antigo documento confessional cristão escrito no próprio local de seu sepultamento. O primeiro capítulo da Confissão de Fé de Westminster, o início da seção primeira, sobre a ESCRITURA SAGRADA:

I. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; (...) Isto torna indispensável a Escritura Sagrada (...) Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19.

Certamente Hawking conheceu a bondade, sabedoria e poder de Deus em sua vida, em seu coração, em sua consciência, em seus estudos, mesmo que Deus tenha sido para ele um entendimento negado e desprezado. Ele mesmo alegava que seu conhecimento trazia mais felicidade para ele do que dinheiro, status e poder. Como conhecer a profundidade do universo e não reconhecer a mão invisível do poder e da inteligência do Criador?

Alguém pode questionar que Deus não foi nem bom nem justo com ele, por lançá-lo numa doença degenerativa ainda em sua juventude. Porém o Criador permitiu que sua vida tivesse sido um milagre ao chegar em 76 anos. Viajou por todo mundo, teve filhos, sondou as profundezas do universo fundamentado em física e astronomia. Segundo revistas, andou de submarino, voou num balão e até num voo da empresa americana Zero Gravity, reproduzindo situação de gravidade zero. “Me senti livre da minha doença”, ele relatou ao experimentar a falta de gravidade.

Sua mente arguta e seu corpo decrépito poderiam levá-lo ao maravilhoso conhecimento de experimentar a esperança de viver eternamente com Cristo em corpo glorioso. Esta esperança é uma extraordinária boa notícia (boas novas; Evangelho), especialmente para Hawking. A ressurreição é uma formidável verdade que leva a outra maravilhosa verdade: o corpo glorificado. A liberdade perfeita. Liberdade tão sonhada e desejada pelo cientista paralisado numa cadeira de rodas.

Suas cinzas irão para a abadia de Westminster, mas sua vida não contemplou o Redentor Jesus Cristo, acabou sendo um tipo de epicureu, e sua vida passou como alguém que somente teve necessidades físicas e materiais, e tentou fugir da morte todos os dias. Enquanto a RESSURREIÇÃO para os cristãos é uma canção de triunfo, para Hawking é um lamento, quando poderia ser uma maravilhosa esperança.

[A morte e] A RESSURREIÇÃO de Cristo é o fundamento do cristianismo, por esta fé viveram todas as gerações do povo de Deus; nesta fé os apóstolos e discípulos morreram; muitos deram suas próprias vidas por esta verdade. O Apóstolo Paulo chama a doutrina da RESSUREIÇÃO dos mortos de “O Evangelho”. --:

A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos,
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o RESSUSCITOU dentre os mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.
Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: QUÃO FORMOSOS OS PÉS DOS QUE ANUNCIAM O EVANGELHO DE PAZ; dos que trazem alegres novas de boas coisas.
Romanos 10:8-15



A doutrina da RESSURREIÇÃO é divisora de águas. Desprezada desde a antiguidade por muitos judeus e gentios. Hoje não é diferente. Se Cristo não RESSUSCITOU, é inútil a nossa pregação, como igualmente é improdutiva a nossa fé. Envolve nada menos que dois grandes pilares da vida cristã: a fé e a esperança. Leia 1 Coríntios 15 e constate a importância dessa verdade. Não podemos negá-la, pelo contrário devemos professá-la. Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Esta verdade é deslumbrante. Cristo ressuscitou e nada parará a RESSURREIÇÃO de todos os mortos.

O Credo dos Apóstolos ecoa esta verdade através dos séculos: “Creio... na ressurreição do corpo” —. Nenhum cristão pode negar esta verdade e continuar sendo cristão. A ressurreição é a base da esperança do cristão perante a morte. A esperança da futura ressurreição dos cristãos depende da RESSURREIÇÃO de nosso Senhor (1 Co 15.1-19). -- (http://www.monergismo.com/textos/ressurreicao/ressurreicao_franklin.htm)

É espantoso pensar que haverá um amanhã de RESSURREIÇÃO (ou hoje!). Nada impedirá este dia. Nisto reside parte da esperança da Igreja de Cristo e ela tem o dever de pregar como se a crucificação tivesse sido ontem, a RESSURREIÇÃO hoje e esperando sua volta para qualquer momento.

