21.5.25

Onde está o Senhor? Como estive com Moisés, assim estarei com vocês. (Josué 1:5)

Onde está o Senhor?

Como estive com Moisés, assim estarei com vocês. (Josué 1:5)

Vincent Cheung



O poder de Deus não está vinculado aos tempos e títulos dos homens, mas é alcançado pela fé. Moisés está morto, mas Deus não diz: "Ai! Agora ninguém pode fazer as obras que ele fez". Josué seguiria em frente e realizaria obras ainda maiores. Quando Josué enfrentou o Jordão, ele não disse: "Mas Moisés não está aqui para levantar o seu cajado". Não, ele disse: "Levem a arca da aliança" (3:6), e o rio se abriu. Quando ele lutou contra os amorreus, ele não disse: "Mas Moisés não está aqui para levantar a mão". Não, ele disse: "Ó sol, detém-te sobre Gibeão, ó lua, sobre o vale de Aijalom", e os céus pararam até que ele alcançasse a vitória.


Compare isso com a espiritualidade pagã que pensa que os orbes gigantes ditam nossas vidas. Homens e mulheres inúteis seguem essa sabedoria falsificada, esse ensinamento de superstição e submissão. Mas o Senhor disse por meio de Jeremias: “Não aprendam os costumes das nações, nem se assustem com os sinais do céu, embora as nações se assustem com eles” (Jeremias 10:2). Contemplem a superioridade esmagadora da religião de Jesus Cristo, onde a fé em Deus pode mover montanhas e comandar os planetas. Essa é a nossa sabedoria. Essa é a nossa espiritualidade.


Você diz: "Mas aquele era Josué!". Isso é conversa de perdedor. As pessoas não diziam: "Mas aquele era Moisés!" quando o velho começou. Por anos depois, continuaram a confrontá-lo e reclamar dele na cara dele. Deus o havia feito um grande homem, mas aqueles que estavam fora de contato com Deus demoraram a perceber. Josué sucedeu a Moisés para que pudesse ser como ele. E quando Moisés faleceu, ele não precisou dizer: "Mas aquele era Moisés!". Seus pregadores e teólogos querem que você diga: "Mas aquele era Jesus! Mas aquele era Pedro! Mas aquele era Paulo!". E é por isso que eles não são nada parecidos com eles. A fé nos ensina a dizer: "Sim, serei como Jesus. Sim, serei como Pedro. Sim, serei como Paulo."


Quando Deus recebeu Elias no céu num redemoinho, os pequenos profetas disseram: "Onde está Elias? Procuremos Elias!" Mas Eliseu disse: "Onde está agora o Senhor, o Deus de Elias?" Ele pegou o manto e feriu as águas, e o Jordão se abriu para ele, assim como se abriu para Elias. Aqueles que procuraram por Elias depois que ele partiu não puderam continuar sua obra, e aquele que seguiu Elias mais de perto estava, de fato, seguindo o Senhor, o Deus de Elias. Ele era o verdadeiro sucessor. Ele era aquele que herdou o poder e o ministério.


A vida é importante demais para ser moldada por aqueles que não têm poder espiritual e continuam dando desculpas. A morte dos apóstolos não marcou o fim de nenhuma era, porque eles não definiram nenhuma era. Mas Jesus Cristo a definiu, e ele ainda está vivo. Pedro não disse: “É pelo nosso apostolado que este homem foi curado”. Mas ele disse: “Por que vocês nos olham como se por nosso próprio poder ou piedade tivéssemos feito este homem andar?… Pela fé no nome de Jesus, este homem que vocês veem e conhecem foi fortalecido. Foi o nome de Jesus e a fé que vem por meio dele que lhe deram esta cura completa, como todos vocês podem ver” (Atos 3:12, 16). Se tudo se resumia à fé no nome de Jesus em seus dias, como pode ser que tudo se refira ao apostolado em nossos dias? Mais tarde, Pedro não entrou no quarto de um homem e gritou: “Eu sou apóstolo!!!”, mas disse: “Jesus Cristo te cura” (Atos 9:34). Se nunca foi sobre Peter quando ele estava vivo, por que seria tudo sobre Peter quando ele morreu? Peter está morto, mas que diferença isso faz?


Onde está Jesus, o Cristo dos apóstolos? Não preciso que Moisés esteja comigo. Não preciso que Elias retorne do céu. E não preciso que os apóstolos ressuscitem dos mortos. Deus está comigo como esteve com Moisés e Elias. Jesus Cristo está presente com sua graça e poder, como esteve com Pedro e Paulo. Deus sempre elogiou a ousadia da fé quando os homens se aproximam dele, não com base na confiança em si mesmos, mas na confiança em Jesus Cristo. Ele se desagrada daqueles que se retraem por causa de sua incredulidade, tradição e falsa humildade.

