31.10.25

Revolução, não reforma


Revolução, não reforma

Ninguém coloca vinho novo em odres velhos. Se o fizer, o vinho romperá os odres, o vinho se derramará e os odres se perderão. Vinho novo deve ser colocado em odres novos. (Lucas 5:37-38)


A falha da Reforma reside no fato de ter sido uma reforma, e não uma revolução. Ela se afastou de Roma apenas o suficiente para respirar, e então parou para construir uma Roma menor. Resgatou fragmentos da verdade e os consagrou em sistemas rígidos que não conseguiam conter a plenitude de Cristo. O vinho novo chegou, mas foi derramado em odres já rachados pelo compromisso, e muito dele se perdeu. Chamaram isso de progresso, mas foi apenas um adiamento do inevitável confronto entre Deus e o homem. Quando se reforma um cadáver, não se lhe dá vida. Apenas se rearranjam seus membros antes que ele se decomponha novamente.


Se ministros sem fé, se líderes e instituições contrários à fé e aos milagres alguma vez foram úteis a Deus, foi apenas como ferramentas temporárias para um momento específico. Deus pode usar até mesmo a voz de um fariseu para ler a Sua palavra, mas quando esse momento passa, a ferramenta é descartada. Ele os explorou para os Seus próprios propósitos, e agora a utilidade deles acabou. O sal perdeu o sabor. Está pronto para ser jogado fora e pisoteado. Eles não estão ajudando a igreja a avançar; estão atrasando-a. E os fiéis devem deixá-los ir. Sem cerimônia, sem nostalgia, apenas deixem que caiam na irrelevância que conquistaram.


A igreja recuperou verdade suficiente para deixá-los para trás. Ela se reformou, e se reformou novamente. Contudo, alguns se recusam a ir além do primeiro passo, como se dar esse passo lhes desse o direito de ditar o caminho para todos os outros. Eles rejeitaram Satanás uma vez, mas depois se recusaram a continuar com Cristo, especialmente quando ele veio com toda a sua plenitude, seu poder e suas promessas intactas. Mas só existe um Cristo. Ele não pode ser dividido em partes que você gosta e partes que você descarta. Rejeitar a sua plenitude é rejeitá-lo completamente.


Se a igreja quiser avançar, deve tratar essas pessoas como Cristo tratou os fariseus, cortando-lhes o contato sem hesitação. Não são heróis feridos. São empecilhos apodrecidos. Seus ensinamentos são tão repugnantes quanto excremento de cachorro molhado, e essa é a maneira mais gentil de dizer. Deixe-os em sua imundície e siga em frente. O reino avança não arrastando o peso morto de odres velhos, mas carregando o vinho novo em recipientes preparados para contê-lo.


Se reforma após reforma ainda nos deixa cercados por tanta sujeira, então é hora de uma revolução. Não precisamos de mais uma correção parcial. Precisamos de uma derrubada total. Não reformem, revoltem-se! Não é hora de ter paciência educada com criminosos teológicos. Se Deus está agindo, nós agimos com Ele. Se os homens tentarem bloquear o caminho, nós os empurramos para o lado e os deixamos para trás. Seguimos a Deus, não aos homens.


Não haverá reverência alguma à escória desprezível que ensina outros a duvidar da palavra de Deus. Não fingiremos que seu veneno infiel seja um tempero que valha a pena preservar. Eles se erguem com a cabeça inflada por diplomas e títulos, acreditando que isso lhes dá autoridade para ditar quais mandamentos de Deus devem ser obedecidos e quais promessas de Deus podem ser cridas. Imaginam que podem policiar a fé dos santos. Imaginam-se guardiões do reino. Na verdade, são invasores condenados, bloqueando o caminho.


Para homens assim, a única resposta adequada é o desprezo. Pegue suas credenciais, seus doutorados honorários, suas filiações a sociedades teológicas, pegue toda a pilha de papéis que seus amigos igualmente estúpidos assinaram e coloque tudo em uma mala. Amarre-a firmemente ao seu pescoço e jogue-se no mar. Essa seria a maior contribuição que uma pessoa sem fé poderia dar à igreja e à humanidade. Como disse Jesus, alguns merecem uma pedra de moinho e as profundezas do oceano.


O Senhor falou de odres porque sabia o que a nova aliança traria. Seria o derramamento do Espírito, a explosão de vida, a erupção de poder que não poderia ser contida nas formas mortas do antigo sistema. Contudo, os homens continuam tentando forçá-lo a voltar para recipientes frágeis. Temem o caos da vida mais do que odeiam a esterilidade da morte. Apegam-se aos odres que remendaram e remendaram novamente, como se seu trabalho pudesse ser aprimorado com mais alguns pontos. Mas o vinho novo continua a jorrar, e eles continuam a odiá-lo justamente por isso.


Quando Cristo traz vinho novo, exige recipientes novos. Ele não negocia com os velhos. Não suaviza a fermentação, não retarda a expansão, nem dilui a potência para que os recipientes antigos possam contê-lo. Ele deixa que o vinho os rompa. E se você for sábio, será encontrado entre os recipientes novos, e não entre os odres quebrados espalhados pelo chão.


Não estamos mais na era da reforma cautelosa. Estamos na era da separação decisiva. Os odres velhos já causaram todo o estrago que podiam. Agora, a questão é se permaneceremos presos a eles por sentimentalismo equivocado ou se cortaremos o cordão umbilical e caminharemos com Deus. A resposta deveria ser óbvia. Vinho novo deve ser colocado em odres novos. E assim será, quer a velha guarda aprove ou não.


Vincent Cheung