28.8.16

Brasões do Pacto da Graça

Brasões do Pacto da Graça

A História da Redenção contada através da doutrina do Pacto.

Por toda Escritura o Pacto da Graça se desenrola através de várias administrações, de Adão até Jesus Cristo, passando por Noé, Abraão, Moisés e Davi. É uma linha dourada criada pelo Soberano Deus e revelada ao homem.

Aliança com Adão - símbolo do Jardim do Éden, conhecido como "pacto de obras". No brasão há a árvore da vida, um rio e o sol.


Proto-evangelho. -- Após a Queda, com a entrada do pecado na história, Deus promete o Redentor. Genesis 3.15. Representando o Messias como um leão triunfante (Cristo, o Leão de Judá) esmagando a cabeça da serpente, note no brasão a árvore da vida. A vida eterna com Deus é possível por causa do Leão vitorioso.


Aliança com Noé. A pomba com o ramo de oliveira representa paz, vida e o fim do julgamento. O arco-íris é uma promessa da graça de Deus, Gênesis 9. Na história da arca podemos ver a história da Redenção, a salvação da Ira de Deus.


Aliança com Abraão. Gênesis 15. Deus promete a Abraão um filho e descendentes tão numerosos quanto as estrelas. O símbolo é uma tocha e um altar com fumegante que representam Deus, sua fidelidade em manter o pacto, apontando para o sacrifício.



Aliança com Moisés. No símbolo o Monte Sinai, uma fumaça ou névoa que simboliza a presença de Deus, do grande  “Eu Sou”.  Êxodo 19.16. As duas tábuas da lei aparecem na cena.


Aliança com Davi. A promessa de um trono para sempre. 2 Sm 7.12. Promessa cumprida em Cristo, da casa e família de Davi. O Redentor é um Rei cujo reino é eterno.


Nova Aliança. Símbolo do Cordeiro vitorioso. João 1.29. Esta aliança encontrou consumação na morte, ressurreição e ascensão de Cristo. O Cordeiro vitorioso venceu o pecado, a morte através do seu próprio sangue derramado. A bandeira é a cruz, o circulo por traz de sua cabeça é um halo indicando sua divindade.


Consumação do pacto. Este símbolo descreve a Redenção, representa a Nova Jerusalém, o destino prometido ao povo de Deus. Ap 22.1-8. Representa a consumação do plano de Deus para seu povo. Ap 21.3. Note símbolos dos primeiros elementos dos primeiros símbolos, ramos da árvore da vida, rio, sol. A ênfase é a cidade de Deus gloriosa. É o cumprimento final de todas as promessas do pacto da graça, é a esperança do seu povo, herança eterna.


Símbolos da Eternidade de Deus: o Alfa e o Ômega. A primeira e última letra do alfabeto grego. Simboliza toda história da Redenção. Ap 22.13. Em Cristo todas as promessas são cumpridas. 2 Co 1.20.



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Os símbolos da aliança foram criados por J. Wippell & Co. Ltd.

Fonte: 2pc.org

21.8.16

OVELHAS NO MATADOURO - Dia 24 de agosto de 1572 – Massacre da Noite de São Bartolomeu


Esta data é uma das mais marcantes e dramáticas da história das guerras religiosas do século 16. Este dia ficou conhecido como o massacre da noite de São Bartolomeu, com pelo menos 10 mil mortes por várias cidades francesas, pois o evento de matança se estendeu por dias. Quem quiser estudar este caso mais a fundo necessitará estudar sobre os eventos das guerras de religião do século 16. Havia uma grande tensão entre católicos e protestantes. E nesta tensão europeia existiam tentativas constantes de reconciliações, alianças e oposições. Alguns países da Europa eram mais protestantes, outros mais católicos e ainda outros divididos. Uma reconciliação nacional era algo muito difícil de realizar nesse contexto. Essas tentativas de reconciliação nacional provocavam forte oposição entre católicos mais radicais e protestantes. Um casamento entre nobres poderia trazer uma reconciliação, poderia...



