De fato, a História da igreja indica que o povo de Deus frequentemente exibe a maior vitalidade espiritual quando a sociedade externa está num estado de crise e declínio. Os primeiros cristãos demonstraram grande vitalidade espiritual em meio aos tumultos políticos, sociais, econômicos e morais do Império Romano em declínio. A fé e a vida comunitária deles era uma atração poderosa a muitas pessoas atordoadas em meio ao caos daquela época. Durante o século dezenove, quando a igreja encarou os desafios da urbanização, industrialização, alta crítica, darwinismo e marxismo, o empreendimento missionário protestante estava experimentando uma expansão sem precedentes em número e alcance geográfico.
A crise humana pode ser uma oportunidade para o povo de Deus experimentar e demonstrar a realidade e poder da graça de Deus. Tempos de crise mundial podem manifestar que o tesouro celestial confiado à igreja de fato reside em “vasos de barro”, e que o poder transcendente pertence a Deus, e não a alguma instituição humana (2Co 4.7).
O reino de Cristo continuará a se expandir, pois o Cristo vivo e ressurreto está reinado agora vitoriosamente à mão direita do Pai, subjugando seus inimigos (1Co 15.25) e capacitando a igreja em sua missão (Mt 28.20). Não importa qual seja o curso intermediário da História, a perspectiva fundamental do crente permanece confiante e esperançosa, pois o Crucificado vive e reina agora e para todo o sempre, o Rei dos reis e senhor dos senhores (Ap 19.6). “Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina” (Ap 19.6).
(Trecho do livro A Vitória do Reino de Cristo, por John Jefferson Davis, Publicações Monergismo)