Todas as profecias e promessas sobre Cristo se realizaram ou se realizarão na história humana. Assim como Hawking, sua família e seus amigos levarão este ano suas cinzas até a abadia de Westminster, mas não ficará para sempre ali. Uma RESSURREIÇÃO ainda nos espera. Esteja certo que Hawking se erguerá de pé ao lado de Newton e Darwin no Dia D da RESSURREIÇÃO de todos os mortos, para estar frente a frente, face a face com o Juiz e Rei das nações. Uma cena aterradora para dar início ao juízo final do Senhor.

Deus não levantou Hawking de sua cadeira em vida, mas o levantará do seu túmulo. Podemos afirmar isto? Sim, por um único motivo, Jesus Cristo ressuscitou. -- Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. (1 Coríntios 15.20). O túmulo de Cristo está vazio, e esvaziará todos os túmulos. A verdade foi pregada, o decreto está posto. Que o Senhor Jesus Cristo aumente a nossa fé e confiança em seu poder.

Raniere Menezes
Frases Protestantes
Texto ainda sem revisão







29.3.18

A IGREJA PRECISA QUEBRAR O CONTROLE-REMOTO E SAIR DO SOFÁ



A IGREJA PRECISA QUEBRAR O CONTROLE-REMOTO E SAIR DO SOFÁ

Assim como a arte imita a vida, a Igreja muitas vezes imita a vida e a cultura contemporânea.

Nada como o conforto dos bens de consumo dos dias de hoje, a comodidade de um carro confortável, uma casa aconchegante, um shopping agradável, um templo convidativo e climatizado. Tudo muito acolhedor, macio, fofo, leve, suave, não rude; sem desafios; sem maiores adversidades e provações; sem muita resistência nem confrontação.

A comodidade e dependência de espaços seguros e confortáveis da Igreja de hoje é semelhante ao cultivo de orquídeas em estufas; há todo um cuidado para criar um ambiente protegido e controlado, onde se busca as condições ideias de clima e nutrição. Protegidos do vento e da chuva, controle de temperatura, níveis de poluição e umidade. Estas variáveis ambientais controladas são excelentes para proteger espécies raras, mas a Igreja de Cristo não é plantação de orquídea rara. Ela é planta do campo, resistente ao sol, frio, chuva, vento. 

É só analisar os últimos dois mil anos de história da Igreja e constatar que ela mais floresce com desafios e provações. O conforto, a acomodação e segurança são bons e ao mesmo tempo perigosos para a Igreja.

A parte social da igreja é boa e importante, mas não podemos passar o resto da vida comendo pizza e pipoca.

Haverá crescimento nestes ambientes controlados como estufas de orquídeas? Sim! Mas não um crescimento natural de polinização e expansão. A Igreja hoje vive perigosamente em estufas. Certamente que nem todas as Igrejas, pois há regiões no mundo onde há forte oposição e perseguição aos cristãos. Mas de um modo geral, as igrejas hoje estão acomodadas e atrofiadas. Algumas mais do que outras. 

É marcante que as igrejas protestantes históricas, tradicionais e pioneiras HOJE não crescem como as igrejas pentecostais, pois estas imprimem uma característica de trabalho com ênfase em edificação de novas igrejas e forte evangelização, distinção a qual as igrejas mais tradicionais deixaram de lado, esfriaram.

As nossas igrejas pioneiras e missionárias possuíam menos recursos que nós hoje e incansavelmente plantavam igrejas, construíam escolas, hospitais, orfanatos, editoras e agências missionárias; realizações e legados que nos fazem corar de vergonha. Eles desbravaram regiões, evangelizaram de casa em casa, cuidavam dos frutos e plantavam novas igrejas, e não possuíam os recursos que temos à disposição.