A rainha-mãe Catarina de Médici, supostamente na esperança de selar a reconciliação nacional francesa, incentivou o casamento de Henrique de Navarra, futuro Henrique IV, protestante, com Marguerite de Valois (Rainha Margot), católica irmã de Carlos IX. Este casamento em 18 de agosto de 1572 causou a chegada a Paris de muitos protestantes nobres seguindo o rei de Navarra. E este aglomerado de convidados protestantes em Paris foi uma ocasião propícia para degenerar em um massacre geral. Carlos IX, empurrado por Guise, autoriza o assassinato de líderes protestantes. Três dias de matança generalizada na França. Os católicos usavam uma cruz branca em seus chapéus e atacavam os protestantes (Todo católico durante a matança deveria amarrar uma tira de linho branco no braço e usar uma cruz branca no chapéu). Só em Paris o número de vítima girou em torno de 4 mil. Em 26 de agosto, o rei foi ao parlamento e assumiu a responsabilidade pelo massacre.



Papa Gregório XIII recebeu a notícia com entusiasmo: ele fez para o povo uma medalha comemorativa, em ações de graças.



Na noite de 23 a 24 de agosto, um conselho real se reúne, durante a qual foi decidido para assassinar o Almirante Gaspar de Coligny e um número de líderes huguenotes. O sino da igreja de Saint Germain l'Auxerrois soa o alarme para começar a matança. O Almirante de Coligny, líder calvinista francês (huguenotes), o mesmo que foi responsável por tentar implantar uma colônia francesa no Rio de Janeiro em 1555, foi brutalmente assassinado em sua casa, enquanto muitos cavalheiros huguenotes foram massacrados no Museu do Louvre e na cidade, sem possibilidade de defesa, “mortos como ovelhas no matadouro”, como escreveu Theodore Beza.

Fonte:
http://www.museeprotestant.org/notice/la-saint-barthelemy-24-aout-1572/


Para quem tem interesse histórico:

Livro clássico, romance, "Rainha Margot" (1909) de Camille de Morlhon, adaptação do romance de Alexandre Dumas.




CINEMA E HISTÓRIA

FILME: "Intolerância" (1916) de DW Griffith. Um dos maiores cineastas americanos retrata bem o massacre. Fotografia bela arte.



FILME: "Rainha Margot" (1954) de Jean Dréville. As intrigas da corte em torno do massacre de massacre do dia de São Bartolomeu, em agosto de 1572. Adaptação livre do famoso romance. Cenário de Abel Gance. Nesta versão o rei Carlos IX planeja o assassinato de Coligny, enquanto Catarina de Medici planeja o massacre.



FILME: "Rainha Margot" (1994) de Patrice Chéreau. Retrata Paris alguns dias antes do casamento, que tenta reconciliar os católicos e os protestantes. Trama de ódios, escândalos e intrigas, eventualmente, acontece o massacre sem precedentes. Margot tenta salvar seu noivo protestante. Bela fotografia, destaque para um poderoso realismo na reconstrução, que peca em alguns detalhes. Por exemplo, o futuro rei Henrique IV era conhecido por sua coragem, enquanto no filme ele é um covarde. Durante o casamento o casal tinha 19 anos, portanto, é necessário desconsiderar a aparência física dos atores. Fotografia nota 10.







FILME: “Henri IV" (2010) de Jo Baier . A vida de Henrique de Navarro, futuro Henrique IV. Trata-se de um filme para a televisão, um roteiro de 2h35min. Fotografia bem cuidada.



FILME: "A princesa de Montpensier" (2010) de Bertrand Tavernier. Retrata o ódio das guerras de religião. Marie de Mézière ama Henri de Guise, mas logo é prometida ao príncipe de Montpensier. Seu marido chamado para a guerra, ela permanece no castelo do conde de Chabannes, seu tutor. É uma magnífica adaptação da peça “A Senhora de Fayette”. A ligação com o massacre está no final, uma das cenas retrata a morte do conde de Chabannes durante massacre do dia do St Bartholomew.
Fonte: Reverso/cinema e história.





13.8.16

Porque sou um mau presbiteriano: O cisco e a trave no olho


Porque sou um mau presbiteriano: O cisco e a trave no olho

Eu não sou quem eu gostaria de ser;
eu não sou quem eu poderia ser, ainda,
eu não sou quem eu deveria ser. Mas graças a Deus
eu não sou mais quem eu era!
(Atribuído) Martin Luther King

Faça a pergunta certa

Não vou começar o texto citando um teólogo, citarei um político que disse: “Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país”. Esta frase foi pronunciada por John F. Kennedy, presidente dos EUA. Fazendo uma adaptação, pergunte-se: “Não pergunte o que a minha igreja pode fazer por mim, mas o que posso fazer por ela?” Ou ainda, “o que posso fazer por mim mesmo para me tornar um cristão melhor?”.

