16.2.23

Asbury: Avivamento ou Vigília prolongada? #asburyuniversity #asburyrevival2023

 


Asbury: Avivamento ou Vigília prolongada?

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Dia 8 de fevereiro de 2023, alguns alunos da Universidade de Asbury, em Kentucky, frequentaram o serviço religioso da capela da universidade, algo rotineiro, às 10h30 da manhã, iniciaram uma reunião de oração e de repente não conseguiam encerrar as orações, louvores e adoração, e estão há dias em oração contínua. Obviamente, há um revezamento de horários e o prédio do auditório tem capacidade limitada de lotação. Geralmente as pessoas ficam duas horas e depois abrem vagas para outras pessoas entrarem, e as filas se formam do lado de fora.


A notícia correu velozmente pelo país e pelo mundo, muitas pessoas de várias regiões estão querendo testemunhar de perto este movimento de culto contínuo. As pessoas estão ali em adoração e de modo bem espontâneo, há muitos relatos de orações de arrependimento, lágrimas, reconciliação, perdão e adoração, e não poucos estão confessando sua fé pela primeira vez publicamente. Ainda é cedo para falar em avivamento ou reavivamento? Ou é apenas uma vigília cristã prolongada?


Breve histórico


Tenho acompanhado o movimento seguindo suas publicações online e de modo prudente compartilharei minhas primeiras impressões, para talvez responder se está acontecendo um avivamento (com base nos eventos da capela) analisando o contexto histórico dos avivamentos. Esta Universidade tem um histórico de um movimento religioso na mesma capela nos anos de 1970 e também nos mês de fevereiro, dia 03 de fevereiro de 1970, aconteceu um movimento que ficou registrado na história da Universidade como um reavivamento, algo que começou com uma reunião de oração e influenciou mais de 130 universidades cristãs, e por mais de 180 horas os cultos continuaram. 


Nos anos 70 não havia Internet nem redes sociais, a cobertura e divulgação do evento tinha uma proporção bem menor que hoje em dia. Portanto devemos aguardar o alastramento do evento potencializado pela Internet. E desde já extrair lições importantes sobre como estes fenômenos serão tratados com a velocidade das informações em tempo real por todo planeta. Será que este movimento será maior e mais impactante do que o anterior? É o que veremos e estamos acompanhando. Será a semente de um grande avivamento ou um movimento local atípico? É o que muitos estão se perguntando no momento. Diversas denominações cristãs, teólogos e cristãos em geral estão buscando mais informações do que está acontecendo e estão visitando o local. Esta visitação por si só irá certamente avolumar o movimento e teremos muitos testemunhos posteriores. A faculdade é metodista e sua história nos dá pista das suas raízes religiosas.


Primórdios das Universidades americanas


A faculdade foi fundada como Asbury College and Seminary, em 1890, pela Igreja Metodista Episcopal, que buscava formar líderes religiosos e promover a educação cristã na região de Kentucky. Seu nome é uma homenagem ao famoso pregador metodista Francis Asbury, que desempenhou um papel importante na expansão do metodismo nos Estados Unidos. Ou seja, seu fundador, sua história, está conectado com pessoas que viveram o chamado Segundo Grande Despertar, no final do século XIX e começo do século XX. O nome "Asbury" foi dado em homenagem a Francis Asbury, um importante pregador metodista do século XVIII que desempenhou um papel fundamental na fundação da Igreja Metodista Episcopal nos Estados Unidos.


Nos primeiros anos de fundação, a instituição oferecia cursos de teologia e artes liberais para jovens homens. Gradualmente, a faculdade expandiu-se para incluir mulheres e, posteriormente, passou a oferecer cursos em outras áreas do conhecimento, como educação, enfermagem e ciências sociais. O Asbury College enfrentou vários desafios ao longo de sua história, incluindo a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial, mas manteve-se fiel à sua missão de fornecer uma educação cristã de qualidade. A faculdade também desempenhou um papel importante no movimento de avivamento cristão conhecido como o Segundo Grande Despertar, já citado.