A exigência da Grande Comissão continua a mesma, a Palavra de Deus é a mesma de gerações passadas, a necessidade do serviço prossegue inalterado, fazer discípulos é uma ordem do Senhor Jesus Cristo. É da natureza da Igreja adorar e evangelizar. O próprio Senhor caracterizou seus seguidores como “pescadores de homens” (Mc 1.17) e “semeadores da Palavra” (Mt 13), “ceifeiros” (Jo 4.35,36). Estas colocações pressupõem ação e serviço. O Apóstolo Paulo nos chama de “cooperadores de Deus”. A Igreja possui uma missão evangelizadora, e evangelizar é um dever e não uma opção.

“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (1 Co 9.16). Esta obrigação imposta não só é imperativa aos apóstolos, mas a todas as gerações da Igreja, Jesus disse: IDE POR TODO MUNDO E PREGAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA. É um mandamento permanente. Que o Senhor nos livre de trancar os lábios e não anunciar o Evangelho.

O mundanismo, a nossa fraqueza carnal e o diabo tramam o silêncio e a máxima inatividade da Igreja, tentando fechar-lhe a boca em nome de uma falsa convivência pacífica ou de um ecumenismo traiçoeiro ou de uma impressão amigável a causar. Porém a evangelização é imperativa. Evangelização é a Igreja que vai, que obedece, que segue, que faz a vontade de Deus, que ataca o espaços inimigos. 

Evangelização é o choro angustiado de Cristo por uma cidade condenada; é o sentimento de Paulo por seus compatriotas; é a súplica da oração de Moisés por seu povo; é o clamor de John knox: “Dai-me a Escócia ou eu morro!”; é o soluço da madrugada dos pais pelos filhos perdidos; é o “segredo” de uma igreja forte; o “segredo” de um pregador; é a característica mais marcante de um cristão. É uma tarefa urgente para todos nós.

Se as igrejas não estão caindo em campo e realizando missões, o que têm feito? O que tem pregado? O bem-estar comunitário pode ser uma zona de conforto perigosa, corremos o risco de termos muita liberdade e pouca responsabilidade. Precisamos do desafio das missões, o desafio que faz parte do DNA da Igreja, o trabalho duro no mundo real.

Deus é o Senhor da História, e Ele deu a sua igreja raiz para crescer e força para caminhar. Hoje em nossas bolhas comunitárias tudo é razoavelmente reconfortante e agradável, sair desse sofá não significa necessariamente ir em direção a perigos mortais, mas que leve a igreja a ação, caridade, missões e vida comum de serviço.

Por favor, não diga: “eu não tenho o que fazer”. Estamos diante do KAÍROS e do KRÓNOS de Deus. Estas duas palavras da língua grega significam TEMPO. KRÓNOS é o tempo linear, a sequência dos segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, séculos, milênios. O KAÍROS é o tempo oportuno de Deus, a hora certa para cumprir seus decretos. Ambos são criados por Deus e tem sua importância na história da redenção. Que Deus nos conceda discernimento do tempo oportuno.

Muitos missionários neste exato momento estão sendo expulsos de suas regiões, presos, torturados ou mortos. No Brasil temos hoje a liberdade de falar livremente do Evangelho. Precisamos resgatar a paixão pelas almas, com oração.

A figura de uma igreja num sofá não é uma analogia bíblica, mas assemelha-se a alguém negligente e preguiçoso. Precisamos de desafios para crescer, temos uma nuvem de testemunhas da fé cristã que são inspiração e que nos desafiam.

A igreja precisa de mais ação real, não mero ativismo. Deixe a igreja ser igreja, não uma igreja clube de recreação ou comunidade terapêutica, mas aquele antigo estandarte que faz tremer homens e demônios. Que Deus nos ajude resgatá-la em nossa geração!

Raniere Menezes
Frases Protestantes
-- Texto ainda sem revisão



RAZÕES PARA NÃO DELETAR O FACEBOOK



RAZÕES PARA NÃO DELETAR O FACEBOOK

A quem interessa criar um pânico moral em torno da FANG?

A quem interessa regular a Internet?

Já ouviu falar em FANG? É a sigla para as maiores empresas da Internet hoje.

