18.11.07

CITAÇÕES VARIADAS XXVI

Vivemos num individualismo muito cru. As pessoas são levadas a acreditar que a promoção do conforto físico e das aparências é o que mais conta. Existe uma desvalorização do conforto afectivo e moral. Existe a idéia errada de que podemos ser felizes sozinhos ou, pior ainda, contra os outros.
José Luís Peixoto


Na prática, muitas vezes, supervalorizamos as nossas ações e não olhamos para os nossos corações; para seus fins e pensamentos. Ficamos mais atentos nas aparências. Na verdade temos cuidado muito mal do homem interior, pois o nível de espiritualidade genuína entre os cristãos está cada vez mais baixo.
Raniere Maciel Menezes



Se nossos deveres secretos estivessem diligentemente realizados não seríamos tão negligentes e superficiais com a causa do Reino de Deus. O que gostamos mesmo é da vaidade de sermos públicos (quando não há perseguição!); gostamos mesmo é de ser vistos! Gostamos do elogio discreto sobre o quanto somos dedicados; o quanto o nosso sepulcro está caiado!
Raniere Maciel Menezes



Não poucas vezes cometemos impiedade e injustiças e desprezamos a nossa consciência por causa do orgulho e da vaidade. Não temos nem respeito por nossas consciências! Deus não deixa de nos inquietar quando o desagradamos, mas somos condescendentes demais com os nossos pecados!
Raniere Maciel Menezes



Na prática, muitas vezes, buscamos companhias de pessoas ambiciosas e orgulhosas que buscam a própria honra, pessoas ímpias que desagradam a Deus! Talvez você refute dizendo: Não, isso não! Eu sei evitar tais pessoas! Mas quem são as suas companhias nos livros, revistas, TVs, Internet, ambiente de trabalho, faculdade e escola? Será que são pessoas caridosas e piedosas?
Raniere Maciel Menezes


Muitas vezes estamos muito mais preocupados com os julgamentos das pessoas do que com o julgamento de Deus. Somos rápidos e agressivos em querer reparar a nossa imagem diante dos outros, e diante de Deus somos lentos e preguiçosos. Nem conseguimos agradar a Deus e nem agüentamos desagravos, censuras e reprovações das pessoas. É como dizem: não levamos desaforo para casa!
Raniere Maciel Menezes



A palavra "evangélicos" tem se tornado tão inclusiva que corre o perigo de se tornar totalmente vazia de significado.
R. C. Sproul


O consumismo característico da nossa época parece ter achado a porta da igreja evangélica, tem entrado com toda a força, e para ficar.
R. C. Sproul


No consumismo, as necessidades pessoais são o centro; e a "escolha" das pessoas, o mais respeitado de seus direitos. Tudo gira em torno da pessoa, e tudo existe para satisfazer as suas necessidades. As coisas ganham importância, validade e relevância à medida em que são capazes de atender estas necessidades. Esta mentalidade tem permeado, em grande medida, as programações das igrejas, a forma e o conteúdo das pregações, a escolha das músicas, o tipo de liturgia, e as estratégias para crescimento de comunidades locais. Tudo é feito com o objetivo de satisfazer as necessidades emocionais, psicológicas, físicas e materiais das pessoas. E neste afã, prevalece o fim sobre os meios.
R. C. Sproul



Cada vez mais cresce o marketing nas igrejas na área de aconselhamento, com um número alarmante de profissionais cristãos oferecendo ajuda psicológica através de métodos seculares. A indústria de música cristã tem crescido assustadoramente, abandonando por vezes seu propósito inicial de difundir o Evangelho, e tornando-se cada vez mais um mercado rentável como outro qualquer.
R. C. Sproul



Um efeito da mentalidade consumista das igrejas é o que tem sido chamado de "a síndrome da porta de vai-e-vem". As igrejas estão repletas de pessoas buscando sentido para a vida, alívio para suas ansiedades e preocupações. Assim, elas escolhem igrejas como escolhem refrigerantes. Tão logo a igreja que freqüentam deixa de satisfazer as suas necessidades, elas saem pela porta tão facilmente quanto entraram. As pessoas buscam igrejas onde se sintam confortáveis, e se esquecem de que precisam na verdade de uma igreja que as faça crescer em Cristo e no amor para com os outros.
R. C. Sproul



É preciso que reconheçamos que as tendências modernas em alguns quartéis evangélicos é a de produzir consumidores, muito mais que reais discípulos de Cristo, pela forma de culto, liturgias, atrações, e eventos que promovem. Um retorno às antigas doutrinas da graça, pregadas pelos apóstolos e pelos reformadores, enfatizando a busca da glória de Deus como alvo maior do homem, poderá melhorar esse estado de coisas.
R. C. Sproul


Parece estranho o fato de que muitas vezes que vejo um pastor sinto que estou diante de um empresário bem sucedido ou de um advogado de uma grande empresa e que, quando converso com alguns deles parece que estou diante de um psiquiatra de renome, de um estrategista político ou, ainda de um grande empreendedor imobiliário... aparência, idéias, ética e linguagem não parece estar tão distantes da simplicidade do Jesus dos Evangelhos? Não soa como se sentíssemos vergonha da cruz?
Desabafo de um pastor presbiteriano


[Sem querer generalizar]:
Os que me falam em religião querem o meu dinheiro ou a minha liberdade.
Proudhon