Atualmente, a Asbury University, como é conhecida, é uma das principais instituições de ensino superior cristãs dos Estados Unidos, oferecendo uma ampla variedade de programas acadêmicos em diversas áreas do conhecimento. A universidade mantém-se fiel à sua herança metodista, fornecendo uma educação cristã sólida e uma comunidade de apoio para seus alunos. Aqui no Brasil temos uma instituição parecida, que pode nos servir de comparação institucional. A Universidade Presbiteriana Mackenzie é uma instituição de ensino superior privada localizada em São Paulo, Brasil. Fundada em 1870 por missionários presbiterianos dos Estados Unidos, sua história remonta aos primórdios da colonização americana no Brasil. Em 1865, a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos decidiu enviar uma missão para o Brasil com o objetivo de estabelecer uma presença evangélica no país. 


O Rev. George Whitehill Chamberlain, acompanhado de sua esposa e de um grupo de missionários, desembarcou no Rio de Janeiro em 12 de agosto daquele ano. Em 15 de agosto de 1870, o Rev. Chamberlain fundou o Colégio Americano, que mais tarde se tornaria a Universidade Presbiteriana Mackenzie. O que tá acontecendo em Asbury, é como se fosse na capela do Mackenzie. Quem dera o movimento de Asbury se alastre como faísca e acenda algo no Brasil, que seja genuíno e de Deus. Asbury, pregador metodista, é um personagem histórico da Universidade que leva seu nome, como Chamberlain, presbiteriano, fora para o Mackenzie. Certamente esses irmãos do passado oraram por avivamentos e bênçãos vindas de suas primeiras sementes de suas obras, que seus trabalhos, no Senhor, não foram em vão.


Infelizmente, muitas dessas universidades se afastaram de sua missão inicial, e se tornaram semelhantes às seculares. As ideologias anticristãs ganharam espaço e muitos estudantes vivem apenas nominalmente como cristãos. Existem muitas universidades protestantes nos Estados Unidos, algumas das quais foram fundadas há mais de 200 anos. Aqui estão alguns exemplos notáveis: Harvard University: Fundada em 1636 em Cambridge, Massachusetts, Harvard é a universidade mais antiga dos Estados Unidos. Embora não tenha sido fundada como uma instituição cristã, os primeiros líderes da universidade eram puritanos que queriam formar líderes religiosos, Yale University, fundada em 1701 em New Haven, Connecticut, Yale foi criada por membros da Igreja Congregacionalista em Connecticut. Seus primeiros líderes, como Timothy Cutler e Jonathan Edwards, eram pregadores proeminentes e defensores da fé cristã. Princeton University: Fundada em 1746 em Princeton, Nova Jersey, a universidade foi estabelecida originalmente para treinar ministros presbiterianos. Seus fundadores incluíam líderes presbiterianos proeminentes como Jonathan Dickinson e Aaron Burr. Essas são apenas algumas das muitas universidades protestantes nos Estados Unidos. Muitas outras instituições cristãs foram fundadas por grupos como os luteranos, os episcopais e os metodistas, entre outros. A Asbury University é uma entre tantas com sua raíz bíblica. Muitas dessas faculdades foram influenciadas por avivamentos no passado, não podemos duvidar que Deus pode fazer de novo e de novo.


História dos avivamentos


Os avivamentos espirituais nos Estados Unidos têm uma longa história que remonta ao século XVIII. O primeiro grande avivamento ocorreu no início dos anos 1700 com o movimento do Grande Despertar liderado por pregadores como Jonathan Edwards e George Whitefield. Durante esse tempo, houve uma renovação do interesse pelo cristianismo e uma ênfase na conversão pessoal e na busca da santidade. Whitefield pregava para multidões e foi um incansável evangelista, sua principal mensagem era sobre a necessidade de nascer de novo. No século XIX, houve uma série de avivamentos, incluindo o Segundo Grande Despertar, liderado por pregadores como Charles Finney e Dwight L. Moody. Este período foi caracterizado por um grande entusiasmo religioso e um aumento no número de conversões. E também um momento de muita polêmica e discussões sobre avivamentos. No início do século XX, houve o Movimento de Santidade, que enfatizava a busca pela santidade pessoal e a santificação. Esse movimento deu origem a várias denominações cristãs, como a Igreja do Nazareno e a Igreja de Deus em Cristo.