FACEBOOK
AMAZON
NETFLIX
GOOGLE

Quatro gigantes da Internet que possuem grande parte do poder da Rede e giram em torno de bilhões de dólares. O que estas empresas têm em comum além dos 12 dígitos? Algumas são acusadas de MANIPULAÇÃO de usuários e geração de vício, principalmente Facebook e Google.

Estas empresas são realmente poderosas e estão no centro de acusações de MONOPÓLIOS. Em economia, monopólio é uma situação particular de concorrência imperfeita, em que uma única empresa domina o mercado de um determinado produto ou serviço.

Além do poder de mercado que elas detêm pesam acusações reais e outras denúncias em tom de teoria da conspiração. Algumas:

Um dos problemas apontado é a forte SEGMENTAÇÃO para cada usuário que é controlado pelos algoritmos.

Outra reclamação é que o Facebook e o Google estão destruindo o jornalismo tradicional, gerando fake news e inflamando INTOLERÂNCIA em seus usuários (cada vez mais acusados de nazistas e fanáticos).

O Facebook é acusado de provocar genocídio em Mianmar (quando censurou postagens de uma minoria que denunciava ataques do governo de Mianmar. Enquanto o governo de Mianmar continua sua campanha contra os muçulmanos rohingyas, forçando milhares a fugir do país, o Facebook teria proibido as postagens de um dos grupos minoritários, rotulando-o como uma "organização perigosa"). -- (https://br.sputniknews.com/asia_oceania/201709209397205-facebook-censura-ataques-myanmar/)

Mais recentemente surgiu uma campanha: #DeleteFacebook, o Facebook é acusado de não proteger a privacidade dos usuários e ameaçar a democracia. Após o escândalo da Cambridge Analytica pesou uma séria acusação de que o Facebook não protegeu os dados de 50 milhões de perfis da rede social para favorecer a campanha eleitoral do Trump. – Por esta denúncia, pessoas, empresas e países ameaçam excluir contas no Facebook.

Certamente a lista sempre pode aumentar, aqui é um simples resumo de acusações atribuídas ao Facebook, o “F” do FANG.

Neste tema é interessante perceber que quando surge um problema que envolve uma grande empresa como o Facebook, alguns logo querem encontrar um culpado e lançam responsabilidade à Internet. Vale a pena questionar, quando se culpa a Internet como um mal social, a quem interessa “incriminá-la”?

Observe bem quem acusa, se é a mídia tradicional, políticos ou uma personalidade, e o que pretendem com isso?

QUESTIONE E EXAMINE se querem aprovar novas leis para um maior controle social. ISTO É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA.

Este problema do Facebook de vazamento de dados dos usuários é sério? SIM, e muito! Mas o caminho para resolver este problema não é ter uma Internet regulada.

Qual é o governo politico competente para regular a Internet?

O governo ao invés de querer controlar a Internet deve exigir que as empresas respeitem mais os direitos de seus usuários; que as empresas tomem medidas concretas para corrigir os problemas que surgem; que respeitem a PRIVACIDADE dos usuários; que deixem de ser uma máquina monstruosa de segmentação.

O usuário tem o direito de saber o que o Facebook sabe dele e como esta informação está sendo usada; ter o direito de excluir e corrigir dados. Estas coisas o governo pode cobrar e exigir.

O que precisamos tanto das empresas como dos governos é que trabalhem com transparência e honestidade. Este é o problema!

A confiança do público é fundamental, sem credibilidade nem empresa nem pessoa nem governo se sustentam por muito tempo.

Estas empresas estão aí, certamente com muitos benefícios e avanços para a sociedade como um todo. Tem como voltar a uma sociedade sem Internet e redes sociais?

Há certamente muito lixo no mar poluído da comunicação e informação da Internet, mas existe muito conteúdo inteligente, boa informação e boa articulação. Plataformas como Facebook, Twitter, Instagram, You Tube são ferramentas de uma tecnologia de massa e o poder de CONECTAR pessoas é muito forte, e compartilhar conteúdo é sua força. Todas essas ferramentas servem para informar, educar e engajar. Querer REGULAR com a mão do Estado é muito perigoso.