Não raras vezes sabemos mais criticar uma igreja ou sua liderança e não temos o menor trabalho de fazer uma autocrítica construtiva e realística sobre si mesmo. A velha história do “cisco e a trave” da passagem do Novo Testamento em Mateus 7. A analogia utilizada aqui é: “quem julga vê um pequeno objeto nos olhos de outrem quando tem uma grande trave de madeira no próprio olho”. É muito mais fácil apontar os erros dos outros.

A igreja é uma sociedade de pessoas, e onde há gente há problemas. E por ser uma sociedade cada membro possui características individuais, somente suas, que o diferencia dos outros membros. Cada membro tem sua história, cada um tem sua personalidade, inteligência, sentimentos, talentos etc. E nesta mistura de gente, muitos acham mais fácil apontar os erros dos outros e não enxergar os próprios erros. O simples ato de jogar papel no chão na rua ou usar um celular enquanto dirige já me coloca como um mau cidadão. Quantas vezes desrespeitei o direito do meu próximo no trânsito da cidade ou numa fila de banco? Quantas vezes enganei, menti e prejudiquei alguém na família, no trabalho, na escola, na igreja, pelas Redes Sociais? Ok, tudo bem, não vivo subornando e sonegando impostos, não mato, não roubo! O que um mau cidadão tem a ver com a igreja?


Mea culpa

Viver somente a criticar a igreja a qual faz parte é ser como um típico cidadão que faz parte de uma sociedade, em parte corrupta, sendo participante de algum aspecto dessa corrupção, e ainda vive reclamando da corrupção. É o clássico problema da vitimização e egoísmo. Assim como o cidadão-eleitor vocifera contra os políticos que ele mesmo elege e esquece de que muitas vezes ele mesmo é um transgressor da lei. A igreja muitas vezes se encontra em situação deplorável e decadente, e não conseguimos detectar nossa parcela de culpa.


Tu és!

Deus permita que levante profetas como Natã para nos revelar os nossos pecados ocultos, como fez com Davi. -- O texto de 2 Samuel 11.26-27 e 12.1-15 . – “Tu és o homem!”, Davi quebrou todos os mandamentos possíveis, com um agravante, não confessou seus pecados e nem se arrependeu por um tempo. O contexto revela o pecado oculto de Davi. Muitas vezes estamos como Davi, cegos em transgressão. Seja como cidadão da terra ou do céu!

Como igreja devemos nos perguntar quais são nossos pecados ocultos e orar para que Deus nos revele. Você já se perguntou, quantas vezes já deixou de orar pelo ministério do seu pastor e liderança? Quantas vezes oramos pelos membros afastados da igreja ou pelo menos nos preocupamos em fazer um contato com esses irmãos?

Quantas vezes nas Redes Sociais somos arrogantes e pavio curto? Quando deveríamos ser pacientes, pedir sabedoria e buscar a paz. Quais são os dons que Deus me deu e não estou usando nem honrando a sua glória?

Quantas vezes por causa de algum ministério ou talento nos sentimos como superiores aos outros, cheio de vaidade? Enquanto a Palavra ensina: Pois, quem torna você diferente de qualquer outra pessoa? O que você tem que não tenha recebido? E se o recebeu, por que se orgulha, como se assim não fosse? 1 Coríntios 4:7 (NVI).

Somos peritos em falar mais em direitos, sempre queremos adquirir, ganhar, receber. Mas irmão, irmã, nosso coração está onde está nosso tesouro. – “Pois onde estiver o seu tesouro, ali também estará o seu coração". Lucas 12:34.


Meus direitos

Alguém já disse politicamente que somos uma sociedade fraca, queremos só os direitos e muita liberdade, mas deixamos de lado a responsabilidade e deveres. Na igreja somos também esse mau cidadão, queremos as bênçãos, mas não a santificação, a cruz. A igreja vai mal? Em grande parte somos todos cúmplices dessa situação. A missão dada a igreja envolve uma grande responsabilidade, aí de mim se não pregar o Evangelho! Mas mesmo com tantas oportunidades de compartilhar do Evangelho, me calo, silencio, fico omisso. Meu comodismo em missões e evangelização me torna um mau presbiteriano.