Na década de 1940, houve o avivamento liderado por Billy Graham, que se tornou um dos pregadores mais influentes do século XX. Durante seu ministério, ele viajou por todo o mundo, pregando para grandes multidões e levando muitas pessoas a se converterem ao cristianismo. Desde então, tem havido vários outros avivamentos e movimentos espirituais nos Estados Unidos, incluindo o Movimento Carismático na década de 1960 e o Movimento da Igreja Emergente no início dos anos 2000. Todos esses avivamentos tiveram um impacto significativo na história religiosa e social dos Estados Unidos, moldando a cultura e a identidade do país. E por mais que a sociedade americana passe por transformações culturais, esta é a raiz, existe algo mais profundo em sua construção, um fundamento, uma âncora, a qual em tempos de grandes instabilidades pode-se voltar ao porto seguro.


Entendendo um pouco sobre avivamentos nos EUA


O Primeiro Grande Avivamento nos EUA foi um movimento de renovação religiosa que ocorreu durante as décadas de 1730 e 1740. O avivamento foi liderado por pregadores como Jonathan Edwards, George Whitefield e Gilbert Tennent, e teve um impacto significativo na vida religiosa, social e política da época. Edwards chegou a escrever sobre avivamentos genuínos e falsos, e ajudou a registrar para a igreja o que se deve esperar de um avivamento. Podendo ser um fenômeno complexo ao entendimento de muitas pessoas pelo fato de ser algo que mexe com emoções e comportamentos. É um momento difícil de separar o trigo do joio, pois as coisas acontecem de uma forma espontânea e tudo muito novo. Isto abre brecha para infiltração de inimigos e falsificações, muitas acusações e desconfianças surgem, e falsos profetas tentam tirar vantagens na movimentação intensa. Já temos relatos que alguns pastores hereges já foram visitar este movimento de Asbury. Esta é mais uma característica de um avivamento, sempre o inimigo quer confundir, mas a santa verdade prevalece e os frutos são prolongados. Algo que também chama a atenção neste movimento de Asbury é que não tem um líder avivalista, um pregador, um nome que predomine, mas é um movimento basicamente congregacional.


Durante os antigos avivamentos, pregadores viajavam por todo o país pregando em grandes reuniões ao ar livre, nas igrejas e salões de reunião. Suas mensagens enfatizavam a necessidade de uma conversão pessoal e a importância de uma vida piedosa e santificada. Os avivamentos também tiveram um impacto significativo na sociedade americana, levando a mudanças sociais e políticas, como a abolição da escravidão, a promoção da educação e a defesa dos direitos das mulheres. Ainda não sabemos quais efeitos podem gerar o movimento de Asbury.


Avivamentos genuínos e falsos


Todo avivamento gera desconfiança inicial e até ao longo do tempo. Os evangelistas, avivalistas do passado são criticados até hoje, em grande parte, por causa do apelo emocional que produziam e também pelo ensino, muitas vezes heréticos. É o caso da crítica que recai sobre Finney. Charles Finney foi um pregador e evangelista americano do século XIX, conhecido por seu papel no Segundo Grande Avivamento, um movimento de renovação religiosa que ocorreu nos Estados Unidos durante as décadas de 1820 e 1830. Finney foi um líder proeminente no movimento do avivamento, pregando em grandes reuniões ao ar livre, bem como em igrejas e salas de reuniões. Ele é conhecido por seu estilo de pregação direta e emocional, que apelava às emoções e ao livre-arbítrio das pessoas. Algumas das principais ideias que Finney pregava incluíam a crença de que a salvação era uma escolha consciente e voluntária, que as pessoas deveriam buscar a santidade em suas vidas diárias e que a religião deveria ser aplicada em todas as áreas da vida.