É preferível um Facebook com problemas a um Facebook controlado pelo Estado.


Raniere Menezes
Frases Protestantes



25.2.18

7 FATOS APONTADOS POR UM FACT-CHECKING DE FAKE NEWS QUE IRÃO ENLOUQUECER E CONFUNDIR JORNALISTAS E ANALISTAS POLÍTICOS NAS ELEIÇÕES DE 2018



7 FATOS APONTADOS POR UM FACT-CHECKING DE FAKE NEWS QUE IRÃO ENLOUQUECER E CONFUNDIR JORNALISTAS E ANALISTAS POLÍTICOS NAS ELEIÇÕES DE 2018

IMPREVISÍVEL é a palavra predominante das eleições de 2018 no Brasil. Haverá uma certeza:

Uma guerra de desinformação será travada nas eleições de 2018 aqui no Brasil.

O cenário da disputa eleitoral vai se desenhando e algo “semelhante” à corrida presidencial dos EUA em 2016 irá surgir por aqui de modo nunca visto antes.

Se em 2014 já experimentamos no Brasil a primeira onda de fake news, agora estamos diante de um tsunami. As noticias falsas sempre existiram, mas ganharam nos últimos anos uma força de contágio muito forte, potencializada pela comunicação digital e redes sociais. As fake news e seu controle na internet são desafios extraordinários para as eleições de 2018. O quanto irá alterar o processo eleitoral saberemos no final das eleições.

No final do ano de 2017 um relatório internacional posicionou o Brasil em 4º lugar em usuários de Internet. -- Com aproximadamente 120 milhões de pessoas conectadas, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos (242 milhões), Índia (333) e China (705). Depois do Brasil, aparecem Japão (118), Rússia (104), Nigéria (87), Alemanha (72), México (72) e Reino Unido (59). – (agenciabrasil.ebc.com.br).

A multiplicação de histórias falsas na política vai explodir este ano no Brasil. O que já vem acontecendo desde 2014. Se este fenômeno é motivo de grande ou pequeno impacto no resultado das eleições é ainda um assunto controverso e de resultado imprevisível. Tudo ainda é muito novo e rápido. As cadeias causais são desafiadoras para os analistas. 

E por mais que se diga que haverá algum tipo de controle por parte da Justiça Eleitoral, Polícia Federal, Abin, MP, Exército etc., a vigilância desses órgãos não consegue acompanhar a rapidez e a quantidade do fluxo de informações falsas que surgem a cada segundo. Este é o primeiro fato:

1. A rapidez e a frequência de conteúdos em circulação têm um fluxo gigantesco que dificulta a constatação da veracidade. Imagine a floresta amazônica pegando fogo e uma brigada de incêndio tentando apagar milhares de focos ao mesmo tempo, é praticamente impossível.

As tecnologias atuais para filtrar a veracidade de fatos e a Ciência da Informação estão em fase inicial de eficácia no combate às  fake news. As gigantes Google e Facebook, que comem uma fatia de mais da metade do mercado publicitário digital do mundo, vêm investindo bilhões de dólares para desenvolverem tecnologias de detecção de fake news, mas os problemas de verificação não são simples de resolver. 

Detecção e filtragem exigem que os computadores realizem o trabalho de checagem de um exército de jornalistas. É um desafio monstruoso filtrar informação em grande escala, e 2018 não está preparado ainda para isso, muito menos no Brasil. Se EUA, Alemanha e França ainda estão tentando resolver este problema, o Brasil não vai encontrar a solução em 2018.

A complexidade em detectar uma mentira é mais fácil para um humano do que para uma máquina (algoritmos), elas ainda não são tão boas em criar ou desmascarar mentiras quanto nós. A notícia falsa geralmente se esconde sutilmente atrás de uma aparência de fonte confiável, de um jornalismo sério e de credibilidade. A imprensa pode até tentar apagar os focos de incêndios das fake news, mas em 2018 não está preparada para resolver o problema.

