Tenho que uma das coisas na qual os crentes mais negligenciam é a afirmação de Paulo: "Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser" (Rm 8.7). Em outras palavras, Paulo está dizendo o que Tiago diz: "Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tg 4.4).
Em nome da intelectualidade, tolerância, do politicamente correto, indolência, comodismo, pieguice, e de tantas outras desculpas esfarrapadas, a igreja tem mantido, infelizmente, uma íntima relação com o mundo. O que vale dizer que as trevas ocuparam o lugar que deveria ser da luz, sucumbindo à escuridão completa, na ilusão de que estão a favorecer ou colaborar com a luz. O mundanismo na igreja é como uma peste, um flagelo, uma maldição que se propaga como um vírus letal, o qual consumirá e afasta-la-á do seu propósito: a grande comissão, a obra de proclamação do Evangelho, e a consequente salvação de almas.
Muitos vão taxar-me de fundamentalista (no sentido de reacionário, retrógado, extremista, medieval), mas a própria palavra de Deus afirma que os crentes devem se considerar em constante guerra com o mundo, não se conformarem com ele (Rm 12.2), nem o amarem, pois ao que ama o mundo, o amor do Pai não está nele (1Jo 2.2). Logo, se você quer agradar a Deus sendo obediente aos seus mandamentos, terá de ser reacionário, inflexível, ortodoxo e extremista em defender e viver a Escritura, opondo-se ao pecado. Ou não somos de Deus?
Por Jorge Fernandes – Trecho da postagem: Mundo em Filigranas