O que dizer da minha fraca comunhão? Encontro muito pouco meus irmãos e quando os encontro parecemos caçadores de algo para criticar. Muitas vezes gostamos de encobrir uma verdade, mentir, omitir, caluniar, como lavar as próprias manchas nas manchas do próximo. Isto não é comunhão! Um conselho para mim mesmo: reflita sobre si!


A serpente a pomba

A Palavra de Deus nos ensina a ter a astúcia da serpente e a simplicidade da pomba, mas muitas vezes somos só serpentes. Quem dera saibamos usar a sagacidade da serpente para escapar das armadilhas que colocamos para nós mesmo! Sejamos uma mistura de serpente e de pomba. Sejamos reflexivos dos próprios erros.


Herança, tesouro, legado

Como posso ser um presbiteriano melhor? Reconheço que nem todo presbiteriano é familiarizado com o conteúdo de sua confissão de fé, mas todos deveriam pelo menos reconhecer a importância da história da sua igreja. Muitos tiveram um contato mínimo com os símbolos de fé e história da igreja. Simplesmente vivem como ignorantes da herança protestante, dos tesouros doutrinários e legado histórico. Se você acha isso sem importância melhor seria que deixasse a igreja.

O que podemos fazer para melhorar esse quadro e oferecer a futura geração dos filhos da aliança uma igreja melhor? Devemos, HOJE, abraçar, amar, cuidar, estudar, ensinar e interpretar nossa herança reformada! Não há outro caminho! Necessitamos transmitir os ensinamentos confessionais de geração em geração.

O mesmo Jesus que disse "vai a tua fé te salvou" é o mesmo que diz para amar a doutrina e defender ou morrer por ela. A igreja é um lugar para pecadores, mas não para continuarem sem arrependimento e mudança de vida. Qual a sociedade que não há leis e princípios a seguir? Muito mais a sociedade projetada por Deus, que é a Igreja.


Construa cercas

Muitas igrejas presbiterianas não ligam muito para preservar e transmitir essa herança, mas ao invés de criticar e não fazer nada, senão murmurar, devemos construir cercas em torno delas. Cercas? Não seriam pontes? Não! Devemos construir cercas. Como se preserva uma plantação? Como se preserva uma mensagem? Como salvaguardar os ensinamentos? Como preservar na prática?


Símbolos de fé VIVOS

Um bom começo de nossa caminhada é seguir os símbolos de fé, examinar seus ensinos, ir às raízes, e de tanto analisar torná-los vivos, atraentes e pertinentes à vida cristã. Existe um conceito óbvio, básico, na agricultura que é aplicável ao estudante: quando a gente cava mais fundo a terra encontramos o final das raízes. Dentro da linha do tempo da história da igreja encontraremos comentários raros, clássicos, credos e confissões. Você pode está se perguntando: E a Bíblia? Somente ela não basta? O que posso lhe responder é que assim como um embrião é a essência de um ser humano, os credos e confissões derivam das Escrituras, enaltecem-na e não a anulam. Precisamos de aprimoramento e aperfeiçoamento, e a chave para a sobrevivência presbiteriana é voltar aos princípios. Falando em Bíblia, você já leu toda a Bíblia? Você se compromete em continuamente estudar a Escritura Sagrada? Percebe a trave no olho? Defendemos a Bíblia, menosprezamos o árduo trabalho das gerações passadas, mas não lemos a Bíblia continuamente.

Você como presbiteriano conhece os Padrões de Westminster (Confissão de Fé e Catecismos de Westminster)? Você se compromete de continuamente ler literatura de fé reformada para o seu amadurecimento cristão? Você se compromete em abandonar toda crença e prática que contrarie o claro ensino da Escritura Sagrada? Quantos livros doutrinários você leu desde a sua conversão?