2. A alta conectividade digital em crescimento. Se o fenômeno de notícias falsas em larga escala no Brasil nas eleições 2014 gerou aproximadamente 10% do fluxo de informação da Internet. Este fluxo pode facilmente dobrar em 2018. Na Internet mundial o conteúdo digital dobra a cada dois anos. O Brasil é um dos maiores usuários do mundo do Facebook, WhatsApp, Instagram e You Tube (o WhatsApp em termos de viralização de uma notícia positiva ou negativa se espalha mais rápido e para mais pessoas do que o compartilhamento do Facebook, por exemplo, pois a visibilidade deste é mais segmentada por algoritmos e acaba reforçando o efeito bolha).

O brasileiro é um campeão mundial quando se trata de conectividade na Internet, e encontra-se em forte expansão. Some este crescimento vertiginoso com o analfabetismo funcional. O próximo fato.

3. O analfabetismo funcional brasileiro ultrapassa 90% em variados níveis de alfabetização precária. Mesmo quem é alfabetizado elementarmente, a maioria quando realiza uma leitura na Internet lê apenas o título ou o primeiro parágrafo, numa leitura escaneada e superficial. Assim são os usuários da Internet brasileira e também os eleitores. O que falta em leitura nos brasileiros sobra em criatividade, o Brasil é o maior produtor de memes do mundo.

Os memes são basicamente “imagens-mensagens” virais de difícil conceituação, mas de fácil compreensão no mundo digital. O meme parece inofensivo quando comparado a uma notícia falsa, mas tem um poder de detração sutil, pode ser usado juntamente com as fake news com a intenção “plantar” ideia, ridicularizar, menosprezar, atacar a credibilidade de um adversário, manipular, distorcer e desconstruir uma ideia ou pessoa; é uma arma de propaganda e persuasão. Foi muito usada nas eleições de 2014.

4. O brasileiro adora notícia sensacionalista e negativa. Neste quesito não estamos sozinhos. Notícias falsas sobre eleição nos EUA (2016) tiveram mais alcance que notícias reais. A Buzzfeed News analisou 40 notícias (verdadeiras e falsas) em três meses. Vinte notícias falsas tiveram desempenho superior ao conteúdo de jornais. Várias notícias falsas sobre as eleições presidenciais nos Estados Unidos tiveram mais alcance no Facebook do que as principais histórias eleitorais de 19 grandes fontes de notícias, como os jornais “New York Times”, o “Washington Post” e a NBC News. Geraram mais acessos e compartilhamentos, na casa dos milhões em cada fake newsfake News. 

Fatores negativos comprovadamente atraem a atenção. As mensagens positivas, “do bem”, emocionais, de autoajuda, também desempenham um alto fluxo de compartilhamentos, mas quando se trata de eleições, a guerra de informações prevalece e a polarização política é acentuada. Seja na América de cima ou de baixo. A polarização política é o quinto ponto.

5. Polarização política é uma barreira ideológica monstruosa que impede qualquer diálogo civilizado e não vai mudar para melhor em 2018. Faça uma pesquisa rápida por imagens sobre as eleições na América do Norte e observe os mapas infográficos divididos em azul e vermelho, e a paixão pelas cores e ideologias. Por aqui não é diferente, de um lado o vermelho da esquerda e do outro as cores da bandeira nacional, verde e amarelo, que caracteriza muito mais um antiesquerdismo crescente, do que uma direita e conservadorismo em ascensão. A polarização política é fato nas ruas e os extremos são acentuados nas redes virtuais, basta atentar para os rótulos comuns de “Mortadelas vs Coxinhas”.

Augusto de Franco, um especialista em redes sociais, destaca que “há trinta anos, não muito mais do que cinco mil pessoas participavam regularmente do debate público no Brasil e, agora, mais de um milhão de pessoas interagem politicamente”. – O jornalismo clássico de massa (mainstream media) e os institutos de pesquisas sempre trabalharam como fabricantes de tendências e factoides, ou pelo menos sempre foram acusados dessas práticas. E agora se encontram em um tipo de crise adaptativa em meio ao tsunami de desinformações. 