2.5.25

O FIM DO FIM DA ESCATOLOGIA


O FIM DO FIM DA ESCATOLOGIA


Por que a Má Notícia Vende Tanto?


O Evangelho é pra ser Boa Notícia, né?


Mas o Velho Diacho, esse desgracento, sabe muito bem que a Má Notícia vende horrores. E ele é mais antigo que jornalismo, marketing e psicologia juntos.


Ele entende perfeitamente a fome da mídia de hoje: caça-cliques, sensacionalismo, negatividade. Os três cavaleiros infernais do nosso feed.


Lembra-se dos tabloides de banca? Aqueles que, se torcesse, pingava sangue? Só notícia cabulosa, morte, doença, fofoca. Era a fórmula: sexo, violência, desgraça.


Cientificamente comprovado: notícia ruim gruda, vende jornal, atrai clique, segura audiência. A internet? Uma tempestade digital saturada disso. Quanto mais clique, melhor.


O Diacho foi o primeiro influencer, mestre em fazer o escândalo viralizar. Crime, violência, desastre? Compartilhamento garantido. É a nossa "curiosidade mórbida", herança da Queda.


Hoje, trocamos a banca de revista por milhares de microtabloides nas redes sociais. E tem gente lucrando alto com isso.


Viramos consumidores macabros, viciados em escândalos. Essa dieta diária de tragédia tem que ter efeito colateral, não é possível!


O desafio é dosar, equilibrar, PERCEBER a isca do caça-clique antes de morder. Eu mesmo sou viciado em notícia, mas aprendi a farejar a armadilha. E muitas vezes caio.


Isso só piora porque a maioria só lê a manchete. Ou já recebe tudo mastigado por comentarista, apresentador, influencer. O povo lê menos, lê mais rápido, prefere vídeo. E vídeo editado no ritmo de clipe prende a atenção. Resultado: mais informação manipulada, menos qualidade de mensagem, quase nenhum filtro crítico.


Somos afogados em NEGATIVIDADE. De incêndio a tiroteio, é uma chuva de desastre. Qualquer um com celular vira repórter, e tudo vira conteúdo – muitas vezes, lixo.


Quem ganha com isso? O criador do conteúdo, talvez. As plataformas, sempre.


A política é outra máquina dessa produção em massa. Equipes ideológicas inundam as redes com sensacionalismo, elegendo gente na base da fumaça.


E na religião? Outra fábrica de louco. Cada notícia ruim vira pretexto pra gritar "Apocalipse!".


Só que a maioria entende "Apocalipse" como caos e distopia. Ignora que o livro se chama REVELAÇÃO e, no fundo, fala de esperança, não de desgraça. Mas... quem lê? Quem estuda? E quando estuda, dá mais ouvido aos sensacionalistas, aos pessimistas. A notícia ruim tem mais valor.


O Poder da Escatologia Sensacionalista


É aqui que a escatologia popular de hoje entra e faz a festa. Ela prospera com as notícias sobre Israel, guerra, crise. Enfatiza o dramático, o especulativo, o que mete medo. Conectam tudo com tudo: eventos geopolíticos, figuras públicas, desastres, epidemias, tecnologia (microchip, scan de íris, ID digital, bitcoin, vacina – tudo vira "Marca da Besta" em potencial).


Falam do Anticristo como se fosse o vizinho. Pintam a Grande Tribulação com cores cinzas, anunciam a Apostasia Final, criam urgência, fazem apelos desesperados: "O FIM ESTÁ PRÓXIMO!" Enquanto gritam é o fim: “Vou ali comprar um telão novo pra igreja.... um porcelanato e umas poltronas...”


É um banquete de teorias da conspiração e interpretações literais exageradas, popularizado por filmes (quem não lembra de "Deixados para Trás"?), pregadores de internet e vídeos dramáticos. A cereja do bolo? A Batalha do Armagedom, a rebelião final, o mundo em caos. Ignoram (ou escondem) que existem outras leituras sérias das profecias: Amilenismo, Pós-Milenismo, Preterismo, Pré-Milenismo Histórico... Mas o que sequestra a atenção é a desgraça anunciada.