Por que precisamos enfatizar a importância dos credos e confissões? Uma das respostas é que a Bíblia não segue uma cronologia exata. As mais excelentes confissões de fé reformada são um resumo de séculos de estudos e defesa da fé, elas nos entregam os ensinos mastigados. E também porque elas falam na linguagem humana e é possível extrair delas análise metódica, comentários aprofundados, tendo a Bíblia como o texto mestre. Os mais excelentes credos e confissões tradicionalmente usados através dos séculos já fizeram o trabalho de abrir as rodovias para andarmos. Nossa fé tem raízes, cave e encontre-a. A fé histórica nos une as muitas gerações anteriores. Nossa identidade está aí. Uma confissão bem fundamentada e sólida é como a pele para o nosso corpo, ela nos protege de invasores infecciosos, sem ela seríamos criaturas monstruosas com a carne exposta.



Perguntas fundamentais

Muitas perguntas aqui já foram formuladas por pastores presbiterianos, e o que se apresenta é extraído de boas perguntas de um artigo* publicado na página Bereianos.

Você como presbiteriano sabe como e porque a nossa igreja se organiza como igreja, o que você sabe sobre os presbíteros além de saber que eles sentam numas cadeiras bonitas? O que você sabe sobre governo eclesiástico? Será o sistema presbiteriano bíblico? Quando somos rebeldes a disciplina, a exortação e ao governo dos presbíteros o que estamos fazendo realmente? O dizimo é bíblico? Como a igreja se sustenta? São muitas perguntas importantes que são derivadas de uma boa compreensão de um sistema de doutrinas.

Ser apenas um presbiteriano no rol de membros não faz de você um presbiteriano de fato, assim como dormir numa garagem não fará de você um carro. Não despreze as raízes, são elas que trarão seu alimento.



Comprometimento e envolvimento

Qual seu comprometimento com o crescimento da igreja? Como você se compromete com os trabalhos da igreja? Você está envolvido ou comprometido com a igreja? Já ouviu a estorinha do boi e da galinha no almoço, nesta questão de envolvimento e comprometimento? É mais ou menos assim: a galinha fornece o ovo e o boi se compromete até o pescoço, literalmente. O boi se compromete dando sua vida para o almoço, a galinha apenas se envolve fornecendo seus ovos.

Você está convencido de que diariamente deve separar um tempo para orar e meditar na Palavra de Deus? Você está ciente da necessidade de realizar o culto doméstico com regularidade? Você tem ideia do que seja princípio regulador do culto?  Você crê ser necessário guardar diligentemente o Dia do Senhor? Você se compromete em não deixar de congregar nas reuniões e nos cultos públicos? Você entende que o culto solene não deve ter danças, coreografias e teatro? Você entende que é desprezível o uso de imagens, quer pinturas ou esculturas, no culto ao Senhor?

Como você se comporta em casa, na rua, no trabalho ou em outras atividades comuns? Como um cristão em todos os lugares? Os seus amigos e conhecidos sabem que você é um cristão? Você se COMPROMETE, se necessário, abrir as portas de sua casa para a implantação de uma nova congregação? Você ora para que Deus te dê discernimento de que pessoas Ele quer que você evangelize? Você está comprometido com a grande comissão de Cristo: fazer discípulos? Você está decidido a viver o evangelho em suas conversações, pensamentos e atitudes? Você está disposto a auxiliar os pobres e necessitados, com discernimento, quando for possível e realmente necessário? Você sabe que deve usar com moderação e sem desperdício os bens e o sustento que Deus te dá, de modo a não se tornar inadimplente? Você entende que a sua roupa não pode associá-lo ao desequilíbrio, falta de modéstia, ou a sensualidade, de modo a provocar desejos lascivos, ou escandalizando o próximo?

Há muitas outras questões que envolvem sua conversão, sua vida cristã, questões familiares, testemunhos públicos, questões de culto e doutrinas, e toda sua vida. Mas é suficiente apenas questionar algumas para expor nossa fragilidade.



 Impotência da comunidade cristã

Rousas John Rushdoony em 1997 já dizia: "Um fato terrível que nos ameaça hoje é a impotência da comunidade cristã. Mais da metade das pessoas nos Estados Unidos maiores de 18 anos confessam crer em Jesus Cristo como Deus encarnado, e na Bíblia como a Palavra infalível de Deus. Se essas pessoas fossem apenas ¼ da população, elas ainda deveriam dominar a cultura, quando na realidade é marginal. "



