31.12.08

Mandingas de Ano Novo



Não é por acaso que a Igreja Universal do Reino de Deus consegue fisgar tantos incautos, a maioria do povo é supersticiosa. E quando se trata de “mandingas” de Revellion a criatividade é ilimitada: banho de cheiro, sete ervas, arruda, boas energias das cores e dos rituais, sorte da semente da romã, comer doze uvas, lentilha, usar sal grosso, pular com o pé direito, pular ondinhas, oferendas no mar, usar roupas íntimas com determinadas cores durante a virada do ano, enfim, a busca de energia positiva, desfazer mal olhado, conquistar saúde, paz, bons fluidos, bons relacionamentos, dinheiro, emprego. Simpatias e rituais na passagem de ano não faltam.

O que os “mandingueiros” de Revellion buscam? Sem medo de errar: saúde, paz, amor, união e prosperidade. Este é exatamente o ponto fraco das pessoas onde a IURD mais ataca. A Universal é uma grande praia de Copacabana travestida de igreja evangélica paganizada. Mudam os objetos de rituais, mas a idéia é quase a mesma:

Rosa abençoada, pedras do Sinai, pão de Israel, água do rio Jordão, cajado da vitória, pedra de David, corrente da vitória, manto sagrado, azeite orado, galho de arruda, sal grosso, sabonete do descarrego, pastores vestidos de branco, etc.

De acordo com a pajelança iurdiana todos os objetos usados em rituais representam apenas um “ponto de contato”, a função é despertar a fé.

Suas promessas: proteção divina contra inveja, olho grande, bruxarias, desemprego, acidentes, separação, falência, desavenças, brigas, vícios, medo, dores, insônia, doenças, desânimo, nervosismo, e por aí vai.

Líderes da IURD promovem rituais dos mais diversos tipos*:

Nó em camisa:
A pessoa leva uma camisa, virada do avesso e com um nó, pertencente a ela ou à pessoa que receberá oração e a entrega ao pastor.
Essa camisa representa a vida virada do avesso, com um nó, um impecilho para o crescimento.

Os pastores, ao final do culto, desfazem o nó da camisa, afirmando que todos os empecilhos cairão por terra naquele momento porque o nó foi desfeito.

Fogueira Santa de Israel:
Esse ritual é velho conhecido do grande público.
Duas vezes ao ano - janeiro e junho - acontece o FSI. Cada pessoa deixa o seu pedido para ser levado à Israel e ser queimado junto com todos os outros milhares de pedidos numa grande fogueira em algum ponto histórico da terra santa, como Monte Sinai, entre outros.

Porém o pedido não é gratuito. É pregado que junto com o pedido deve haver uma oferta, um verdadeiro sacríficio que pese no bolso. É aconselhado vender um carro, ou esvaziar a poupança a fim de que doa no bolso e se mostre como sacrifício para Deus.

Assim, com o seu sacrifício, Deus vai se agradar e te abençoar grandiosamente.

Corrente dos revoltados:
“Nasci revoltado, sou revoltado, e vou sacrificar”. Esse é o lema da corrente, que visa expulsar encostos que supostamente perseguem certas pessoas, as tornando revoltadas com a vida e com a igreja.
Distribuem pulseiras e camisetas pretas escritas “sou revoltado” aos participantes, que geralmente são jovens.

Sessão descarrego:
Outro velho conhecido do grande público. Um culto semanal que visa a expulsão de encostos que estejam a amaldiçoar e amarrar a vida dos fiéis.
São orações, ministrações e, atualmente, tem sido também feito o banho do descarrego; uma essência de arruda, com outros seis elementos para jogar sobre a cabeça.

Mural da sagrada família:
Um enorme mural no qual você pendura a foto de sua família ou de seu parente que precisa de libertação. Pastores estarão orando sobre essas fotos para que maldições caiam por terra.

Antes de pular sete ondinhas vá até uma IURD e pule sete ladrões, quem sabe seu ano não será melhor!

Fonte: *Papo de Teólogo