21.5.24

A Âncora da Ressurreição: Pilar da Esperança Cristã




A Ressurreição: Pilar da Fé Cristã


A ressurreição de Jesus é a âncora da fé cristã. Em 1 Coríntios 15:19, Paulo nos lembra: "Se é só para esta vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima." A ressurreição é mais do que um evento histórico; é o fundamento sobre o qual a fé e a esperança cristãs se constroem.


A Centralidade da Ressurreição


Paulo também afirma em 1 Coríntios 15:58: "Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor." Sem a ressurreição, não haveria verdade no evangelho, nem motivo para fé ou prática religiosa. A ressurreição de Cristo é essencial: confirmada pelas Escrituras, predita pelos profetas, testemunhada pelos discípulos e por mais de 500 pessoas (Mateus 28:9; Atos 9:4–19; 1 Coríntios 15:6–7).


Fé e Esperança no Evangelho


Crer no evangelho implica acreditar na ressurreição. Sem ela, nossa fé seria vazia e nossa esperança inexistente. Um cristão é alguém que crê que Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou, conforme a Palavra de Deus.


O Valor da Vida Presente e Futura


A ressurreição dá significado à nossa vida e trabalho. "Sede firmes e constantes" (1 Coríntios 15:58) nos encoraja a viver com propósito, sabendo que nossas ações têm valor eterno. Mesmo que a fé se concentre na vida futura, isso não diminui a importância da vida presente. Pelo contrário, nos motiva a viver plenamente hoje, sabendo que há um futuro glorioso com o SENHOR.


A Esperança e o Futuro


Sem esperança no futuro, a vida perde o sentido. Para os que não creem, o presente é um avanço sem propósito. Porém, para os cristãos, a esperança na ressurreição infunde significado em cada momento da vida. Essa perspectiva eterna nos permite enfrentar desafios com coragem e propósito, pois sabemos que nosso trabalho "não é vão no Senhor."


Equilíbrio entre o Presente e o Futuro


Focar na vida celestial não significa negligenciar a vida presente. Paulo nos lembra em 2 Coríntios 4:18 a olhar para as coisas eternas e não para as temporais. A esperança celestial nos impulsiona a viver de forma mais plena e significativa aqui e agora.


Responsabilidade e Glorificação


Equilibrar o foco na ressurreição com as responsabilidades presentes é um grande desafio todos os dias. 1 Timóteo 4:4 nos lembra que "todas as coisas criadas por Deus são boas." Devemos viver para a glória de Deus em todas as áreas, sabendo que nosso trabalho tem propósito e valor eterno (1 Coríntios 10:31).


Discipulado e Vida Cristã


Cada ocupação e atividade pode glorificar a Deus, mas algumas têm um impacto espiritual mais profundo. Um discernimento cuidadoso nos ajuda a escolher atividades que não só são boas, mas as melhores, mais edificantes e duradouras. A ressurreição de Cristo não só garante nossa salvação futura, mas também dá valor e significado ao nosso trabalho e vida presente.


Conclusão


A ressurreição de Jesus Cristo é a âncora da esperança cristã, conferindo significado eterno às nossas ações e à nossa fé. Ao mantermos nosso olhar na vida futura, somos inspirados a viver de forma plena e intencional no presente, sabendo que nosso trabalho em Cristo nunca é em vão.


RM-FRASES PROTESTANTES

7.5.24

Deus Condena Quem Fala Mal de Político? Bem, Depende...


 

Deus Condena Quem Fala Mal de Político? Bem, Depende...


A Bíblia é mais afiada que uma espada de samurai! Encontramos nela uma chuva de críticas, cortes rápidos, Tramontina, “xingamentos” e até mesmo algumas rosnadas leoninas proféticas dirigidas a figuras políticas e religiosas. João, em Apocalipse, não segurou as rédeas ao chamar Nero de "A Besta", e Jesus, com sua mansidão inquestionável, não hesitou em chamar os líderes religiosos de "Filhos do Diabo" e largou o chicote no lombo dos mercenários. Jesus chamou Herodes de "aquela raposa" (Lucas 13.32). Certas figuras de linguagem a Bíblia não ameniza para se tornar mais palatável, a exemplo do texto em Isaías que compara a justiça humana com trapos imundos, uma referência ao sangue menstrual, uma comparação chocante e repugnante para muitos.