 Vamos olhar para o nosso umbigo

“A Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) é uma federação de igrejas que têm em comum uma história, uma forma de governo, uma teologia, bem como um padrão de culto e de vida comunitária. Historicamente, a IPB pertence à família das igrejas reformadas ao redor do mundo, tendo surgido no Brasil em 1859, como fruto do trabalho missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Suas origens mais remotas encontram-se nas reformas protestantes suíça e escocesa, no século 16, lideradas por personagens como Ulrico Zuínglio, João Calvino e João Knox. O nome “igreja presbiteriana” vem da maneira como a igreja é administrada, ou seja, através de “presbíteros” eleitos democraticamente pelas comunidades locais. Essas comunidades são governadas por um “conselho” de presbíteros e estes oficiais também integram os concílios superiores da igreja, que são os presbitérios, os sínodos e o Supremo Concílio. Os presbíteros são de dois tipos: regentes (que governam) e docentes (que ensinam); estes últimos são os pastores. Em 2005, a Igreja Presbiteriana do Brasil tinha aproximadamente 4.800 igrejas locais e congregações, 263 presbitérios, 64 sínodos, 3.800 pastores, 415.500 membros comungantes e 125.000 membros não-comungantes (menores), estando presente em todos os estados da federação”. -- O que é a Igreja Presbiteriana do Brasil? Por Alderi Souza de Matos, historiador da IPB.

Meio milhão de presbiterianos. Quantos estão comprometidos e não simplesmente envolvidos com essa herança reformada? Podemos no mínimo sentir vergonha e tristeza de não conhecermos mais seus ensinamentos e história, mas isso não deve ser motivo para desespero.



 Faça algo corajoso

Temos que exercer um ESFORÇO consciente para impedir que a riqueza doutrinária da igreja se torne obsoleta ou irrelevante. Para isto se faz necessário estudar mais, analisar e investigar mais as boas literaturas e os mais excelentes comentários teológicos da herança reformada e PRODUZIR, REPLICAR, ENSINAR, TRANSMITIR. É assim que o povo judeu faz com a Torá para preservar suas raízes. Não há atalho, dedique-se ao estudo para investigar e ensinar suas doutrinas. Não é preciso ser um especialista para começar. Somos porta-vozes. Há muitas veredas já rastreadas e não precisamos criar novas trilhas, é mais seguro andar em caminhos já marcados. E nossos pais na fé já fizeram isso, sigamos suas pegadas. Mas é preciso esforço, ação. Como os antigos reformadores diziam: Façam algo corajoso por amor a Deus! Faça algo corajoso, não espere pelos outros! Quem desiste da verdade nunca a amou! Pare de caçar os erros de sua igreja, faça algo construtivo e edificante, sem espírito de rancor ou vingança. Faça para a glória de Deus. Peça a Deus orientação, sabedoria e ação. Faça! Se ninguém mais fizer, faça só.


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Texto: Raniere Menezes/Frases Protestantes (texto sem revisão)

*Artigo: Por que devemos ser zelosos no exame de candidatos a membros? -- Autor: Rev. Ewerton B. Tokashiki  - Fonte: Estudantes de Teologia – Link: http://bereianos.blogspot.com.br/2016/01/por-que-devemos-ser-zelosos-no-exame-de_20.html

Imagem do título: O Cisco e a Trave 1619. Por Domenico Fetti, atualmente no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque.

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10.8.16

OS ESCUDOS/BRASÕES DOS MÁRTIRES E APÓSTOLOS DO SENHOR JESUS CRISTO


Estevão

O escudo de Estevão mostra uma palmeira que é um símbolo da ressurreição. Na simbologia cristã a palmeira também representa o martírio, assim como a vitória, alegria e prosperidade. “Folhas de palmeira” significam recompensa vitoriosa de Cristo, também vida longa e força.



Pedro

Acredita-se que Pedro morreu como um mártir em Roma por crucificação em uma cruz invertida, porque ele sentiu que não era digno de morrer na cruz na mesma posição que o seu Senhor. Seu escudo mostra uma cruz invertida e duas chaves, as "chaves do Reino” - o poder de "ligar" e "desligar" na terra e no céu. (Mateus 16: 15-20).




André

O símbolo mais comum de André é a forma de um X, em que se acredita que ele tenha sido mártir. Diz-se que, enquanto André estava morrendo, ele continuou a pregar para aqueles que o rodeavam. Sobre o escudo, dois peixes em cruz sobre uma âncora invertida, significando o seu trabalho e sustento, e que ele se tornou um "pescador de homens".