Os jornais tradicionais apontam que as páginas fake news subiram mais de 60%, enquanto as páginas de jornalismo tradicional caíram aproximadamente 20%. Jornalismo em queda, fake news em alta, este é o quadro de 2018. Dois terços dos adultos norte-americanos (67%) declararam que se informam via redes sociais, de acordo com um estudo de agosto de 2017 realizado pelo Pew Research Centre. -- brasil.elpais.com. – O Brasil segue o mesmo rumo, com níveis menores de escolaridade.

6. As pessoas amam compartilhar histórias, notícias e informações, todos nós temos uma tendência de acreditar na "autoridade" de pessoas que confiamos. Há estudos que indicam que aproximadamente 50% das decisões tomadas no dia a dia tem origem na influência social (buzz). -- A Economia Comportamental está aí para todo mundo comprovar seu poder de ligação entre Consumo e Cérebro, Marketing e Psicologia. Palavras-chaves como “confiança”, “emocional”, exemplificam que a influência social é mais eficiente que a informação em si. A informação (falsa ou verdadeira) sozinha não é nada, mas quando compartilhada por pessoas de confiança faz toda diferença.

O que está em jogo é muito mais que a história, é a credibilidade do que “merece” ser compartilhada. – Se eu sou vegetariano e tenho um amigo que ama carne e vai ser inaugurada uma excelente churrascaria na cidade, ele não vai compartilhar esta informação comigo, e sim, irá selecionar, segmentar outro amigo que tenha interesse nessa notícia, essa é a eficiência do compartilhamento. No caso dos memes ou das fake news, a mensagem não é nada em si, mas apenas um gatilho, o que realmente faz diferença é a interação, a transmissão social que seja relevante para algumas pessoas ou grupos. Esse é o peso real da influência e persuasão. 

O poder do contágio se concentra neste ponto: confiamos mais em recomendações de amigos sociais, não nas fake news em si. Por isso é crescente um novo personagem neste cenário: os influencers.
Quem nunca...? Muitas vezes por falta de tempo ou pela urgência e apelo de uma mensagem ou por preguiça mesmo, compartilhamos uma mensagem por que algum amigo social nos enviou, e não nos damos ao trabalho de fazer uma breve checagem e acabamos repassando uma informação falsa.

7. Há três tipos de reações de pessoas que consomem e compartilham fake . A) Há os Checadores dos Fatos (fact-checking), estes desconfiam de todas as notícias e sabem identificar as fake news, não compartilham ou não comentam desmerecendo a informação ou ainda, alertam outros da falsidade, prezam pela ética; B) Outros serão manipulados e não saberão evitar compartilhar a falsa notícia, não são educados politicamente e serão enganados mais facilmente; C) Outros reconhecem que é uma fake news, mas a compartilhará como verdade porque faz parte do jogo da desinformação (os fins justificam os meios). A intenção deste último pode ser para desestabilizar adversários. E gerar boatos é uma ferramenta de contrapropaganda, muitos fazem por lucro, fanatismo ou provocação. Neste caso não há nenhuma preocupação pela ética e cidadania.

Indivíduos, grupos e agências de fact-cheking têm crescido em mais de 40 países. No Brasil há três agências e nos EUA há 43. As agências auxiliam o jornalismo profissional e reforçam as fileiras de combates aos focos de fake news.

Conclusão:

Milhões de pessoas procurando, recebendo e compartilhando mensagens em um volume de dados na casa dos bilhões diariamente. A previsão é que até 2020 haja um total de 40 trilhões de gigabytes de dados no mundo. Por várias razões, o senso crítico das pessoas que consomem informação na Internet está em níveis baixos, consequentemente as notícias falsas e sensacionalistas atraem mais que as fontes razoavelmente confiáveis. Não por acaso, o interesse pelas fake news e apelos à emoção são fontes de dinheiro para os produtores ou atrai alguma vantagem aparente. A maioria do público é imediatista e checar mídias, jornais, internet não faz parte do dia-a-dia das pessoas.

Raniere Menezes
Frases Protestantes

Imagem:

Ferdinand van Kessel (Flemish, 1648–1696)