10.8.16

OS ESCUDOS/BRASÕES DOS MÁRTIRES E APÓSTOLOS DO SENHOR JESUS CRISTO


Estevão

O escudo de Estevão mostra uma palmeira que é um símbolo da ressurreição. Na simbologia cristã a palmeira também representa o martírio, assim como a vitória, alegria e prosperidade. “Folhas de palmeira” significam recompensa vitoriosa de Cristo, também vida longa e força.



Pedro

Acredita-se que Pedro morreu como um mártir em Roma por crucificação em uma cruz invertida, porque ele sentiu que não era digno de morrer na cruz na mesma posição que o seu Senhor. Seu escudo mostra uma cruz invertida e duas chaves, as "chaves do Reino” - o poder de "ligar" e "desligar" na terra e no céu. (Mateus 16: 15-20).




André

O símbolo mais comum de André é a forma de um X, em que se acredita que ele tenha sido mártir. Diz-se que, enquanto André estava morrendo, ele continuou a pregar para aqueles que o rodeavam. Sobre o escudo, dois peixes em cruz sobre uma âncora invertida, significando o seu trabalho e sustento, e que ele se tornou um "pescador de homens".




Tiago, Maior

Tiago, o filho de Zebedeu e irmão de João, foi o primeiro a ser martirizado. O rei Herodes mandou decapitá-lo em torno de 44 AD. No passado, conchas foram usadas por peregrinos religiosos. O símbolo visto no escudo são conchas, um sinal de peregrinação pela costa marítima ou por viagens em embarcações.



João

Um pescador, irmão de Tiago, era conhecido como "o discípulo a quem Jesus amava." Ele era um seguidor próximo de Jesus, desde o início de seu ministério. Houve muitas tentativas contra a vida de João, mas sem sucesso; ele foi o único apóstolo a morrer de morte natural. Seu escudo mostra uma serpente e uma espada, recordando a realidade do pecado do homem e o poder da Espada do Espírito sobre o pecado.



Felipe

A cruz no escudo de Felipe pode se referir ao poder da cruz sobre ídolos, ou a forma que Filipe morreu, tradicionalmente se conta que foi crucificado. As extremidades da cruz são em forma de trevo simbolizando a Trindade. Os pães significam a sua presença com Jesus na alimentação dos cinco mil.



Bartolomeu

Bartolomeu é considerado por alguns como sendo o mesmo que Natanael. Segundo a tradição, Bartolomeu ganhou o Rei Polymus para o cristianismo, mas se desentendeu com o irmão do rei e foi sentenciada a decapitação. Representado por facas.



Mateus

A tradição ensina que Mateus, o cobrador de impostos que se tornou um discípulo, foi para a Etiópia, depois de pregar aos judeus na Palestina. Ele foi martirizado lá, crucificado em uma cruz em forma de um T e decapitado. Seu escudo exibe três sacos de dinheiro, um símbolo de seu trabalho como cobrador de impostos.



Tomé

Tradição diz que Tomé foi comissionado para evangelizar na Índia, onde ele pregou e foi martirizado por apedrejamento, Tomé construiu igrejas com esforços de suas próprias mãos, como um carpinteiro. Este escudo mostra três pedras e um cinto de couro, as pedras simbolizam a maneira de sua morte. O cinto solto e aberto, pode significar maior liberdade de movimento da vestimenta antiga, proporcionando maior ação para trabalhar.



Tiago, o Menor

A tradição diz que Tiago, o Menor foi jogado de um pináculo aos 96 anos, em um templo em Jerusalém, depois apedrejado. À beira da morte, ele se levantou para pregar e perdoar seus inimigos, acabou por ser serrado. Os símbolos desse Tiago podem apresentar serra ou pedras. Aqui é representado como um moinho de vento, uma vez que se acredita que ele tenha sido um missionário enviado para os países baixos europeus.



Simão

Também chamado Simão, o Zelote. Seu escudo mostra um machado de batalha, o que indica a maneira pela qual ele foi martirizado - por decapitação ou serrado. Dois lemes que podem indicar navegação.



Judas Tadeu

Judas, referido também como Tadeu e, como Judas, filho de Tiago, viajou com Simão, o Zelote em viagens missionárias. A forma da morte de Judas é desconhecida, mas o martírio é a crença mais aceita. Seu escudo, sugere viagens marítimas.



Matias

Escolhido para substituir Judas Iscariotes (Atos 1: 15-26), foi um dos primeiros discípulos de Jesus, depois de ter estado com Ele desde o batismo por João Batista. Ele serviu como missionário na Judeia. Ele pode ter sido apedrejado ou decapitado por pregar o Evangelho. Seu escudo carrega um machado de batalha em cima de uma Bíblia aberta.


Paulo

É um dos mais conhecidos dos apóstolos. O escudo de Paulo tem sobre ele uma Bíblia aberta, e em cima da Bíblia, uma espada. A espada do Espírito. "Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus." (Efésios 6: 10-18, especialmente v.17).

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São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e o seu irmão André; Tiago e o seu irmão João, filhos de Zebedeu; Filipe, Bartolomeu, Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago,filho de Alfeu; Tadeu e Simão, o nacionalista; e Judas Iscariotes, que traiu Jesus.
Mateus 10:2-4

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Esses escudos foram trabalhados por J. Wippell & Co. Ltd. As ideias de design para os escudos foram finalizados por Gerald Miller, o diretor de Wippell. 

Fonte:
http://www.2pc.org


6.8.16

ABRIR E CONSULTAR A BÍBLIA ALEATORIAMENTE É CERTO?