Tiago, Maior

Tiago, o filho de Zebedeu e irmão de João, foi o primeiro a ser martirizado. O rei Herodes mandou decapitá-lo em torno de 44 AD. No passado, conchas foram usadas por peregrinos religiosos. O símbolo visto no escudo são conchas, um sinal de peregrinação pela costa marítima ou por viagens em embarcações.



João

Um pescador, irmão de Tiago, era conhecido como "o discípulo a quem Jesus amava." Ele era um seguidor próximo de Jesus, desde o início de seu ministério. Houve muitas tentativas contra a vida de João, mas sem sucesso; ele foi o único apóstolo a morrer de morte natural. Seu escudo mostra uma serpente e uma espada, recordando a realidade do pecado do homem e o poder da Espada do Espírito sobre o pecado.



Felipe

A cruz no escudo de Felipe pode se referir ao poder da cruz sobre ídolos, ou a forma que Filipe morreu, tradicionalmente se conta que foi crucificado. As extremidades da cruz são em forma de trevo simbolizando a Trindade. Os pães significam a sua presença com Jesus na alimentação dos cinco mil.



Bartolomeu

Bartolomeu é considerado por alguns como sendo o mesmo que Natanael. Segundo a tradição, Bartolomeu ganhou o Rei Polymus para o cristianismo, mas se desentendeu com o irmão do rei e foi sentenciada a decapitação. Representado por facas.



Mateus

A tradição ensina que Mateus, o cobrador de impostos que se tornou um discípulo, foi para a Etiópia, depois de pregar aos judeus na Palestina. Ele foi martirizado lá, crucificado em uma cruz em forma de um T e decapitado. Seu escudo exibe três sacos de dinheiro, um símbolo de seu trabalho como cobrador de impostos.



Tomé

Tradição diz que Tomé foi comissionado para evangelizar na Índia, onde ele pregou e foi martirizado por apedrejamento, Tomé construiu igrejas com esforços de suas próprias mãos, como um carpinteiro. Este escudo mostra três pedras e um cinto de couro, as pedras simbolizam a maneira de sua morte. O cinto solto e aberto, pode significar maior liberdade de movimento da vestimenta antiga, proporcionando maior ação para trabalhar.



Tiago, o Menor

A tradição diz que Tiago, o Menor foi jogado de um pináculo aos 96 anos, em um templo em Jerusalém, depois apedrejado. À beira da morte, ele se levantou para pregar e perdoar seus inimigos, acabou por ser serrado. Os símbolos desse Tiago podem apresentar serra ou pedras. Aqui é representado como um moinho de vento, uma vez que se acredita que ele tenha sido um missionário enviado para os países baixos europeus.



Simão

Também chamado Simão, o Zelote. Seu escudo mostra um machado de batalha, o que indica a maneira pela qual ele foi martirizado - por decapitação ou serrado. Dois lemes que podem indicar navegação.



Judas Tadeu

Judas, referido também como Tadeu e, como Judas, filho de Tiago, viajou com Simão, o Zelote em viagens missionárias. A forma da morte de Judas é desconhecida, mas o martírio é a crença mais aceita. Seu escudo, sugere viagens marítimas.



Matias

Escolhido para substituir Judas Iscariotes (Atos 1: 15-26), foi um dos primeiros discípulos de Jesus, depois de ter estado com Ele desde o batismo por João Batista. Ele serviu como missionário na Judeia. Ele pode ter sido apedrejado ou decapitado por pregar o Evangelho. Seu escudo carrega um machado de batalha em cima de uma Bíblia aberta.


Paulo

É um dos mais conhecidos dos apóstolos. O escudo de Paulo tem sobre ele uma Bíblia aberta, e em cima da Bíblia, uma espada. A espada do Espírito. "Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus." (Efésios 6: 10-18, especialmente v.17).

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São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e o seu irmão André; Tiago e o seu irmão João, filhos de Zebedeu; Filipe, Bartolomeu, Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago,filho de Alfeu; Tadeu e Simão, o nacionalista; e Judas Iscariotes, que traiu Jesus.
Mateus 10:2-4

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Esses escudos foram trabalhados por J. Wippell & Co. Ltd. As ideias de design para os escudos foram finalizados por Gerald Miller, o diretor de Wippell. 

Fonte:
http://www.2pc.org