O avivamento liderado por Finney também foi caracterizado pela ênfase na oração, no estudo bíblico e no trabalho missionário. Além disso, o movimento do avivamento levou a mudanças sociais significativas, como a abolição da escravidão e a defesa dos direitos das mulheres. Apesar de seu impacto duradouro no cristianismo americano, as ideias e métodos de Finney também foram objeto de críticas e controvérsias ao longo do tempo, especialmente em relação à ênfase na emoção e na conversão instantânea. Finney é um caso importante para entender os avivamentos, pois ao mesmo tempo em que gerou influência social positiva, também foi criticado por usar apelo psicológico e arminianismo. E fato é que, este estilo embrionário de Finney é aperfeiçoado nos dias de hoje, através de ambientes pré-elaborados e muitos pregadores que são confundidos com coaches. Não é exatamente o caso em Asbury. Não há um Finney no púlpito. Isto é algo peculiar.


O intuito neste artigo não é criticar Finney ou outros, mas trazer comparativos que já tiveram o aval doutrinário na história da Igreja ou a rejeição e desconfiança. Nomes menos conhecidos, pelo menos em grande parte (outros nem tanto!), como John Alexander, Evan Roberts, Charles F. Parham, William J. Seymour, John G. Lake, Smith Wigglesworth, William Branham, Jack Coe e outros, atraiam multidões em todos os lugares que ministravam e também receberam muitas críticas e desconfianças, mas certamente seus nomes sempre serão lembrados pelas mensagens de salvação em Cristo, fé em seu poder para perdoar, para curar, proclamaram vidas santificadas. Neste aspecto de pietismo, Asbury tem em seu DNA o pietismo metodista, e certamente esta característica é presente neste movimento de oração e adoração que está acontecendo hoje.


Herança universitária protestante


Para finalizar esta parte histórica, é importante destacar o protestantismo desempenhou um papel significativo na história religiosa e cultural dos Estados Unidos desde a sua fundação. A história do protestantismo nos EUA remonta aos primeiros colonos protestantes britânicos estabeleceram comunidades religiosas na região de Nova Inglaterra. Durante o século XVIII, os protestantes se expandiram para outras regiões do país, como a região sul, onde o protestantismo batista e metodista se tornaram populares. Durante o Segundo Grande Despertar no início do século XIX, houve um aumento significativo no número de denominações protestantes, e o protestantismo se tornou uma força poderosa na vida religiosa e política dos Estados Unidos. Esta “alma” americana não pode ser apagada facilmente por ideologias anticristãs e secularismo. Durante o século XX, o protestantismo nos EUA se diversificou ainda mais, com o surgimento de denominações pentecostais, adventistas e outros movimentos evangélicos. As igrejas protestantes continuam a desempenhar um papel importante na vida religiosa, cultural e política dos Estados Unidos. 


A população jovem e universitária dos Estados Unidos é bastante expressiva. De acordo com dados do censo de 2020, a população dos EUA com idade entre 18 e 24 anos é de cerca de 31,4 milhões de pessoas, o que representa aproximadamente 9,4% da população total do país. Já em relação à população universitária, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística dos EUA, em 2020, havia cerca de 20,5 milhões de estudantes matriculados em instituições de ensino superior nos Estados Unidos. Esse número inclui estudantes de graduação e pós-graduação em faculdades e universidades de todo o país.


A população universitária dos EUA é diversa em termos de idade, gênero, raça e etnia, além de vir de diferentes origens socioeconômicas. Os Estados Unidos têm um sistema educacional altamente desenvolvido, com muitas das universidades e faculdades do país sendo reconhecidas mundialmente por sua excelência acadêmica e pesquisa. Esta população estudantil está mergulhada por um lado em suas tradições familiares religiosas, por outro lado inseridos em universidades de origem religiosa, ao mesmo tempo em que grande parte desses jovens rejeite suas origens e tradições religiosas. Embora, por mais que se tentem sufocar este peso histórico, como acontece na Europa, em momentos de instabilidades, crises, pós-pandemias e outros fatores que geram inseguranças, muitos desses jovens buscam se firmar em âncoras, em elementos mais estáveis e seguros de fé. Muitos desses jovens estão enfrentando problemas sociais significativos. 


