Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso.
Colossenses 4:3
A disseminação do evangelho, muitas vezes comparada a uma porta da expressão, é um processo que oscila entre ser fechada e aberta, conforme as forças do mundo e da espiritualidade colidem. Este fenômeno é ilustrado de maneira vívida no contexto das Escrituras e das épocas históricas da Igreja. Um olhar atento sobre Romanos 15:19 revela um período em que essa porta estava escancarada, permitindo a expansão do evangelho. No entanto, como parte do ciclo providencial de Deus, a porta foi subsequentemente fechada sobre o apóstolo Paulo devido à sua prisão, transformando-o em um embaixador cuja expressão foi limitada. -- Pelo poder dos sinais e prodígios, e pela virtude do Espírito de Deus; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo. (Romanos 15:19).
Na história da Igreja, essa interação entre abertura e fechamento da porta da expressão do evangelho é evidente. Obstáculos como perseguições, prisões, banimentos, preconceitos e infidelidade foram desafiadores constantes. Um exemplo é a Índia, onde, há anos atrás, fortes preconceitos bloquearam o acesso ao evangelho. Da mesma forma, a revolução francesa foi marcada pelo predomínio da infidelidade, resultando no fechamento temporário da porta da expressão. Além disso, a falta de recursos, heresias e inclinações ao papismo também provocaram momentos de fechamento.
É fundamental reconhecer que a porta da expressão também se abre em resposta à misericórdia divina. A história nos mostra que períodos de libertação, proteção civil, domínio cristão sobre nações pagãs e maometanas, e surgimento de líderes comprometidos com a propagação do evangelho têm sido marcos de abertura. A tradução e disseminação ampla das Escrituras, juntamente com o toque da graça sobre reis e príncipes, também desempenharam papéis cruciais na expansão do evangelho.
A porta da expressão não se limita apenas às circunstâncias externas, mas também se estende ao âmbito espiritual. Deus atua ao remover obstáculos externos, capacitar ministros com dons e graças, e infundir Sua palavra com eficácia pelo Espírito Santo. Essa combinação de fatores cria um vasto campo de intercessão e oração, encorajando os missionários a se unirem em busca de abertura e direção divina para a propagação do evangelho.
A história da Igreja é um testemunho vivo da dinâmica entre a porta da expressão fechada e aberta. Cada momento desafiador foi seguido por uma intervenção divina que permitiu que a mensagem do evangelho florescesse. A intercessão contínua e a busca pelo poder do Espírito Santo continuam sendo essenciais para enfrentar os obstáculos que surgem e para aproveitar as oportunidades quando a porta da expressão se abre.
A medida que contemplamos a jornada da Igreja ao longo dos séculos, somos lembrados da importância de permanecer vigilantes em nossa missão de espalhar a boa nova. A porta da expressão do evangelho pode oscilar, mas o compromisso e a dedicação dos missionários continuam a ser a força motriz que molda o futuro dessa propagação.
Texto adaptado originalmente do Bispo D. Wilson, Portas Fechadas e Abertas.
RM-FRASES PROTESTANTES