[SÉRIE ACONSELHAMENTO BÍBLICO]
Como é feliz aquele
que não segue o conselho dos ímpios,
não imita a conduta dos pecadores,
nem se assenta na roda dos zombadores! Ao contrário, sua satisfação
está na lei do Senhor,
e nessa lei medita dia e noite.
Salmos 1:1-2
No mundo atual, muitas pessoas se acostumaram a viver uma vida repleta de ansiedade, insegurança, ódio, ciúmes e outros estados desagradáveis. Aos poucos, grande parte da humanidade começou a enxergar essas emoções negativas como algo normal. No entanto, é importante ressaltar que essas não são características normais. Elas são, na verdade, anormalidades que se tornaram comuns devido à adesão generalizada ao ciclo de descontentamento.
Ao afirmar que ser desagradável se tornou algo normal, estamos nos referindo à maneira como as pessoas se tratam mutuamente e a si próprias. Muitos acreditam que é normal ser rude com os outros e consigo mesmos. Talvez essa crença tenha surgido a partir do ditado popular "Faça aos outros o que você gostaria que fizessem a você". No entanto, é fundamental compreender que esse ditado não deve ser interpretado literalmente. A intenção original era incentivar a bondade e a empatia, não a autodepreciação.
Na realidade, aquilo que as pessoas fazem consigo mesmas é frequentemente a pior coisa que poderiam realizar. Felizmente, elas não estendem totalmente esse comportamento para os outros. Embora ocasionalmente possam direcionar sua negatividade para terceiros, é consigo mesmas que passam a maior parte do tempo. Ao longo do dia, alimentam uma atitude autodestrutiva, negando a si mesmas o amor-próprio e a compaixão que merecem.
É essencial reconhecer a importância de quebrar esse ciclo de descontentamento e destruição emocional. Devemos rejeitar a ideia de que ser desagradável é normal. Em vez disso, devemos nos esforçar para promover a gentileza, tanto para com os outros como para conosco mesmos. Isso implica cultivar uma mentalidade de autocuidado e autocompaixão.
Começar a mudança requer um olhar honesto sobre nossos próprios pensamentos, palavras e ações. Devemos nos conscientizar dos momentos em que nos tratamos com crueldade, autojulgamento ou negatividade. Não seja carrasco de si mesmo! Ao identificar esses padrões destrutivos, podemos começar a substituí-los por pensamentos e comportamentos mais positivos e construtivos. Não estamos tratando aqui de pensamento positivo ou autoajuda, mas de leitura interna e mudanças necessárias para viver respirando e não soprando pelas narinas como um touro na arena.
Além disso, é importante criar um ambiente que promova a gentileza e a compreensão mútua. Ao sermos amáveis com os outros, criamos um ciclo virtuoso em que todos se beneficiam. Quando escolhemos nos tratar com amor e compaixão, estamos construindo uma base sólida para a felicidade e o bem-estar.
É hora de redefinir a normalidade. Ser desagradável consigo mesmo e com os outros não deve ser aceito como algo natural. Devemos buscar a autenticidade, a aceitação e a bondade em nossas interações diárias. Somente assim poderemos romper com o ciclo de descontentamento e viver uma vida mais plena e gratificante, tanto para nós mesmos como para os outros. A mudança começa dentro de cada um de nós.
Essa mudança interna é essencial para transformar nossa sociedade em um lugar mais saudável. Não podemos esperar que os outros mudem se não estivermos dispostos a fazer isso por nós mesmos. Portanto, é hora de assumir a responsabilidade por nossas emoções, nossas ações e nosso impacto no mundo ao nosso redor.
Ao adotarmos uma postura de autoaceitação e compaixão, abrimos espaço para o crescimento pessoal e a conexão com os outros. Devemos nos lembrar de que todos estamos lutando nossas próprias batalhas internas e que, muitas vezes, nossas atitudes negativas são reflexo de nossas próprias inseguranças e feridas não cicatrizadas. Saia da caverna, pare de lamber suas feridas, tome sol, respire, ore, agradeça a Deus pela vida.
Ao invés de alimentar o ciclo de descontentamento, podemos escolher nutrir a positividade e a bondade em nossas vidas. Isso pode ser feito através da prática da gratidão, do cultivo de relacionamentos saudáveis, da busca por atividades que nos tragam alegria e do autocuidado constante, pela comunhão, pela oração.
Não podemos subestimar o poder do autocuidado. É importante reservar tempo para cuidar de nossa saúde física, mental e emocional. Isso pode envolver a prática de exercícios, oração, terapia, aconselhamento, hobbies que nos tragam prazer e momentos de descanso e relaxamento.
Ao nos libertarmos da mentalidade destrutiva que nos acostumamos a aceitar como normal, abrimos espaço para uma vida mais autêntica e significativa. Podemos cultivar relacionamentos mais saudáveis, construir uma autoestima sólida e encontrar um propósito maior em nossas vidas. Não há maior propósito de vida do que viver para a glória de Deus e para seu Reino, esta é a direção, tudo mais é periférico.
Não devemos mais permitir que a insatisfação e a negatividade ditem nossas vidas. É hora de desafiar a normalidade do descontentamento e buscar uma existência mais plena e satisfatória. Cada um de nós tem o poder de fazer essa mudança e criar um mundo onde a bondade, a compaixão e a alegria sejam verdadeiramente normais.
Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se! Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.
Filipenses 4:4-6
Dirige-me pelo caminho
dos teus mandamentos,
pois nele encontro satisfação.
Salmos 119:35
Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.
Romanos 15:13
RANIERE MENEZES
FRASES PROTESTANTES