Sociedade americana em crises sistêmicas


Alguns dos principais incluem problemas econômicos, saúde mental (depressão, a ansiedade e outros transtornos mentais afetam um número crescente de pessoas), educação, racismo, encarceramento, drogas, altas taxas de doenças crônicas, como diabetes e obesidade, que podem ser atribuídas a fatores como falta de acesso a alimentos saudáveis, falta de exercício e ambientes insalubres, a polarização política e ideológica, violência e criminalidade. Esses são apenas alguns dos muitos problemas sociais que os Estados Unidos enfrentam atualmente. As soluções para esses problemas são complexas e envolvem uma abordagem abrangente que aborda questões políticas, econômicas, ambientais e sociais. Esses são apenas alguns exemplos dos problemas culturais enfrentados pelos Estados Unidos atualmente. Cada um desses problemas é complexo e requer uma abordagem cuidadosa ao ser tratada. Certamente estes elementos geram necessidades espirituais.


Os conflitos ideológicos, a disseminação de teorias da conspiração, a contaminação das redes sociais, quando misturados à religião, gera cansaço e fadiga. Disseminação de informações falsas e teorias da conspiração sobre uma ampla variedade de tópicos, incluindo a pandemia de COVID-19, as eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos e alegações de corrupção em vários governos, levaram muitos à exaustão. A disseminação de informações falsas e teorias da conspiração podem ter consequências graves para a sociedade, incluindo um aprofundamento da polarização política, a erosão da confiança nas instituições e o comprometimento da segurança pública. Neste cenário, muitos procuram locais que geram mais estabilidade e paz. A fé é um porto seguro. Muitos jovens americanos tem um ponto de retorno voltar à segurança da fé de seus país e da própria universidade. Podemos afirmar que é um avivamento? Ainda é cedo, mas muitas pessoas estão neste momento em Asbury orando, adorando em nome de Jesus, em reuniões ininterruptas e chegando mais gente, as filas aumentando, o movimento pode se espalhar para outros campos universitários e igrejas. 


Cristo, a Rocha em meio ao caos


Todo contexto social e político dos EUA levou muitos jovens ao cansaço e confusão, e muitos desses estão chorando na capela. As universidades em grande parte geram em seu convívio estudantil muitos vícios, perversidade, violência, pecados, e a capela em Asbury oferece o contrário disso, e ao que parece tudo está acontecendo sem arroubos emocionais, sem manipulações de luzes, fumaças, sem pregações finneyanas. E o que tem se espalhado em vídeos são atitudes que lembram uma vigília e lágrimas. A adoração a Jesus, que antes podia ser motivo de vergonha e medo numa universidade, se tornou uma ação de coragem, de amor, de confissão pública, de clamor ao Pai. Uma coisa é certa, o Espírito Santo se move de modo soberano e sopra onde quer. Deus nunca deixou de falar, mas muitos deixaram de ouvi-lo. Ele é digno de louvor e adoração. E isto está acontecendo em Asbury. Muitos jovens ali estão feridos, cansados, e Cristo é água pura e viva, refrigera a alma.


Este movimento pode ser fogo de palha e não ter frutos prolongados? Sim, mas é um erro acusar este movimento de falso. As redes sociais estão contaminadas de acusações precipitadas, e o pior, vindo de lideranças cristãs. Por isso fiz questão de apresentar o contexto americano, e ninguém pode criticar estes jovens de se reunir, orar, louvar o Senhor. Muitos ali estão em busca de um porto seguro num país que passou todo tipo de experiência negativa com uma pandemia, dores, lutos, muitos meses. Muitas pessoas que procuravam Jesus e o seguiam estavam cansadas.


Pode de Asbury surgir um avivamento americano ou mundial? Sim e não. Não existem fórmulas para gerar um avivamento, se vai durar 500 horas, dia e noite, não significa nada absolutamente perante a soberania do Espírito Santo. Independentemente da quantidade de incrédulos ou crentes, os avivamentos vem do céu para a terra e ninguém ordena nada a Deus. Ele pode usar esta universidade ou outro lugar qualquer, com duas, três pessoas, ou 12 ou milhares. Os relatos em Asbury estão começando a se espalhar, já há testemunhos de curas, de conversões e muitos apenas desejam Cristo. Somente Deus sabe os frutos que virão de Asbury.


Raniere Menezes

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