O mais curioso? Quem jura que acredita nesse futuro caótico vive e planeja como se fosse durar pra sempre aqui. Alarmam como se Jesus voltasse antes do jantar, mas constroem casas, fazem carreira, investem na bolsa; planos de casamento, filhos, estudos, viagens, negócios, enfim.


Assistem a um vídeo apocalíptico "URGENTE!" e, no segundo seguinte, rolam a tela pra ver outra coisa. Vivemos pulando de toca em toca de coelho branco, explorando abismos de informação duvidosa. Ninguém mais guarda a "profecia" sensacionalista pra conversa de bar; joga logo no grupo do zap, apertando o "enviar" como se não houvesse amanhã. O caos digital faz o Orkut parecer um jardim de infância. O jornal de papel, pelo menos, servia pra embrulhar peixe e catar sujeira de galinheiro.


O jornalista Alison Hill descreveu bem o jornalismo da TV pré-internet: só porrada e notícia ruim no começo, talvez uma tragédia no meio, e no finzinho, pra aliviar, um panda nascendo no zoo. Um bálsamo depois da angústia.


Hoje? Bombardeio constante. Manchete sensacionalista brota sem parar, e os algoritmos garantem que você veja mais do mesmo.


Esse poder do jornalismo negativo é o mesmo da escatologia tribulacionista. Qualquer vídeo de 15 segundos ou 1 hora associando caos ao Apocalipse ganha like e share. Crítica bíblica séria? Rara nos comentários. É só apoio inflamado ou ódio explosivo. Some o impacto da notícia ruim aos comentários raivosos. Resultado? Esgotamento. Exaustão. Estresse. "Meu Deus, o mundo tá pior! É o fim mesmo!" E depois do espanto? Uma cerveja? Uma Coca gelada? Algo pra anestesiar?


As Cicatrizes Psicológicas


Na psicologia, toda experiência deixa marca. Esse bombardeio afeta o humor, causa efeitos psicossomáticos. O corpo fica em alerta constante: fugir ou lutar. Eu mesmo vivo lutando contra as notícias ruins.


Seja sincero: você acha que essa enxurrada perturbadora não tem consequência pra sua mente? De tanto ver e ouvir desgraça, alimentamos a desconfiança, a tristeza. Começamos a achar que tudo está pior do que realmente está.


Histórias distorcidas, exageradas, tendenciosas geram raiva, ódio. O volume distorce nossa percepção, muitas vezes contrariando as estatísticas reais. Estudos mostram: 15 minutos de notícia ruim já aumentam sintomas de depressão e ansiedade. Por isso deixo uma dica: É melhor ver bobagem, ri, do que beber litros de notícia política negativa.


Entenda isso não só pela religião ou escatologia, mas por sua saúde mental. Não é pra se alienar, virar um eremita digital. Não é pra colocar óculos cor-de-rosa e achar tudo lindo como o Bob Esponja. É sobre equilíbrio.


Consuma notícias sérias, sim, mas busque também as leves, as boas. Existem histórias incríveis por aí: superação, bondade, soluções criativas. Histórias que abordam problemas reais com profundidade e esperança. Precisamos do que edifica, não só do que destrói. É uma recomendação bíblica:


Lembre-se de Filipenses 4:8: "...tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas."


Temos histórias maravilhosas de missionários, testemunhos de fé, milagres que fortalecem a Igreja, em vez de deixá-la esgotada, nervosa, assustada. Infelizmente, muitos que se dizem cristãos preferem explorar o clique fácil do desastre, da perseguição, da miséria. Poucos têm discernimento pra filtrar.


Boas Notícias – sim, o Evangelho! – fazem bem à saúde. Liberam dopamina, reduzem cortisol, melhoram o humor, fortalecem laços.


Pare e pense: quanta notícia ruim você consumiu e compartilhou hoje? Talvez seja hora de DESACELERAR.


***

Li por aí:


Nunca estivemos tão conectados, e ainda assim nos sentimos tão sozinhos. 

Nunca tivemos tanto acesso à informação, mas raramente estivemos tão perdidos. 

Nunca fomos tão bombardeados por entretenimento, mas tão vazios por dentro. 

Pesquisas indicam que, à medida que os smartphones se tornaram parte inseparável da vida cotidiana, também cresceram os índices de ansiedade, depressão e isolamento. 

Casamentos e nascimentos caíram drasticamente. O debate político virou um espetáculo de tribos, onde as sutilezas se perdem no barulho da próxima polêmica viral. 

Até a noção de verdade se desgasta — como separar realidade de mentira, quando o que mais atrai cliques é o exagero?


RM-FRASES PROTESTANTE