Mas, espera aí, e quanto aos nossos amáveis reformadores? Bem, eles não economizavam adjetivos “suaves” ao se referir aos monarcas e papas que não compartilhavam sua fé. Era uma metralhadora de xingamentos e rosnados em nome da verdade! “Traficante sem vergonha”, “Enganadores diabólicos”, “Lobos em pele de cordeiro”, “Anticristo”... E isto era dito em panfletos distribuídos ao povo. Os reformadores em alguns casos eram zombadores virulentos. Enquanto o papa era o anticristo, os bispos eram sodomitas. – Lutero dizia que o papa é um louco furioso, um falsificador da história, um mentiroso, um blasfemo, um profanador, um tirano do Imperador, dos reis e do universo inteiro, um defraudador, um velhaco, um espoliador dos bens eclesiásticos e seculares (...). Porco, burro, rei dos asnos, cão, rei dos ratos, lobo, urso-lobo, homem-lobo, leão, dragão, crocodilo, larva, besta, etc. -- Não podemos nos esquecer das palavras dos reformadores Lutero e Calvino, aqueles corajosos defensores da verdade, não hesitaram em usar palavras fortes quando necessário. Podemos questionar seus protestos?


Mas e nós, pobres mortais, cristãos contemporâneos? Será que temos o direito de xingar com propriedade? Essa é uma questão para os debates teológicos mais calorosos! Afinal, a verdade pode ser dita de modo áspero em alguns casos e, bem, em outros nem tanto. A linguagem, essa velha aliada dos debates, merece nossa atenção. Xingar e rotular pessoas não é lá a melhor forma de apresentar argumentos. Vamos pensar nisso: aqueles que apoiam a homossexualidade chamam os opositores de homofóbicos. Mas a verdade é que nem todos os que são contra a homossexualidade odeiam os homossexuais. Simples assim!


E quanto à Lei da obediência aos pais e à autoridade civil (Êxodo 20 e Romanos 13)? Sim, devemos honrar e obedecer, mas até que ponto? Afinal, a autoridade civil não é absoluta, e nossa lealdade suprema é a Deus. Por isso os mesmos Puritanos que escreveram isto decapitaram o rei de sua época:

Confissão de Fé de Westminster, CAPÍTULO XXIII, DO MAGISTRADO CIVIL, seção primeira, “Deus, o Senhor Supremo e Rei de todo o mundo, para a sua glória e para o bem público, constituiu sobre o povo magistrados civis que lhe são sujeitos, e a este fim, os armou com o poder da espada para defesa e incentivo dos bons e castigo dos malfeitores” (Rm 13:1-4; 1Pe 2:13-14). Que os magistrados exerçam seus cargos com justiça para o bem, e que por questão de consciência haja obediência ou resistência civil.


É interessante observar como a abordagem de comunicação, linguagem e obediência podem variar dependendo do contexto e da audiência. Enquanto a Bíblia nos instrui a sermos respeitosos em nossas interações (1 Pedro 3:15), também vemos exemplos de momentos em que profetas, apóstolos e até mesmo Jesus usaram linguagem forte para confrontar autoridades. Jesus, por exemplo, confrontava os líderes religiosos de sua época com palavras duras, chamando-os de "hipócritas" e "raça de víboras" (Mateus 23:13-36).


Da mesma forma, os profetas do Antigo Testamento frequentemente usavam linguagem forte para denunciar a injustiça e a idolatria de Israel e outras nações. É importante distinguir entre confrontar o pecado e ser ofensivo por motivos pessoais. Embora a Bíblia contenha exemplos de linguagem forte e confrontadora, devemos sempre exercer sabedoria e discernimento ao aplicar esses princípios em nossas próprias interações.


A relação entre obediência civil e responsabilidade moral destaca a complexidade dessa interação. Enquanto a Bíblia enfatiza a obediência aos governantes, também levanta questões sobre a legitimidade de certas exigências e a necessidade de discernimento individual.


Muitas vezes esquecemos que vivemos em um mundo hostil, cercados por aqueles que são inimigos de Deus, mesmo que pareçam amigáveis durante uma conversa. A Escritura nos lembra que Deus enxerga além das aparências e vê as pessoas ímpias como uma geração de víboras, bestas ignorantes, mulas teimosas e cães depravados. Contrário ao que muitos pensam, "xingar" nem sempre é uma falácia informal. Se um termo depreciativo é usado dentro de um argumento válido e é uma conclusão lógica desse argumento, não é uma falácia, desde que haja justificativa racional para aplicá-lo. Se imperadores e papas receberam elogios carinhosos reversos, imagina políticos corruptos e religiosos mercenários!


RM-FRASES PROTESTANTES