“A causa eficaz de fé não é a perspicácia de nossa mente, mas a vocação de Deus. E ele[Pedro (em 2Pe1.3)] não se refere somente à vocação externa, que é em si mesma ineficaz; mas à vocação interna, realizada pelo poder secreto do Espírito, quando Deus não somente emite sons em nossa orelhas pela voz do homem, mas, pelo seu próprio Espírito atrai intimamente nosso corações para ele mesmo".
[John Calvin, Calvin’s Commentaries, Grand Rapids, Michigan, Baker Book House, 1996 (reimpresso), Vol.22, (2Pe 1.3, p. 369].
“Ao sabermos que Deus promove esta sua união conosco, devemos lembrar que o laço desta união é a santidade.”
[João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 178, Ed Cep,]
“Por que, de que valerá livrar-nos da impureza e da corrupção em que estávamos imersos, se o tempo todo ficamos querendo revolver-nos de novo nessa lama?”
[João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 179, Ed Cep,]
“Assim como a alma energiza o corpo, também Cristo comunica vida a seus membros. Eis uma notável afirmação, ou seja, que os crentes vivem fora de si mesmos, isto é, em Cristo”.
[João Calvino, Gálatas, São Paulo, Parakletos, 1998, (Gl 2.19, p. 75]
“O genuíno descanso dos fiéis, o qual dura por toda a eternidade, é segundo o descanso de Deus. Como a mais sublime bem-aventurança humana é estar o homem unido com Deus, assim deve ser também o seu propósito último, o qual todos os seu planos e ações devem ser dirigidos”
[João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo, Parakletos, 1997, (Hb 4.3), p. 103 ]
“Porque o evangelho não é uma doutrina de língua, mas de vida.”
[João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 181, Ed Cep,]
“Não exijo que a vida do cristão seja um evangelho puro e perfeito, embora o devamos desejar e esforçar-nos por esse ideal. Não exijo, pois, uma perfeição cristã de tal maneira estrita e rigorosa que me leve a não reconhecer como cristão a quem não tenham alcançado. Porque, se fosse assim, todos os homens do mundo seriam excluídos da igreja, visto que não se encontra nem um só que não esteja bem longe dela, por mais que tenha progredido. E a maioria ainda não avançou nada ou quase nada. Todavia, nem por isso os devemos rejeitar. Que fazer então? Certamente devemos ter diante dos nossos olhos como nossa meta a perfeição que Deus ordena, para a qual todas as nossas ações devem ser canalizadas e à qual devemos visar. Repito: temos que nos esforçar para chegar à meta. Sim, pois não é lícito que compartilhemos com Deus apenas aceitando uma parte do que nos é ordenado em sua Palavra e deixando o restante a cargo da nossa fantasia. Porque Deus sempre nos recomenda, em primeiro lugar, integridade.”
[João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 182, Ed Cep,]
“A vontade de Deus é a regra pela qual devemos regulamentar todos os nossos deveres.”
[João Calvino, As Pastorais, São Paulo, Paraklestos, 1998, (1Tm2.3), p.59]
“Embora o mundo inteiro se ponha contra o povo de Deus, ele não carece, enquanto nutrir o senso de sua integridade, ter receio de desafiar os reis e seus conselheiros, bem como o promiscuo populacho da sociedade.”
[João Calvino, O Livro de Salmos, São Paulo, Edições Parakletos, 199, Vol 2. (Sl 58.1), p. 517]
“Como na presente vida não atingiremos pleno e completo vigor, é mister que façamos até à morte”.
[João Calvino, Efésios, (Ef 4.15), p. 130]
“Se porventura desejamos lograr algum progresso na escola do Senhor, devemos antes renunciar nosso próprio entendimento e nossa própria vontade.”
[J. Calvino, Exposição de 1 Coríntios, São Paulo, Parakletos, 1996. (1 Co 3.3), p. 100]
“Enquanto estamos nesta prisão terrena, nenhum de nós tem a presteza necessária, e, na verdade a maior parte de nós é tão fraca e débil que vacila e coxeia pouco podendo avançar, prossigamos avante, cada um segundo a sua pequena capacidade, e não deixemos de seguir o caminho no qual começamos. Ninguém caminhará tão pobremente que não avance ao menos um pouco por dia, ganhando terreno.”
[João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 183, Ed Cep,]
“A maior miséria que um homem pode ter é ignorar a providência de Deus; e, por outro lado, que é uma singular bem-aventurança conhecê-la”
[João Calvino, As Institutas, (1541). II.8]
“As coisas neste mundo não são governadas de uma maneira uniforme (...) Deus reserva uma grande parte dos juízos que se propõe executar para o dia final, para que nós estejamos sempre em suspenso, esperando a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”
[Juam Calvino, El Uso Adecuanndo de la Afliccion: In Sermones Sobre Job, Jenison, Michigam. T.E.L.L.,1988, (sermon nº19), p. 226]
“Os antigos já diziam com razão que há um mundo de vícios ocultos na alma do homem. E não encontraremos remédio para isso, a não ser que, renunciando ou negando a nós mesmos e deixando de buscar o que nos agrada, impulsionemos e dediquemos o nosso entendimento a buscar as coisas que Deus exige de nós, e a buscá-las unicamente porque lhe são agradáveis.”
[João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 186, Ed Cep,]
“No tocante ao reino de Deus e a tudo quanto se acha relacionado à vida espiritual, a luz da razão humana difere pouquíssimo das trevas; pois, antes de ser-lhe mostrado o caminho, ela e extinta; e sua perspicácia não é mais digna que a cegueira, pois quando vai em busca do resultado, ele não existe. Pois os princípios verdadeiros são como as centelhas; essas, porém, são apagadas pela depravação da natureza antes que sejam postas em seu verdadeiro uso”
[João Calvino, Efésios, (Ef 4.17), p. 134-135]
“Para nós só a glória de Deus é legítima. Fora de Deus só há mera vaidade.”
[João Calvino, Gálatas, São Paulo, Parakletos, 1998, (Gl 5.26), p.173]
“Deus, o Artífice do universo, se nos patenteia na Escritura; e o que dele se deva pensar, nela se expõe, para que não busquemos por veredas ambíguas alguma deidade incerta.” [João Calvino, As Institutas – edição Clássica, Vol I, pg 72, Ed Cep,]
Colaboração: Nilson Mascolli Filho