O que é o calvinismo?
O grande teólogo de Princeton, Dr. B. B. Warfield, descreveu assim o calvinismo:
“O calvinismo é o evangelismo em sua autêntica e única expressão; e, quando dizemos evangelismo, estamos incluindo pecado e salvação. Significa total dependência de Deus para a salvação; envolve a necessidade de salvação e um profundo senso desta necessidade, acompanhada por um senso igualmente profundo de nossa incapacidade de satisfazer esta necessidade e de nossa completa dependência de Deus para satisfazê-la. Encontramos uma ilustração desta verdade no publicano que bateu no peito e exclamou: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” Ele não questionou sua capacidade de salvar a si mesmo, ou de ajudar a Deus a salvá-lo, ou de abrir o caminho para que Deus o salvasse. Isto é calvinismo, não apenas algo parecido com o calvinismo, nem algo que se aproxima do calvinismo, e sim o calvinismo em sua manifestação vital. Onde se encontra esta atitude de coração e onde ela se manifesta em palavras diretas e indubitáveis, ali está o calvinismo. Onde se rejeita esta atitude de coração e mente, ali o calvinismo se torna impossível.
Em uma frase, o calvinista é o homem que vê a Deus. Ele obteve uma visão do Inefável e não permitirá que tal visão desapareça de seus olhos — Deus na natureza, Deus na História, Deus na graça. Em todos os lugares, o calvinista vê a Deus em seus fortes passos, sente a obra do poderoso braço de Deus e o pulsar do seu vigoroso coração. O calvinismo é apenas cristianismo. O sobrenaturalismo em favor do qual o calvinista permanece firme é a própria respiração do cristianismo. Sem ele, o cristianismo não existiria.... Portanto, em nossa opinião, o calvinismo surge como a única esperança do mundo.”
John A. Broadus, um dos importantes e respeitados pais dos batistas do Sul, descreveu o calvinismo de seu co-fundador do Seminário Batista do Sul, Dr. James P. Boyce, como nada menos do que um nome técnico para o “sublime sistema de verdades do apóstolo Paulo”.
Charles Haddon Spurgeon, o grande conquistador de almas, disse:
“Utilizamos o termo calvinista apenas por simplificação. A doutrina chamada calvinismo não surgiu de João Calvino; cremos que ela procede do grande fundador de toda a verdade. Talvez o próprio Calvino a derivou principalmente dos escritos de Agostinho, que, sem dúvida, obteve das Escrituras as suas idéias, por intermédio do Espírito Santo de Deus, a partir de um estudo diligente dos escritos do apóstolo Paulo. E Paulo os recebeu do Espírito Santo e do próprio Senhor Jesus, o grande fundador da Igreja. Empregamos o termo calvinismo não porque atribuímos extraordinária importância ao fato de que Calvino ensinou estas doutrinas. Estaríamos sendo justos se lhes déssemos qualquer outro nome, se pudéssemos achar um nome que seria melhor compreendido e que seria consistente com os fatos.”
Spurgeon prossegue, dizendo:
“As antigas verdades que João Calvino pregou, que Agostinho pregou, é a verdade que eu prego hoje. Em caso contrário, seria falso para com a minha consciência e meu Deus. Não posso moldar a verdade; não conheço nada a respeito de lapidar as asperezas de uma doutrina. O evangelho de John Knox é o meu evangelho. E o evangelho que trovejou por toda a Escócia tem de trovejar novamente na Inglaterra.”
Fragmentos do texto de Ernest Reisinger, O que pensamos sobre Calvinismo e Evangelismo.
Imagem: Pesquisa do Google sobre calvinismo e arminianismo, pesquisa que não dá ibope.