1. Para que nosso
coração possa sempre estar inflamado com um contínuo e ardente desejo de
buscá-lo, amá-lo e servi-lo, enquanto nos acostumamos a recorrermos somente
a Ele, como uma âncora sagrada, em cada necessidade.
2. Para que nenhum
desejo, não nos leve a fazer algo vergonhoso diante dele, ou para evitar
que algo entre em nossas mentes, enquanto aprendemos a colocar todos os nossos
desejos à sua vista e, desse modo, derramarmos nosso coração diante dele.
3. Para que possamos
estar preparados a receber todos os seus benefícios com verdadeira gratidão e
ação de graças, pois são nossas orações que nos fazem lembrar que elas
procedem de suas mãos.
4. Para que uma vez
tenhamos alcançado o que lhe pedimos nos convençamos de que ele ouviu nossos
desejos, e por eles sejamos muito mais fervorosos em meditar sobre sua
liberalidade.
5. Para desfrutarmos
com muito mais alegria das misericórdias que nos tem feito, compreendendo
que as temos alcançado mediante a oração.
6. A fim de que a
prática da oração e a experiência confirmem em nós, conforme a nossa
capacidade, sua providência, compreendendo que não somente promete que
jamais nos faltará, que por sua própria vontade nos abre a porta para que no
momento da necessidade possamos propor-lhe nossas petições e que não nos
desapontará se divertindo com seu povo corri palavras vãs , prova-nos ser uma
ajuda presente e real.
O próprio Senhor declara: “Próximo a todos aqueles que
invocam está o Senhor, a todos aqueles que o invocam em verdade” (Sl 145,18).
João Calvino – Breve trecho de O livro de Ouro da Oração –
Editora Cristã Novo Século – 2003 – Tradutor: Cláudio J.A. Rodrigues - Extraído
da : Instituição da Religião Cristã – Livro Terceiro,Cap.XX – Intitulado: Da
Oração. Tópico original: Seis razões principais de orar a Deus.