LER E ESTUDAR



Ler e estudar a Bíblia sistematicamente em busca da melhor compreensão, com uso de ferramentas de interpretação correta está cada vez mais fora de uso. Há uma abundância de músicas, ideias, práticas, vídeos e frases curtas (muitas vezes superficiais) que estão alimentando uma grande quantidade de cristãos. Estão deixando o velho e bom arroz com feijão e bife para se alimentarem de guloseimas. Isso até alimenta, mas tem mais calorias do que valor nutricional. Se o alimento é artificial e barato, quando o organismo precisar combater uma simples gripe será mais difícil. Por inanição muitos crentes estão aleijados espiritualmente.



IMEDIATISMO VIRTUAL E SOCIAL



Em nossa cultura de imediatismo virtual e social, muita gente busca frases motivacionais, para superar alguma dificuldade, tomar alguma decisão instantânea ou para se sentir melhor. Como resultado dessas práticas superficiais os cristãos estão abrindo a porta para males maiores. Nunca é pouco se lembrar de um antigo provérbio popular: “Nunca abra a porta para o menor dos males, pois muitos outros, maiores, espreitam lá fora”. E nessas práticas superficiais estão inseridas práticas estranhas e enorme negligência aos meios de graça.

Abrir a Bíblia aleatoriamente em busca de respostas instantâneas ou mesmo no púlpito para pregá-la de imediato, é uma prática nociva e superficial. Não há atalhos! Abrir e consultar a Bíblia aleatoriamente, ao acaso, não é bíblico. Abrir a Bíblia aleatoriamente é uma guloseima, atraente, saborosa, mas não vai deixar você de pé e firme muito tempo.

COMUNICAÇÃO



Primeira coisa que precisamos entender é que a Bíblia é um livro que COMUNICA, a COMUNICAÇÃO de Deus ao seu povo. Não é um baralho de cigano ou cartas de tarot. Todo estudante da Bíblia tem que entender que o texto sagrado tem uma ESTRUTURA, e esta faz parte de algo que comunica. A comunicação deve ser entendida e respeitada, afinal não foi dada por homens, mas pelo ESPÍRITO SANTO que inspirou seus santos escritores.

O que é o ato de ler? É ENTENDER o que o TEXTO COMUNICA. Não se deve ler por ler, mas COMPREENDER. A leitura do texto é o único caminho para a compreensão. Se o leitor tiver maior interesse em compreender ele buscará boas ferramentas, metodologia para compreender mais, para respeitar mais a comunicação do texto. E abrir a Bíblia aleatoriamente não é o melhor método. Para uma boa interpretação devemos fugir de interpretações pessoais e subjetivas. De que forma você lê?

NECESSIDADE DE BOA BAGAGEM



Se você já ouviu muitos sermões e realizou bons estudos bíblicos, certamente tem mais experiência que outros que tiveram menos contato. E isso é válido não só para experiências quantitativas, mas qualitativas. E por mais que o leitor seja experiente, tenha muita bagagem, há textos que numa primeira leitura não garante que a compreensão seja exata, geralmente há incompreensão e equívocos. O que dirá em abrirmos aleatoriamente uma passagem bíblica e isolarmos a passagem do seu contexto?

Para que fique bem claro que a prática de abrir a Bíblia aleatoriamente como consulta é falha, é importante entender que na compreensão do texto há fatores dos próprios textos que cooperam para dificultar a compreensão. Por exemplo, há muitos conceitos desconhecidos e muitas vezes a cultura, a história, o “mundo” do contexto não é familiar. Estamos lidando com documentos históricos milenares, e não podemos simplesmente usar nossas lentes do nosso tempo. Pode acontecer de o consulente acreditar que compreendeu o texto e na verdade entendeu erroneamente. Não adianta atribuir ao texto aquilo que na realidade é uma opinião equivocada. O Espírito Santo é o Espírito da Verdade e não aceitará nada menos que a verdade.

RETIRE SUAS LENTES



Retire suas lentes, seja um estudante que busca na Palavra de Deus o que é, e não o que você acha que é.  A mesma luz que ilumina pode te ofuscar. Em todo estudo sério há dificuldades de compreensão e equívocos, e exatamente por isso o leitor deve aplicar estratégias para se aproximar o máximo possível do sentido do texto. Vamos clarear mais ainda esta compreensão: Numa conversação quando uma expressão não é clara existe a possibilidade de interrogar o interlocutor, voltar atrás, recapitular, tirar duvidas etc. Como num diálogo, na leitura existem formas de controle para a compreensão correta. Como você pode ler melhor?

LEIA MAIS



Ler um texto diversas vezes com atenção possibilita aprender mais facilmente o sentido do texto do que uma leitura veloz e superficial. Lembre-se, a Bíblia é um livro de textos antigos, a compreensão se torna mais difícil pela distancia temporal, linguística e cultural, tais textos opõem maiores obstáculos a compreensão correta. Só esta verdade já deveria ser suficiente para entendermos que abrir um texto aleatoriamente não é uma boa metodologia para compreender a verdade.

EXEGESE



Numa primeira leitura o texto pode parecer obvio, pode parecer! E se o leitor não tiver essa consciência fará uma leitura fortemente subjetiva. O que é um bom leitor ou um bom estudante? É o que tem a capacidade de apreender o sentido de um texto e deixar de lado sua opinião subjetiva. Na teologia existe uma área de estudo que se chama EXEGESE. No campo exegético é universalmente reconhecida a validade de um conjunto de métodos que recebe o nome de método histórico-critico e outras ferramentas. Ler e compreender, este deve ser o nosso esforço. Não busque respostas subjetivas.

LIBERDADE



Alguém pode questionar: Será que não temos a liberdade de consultar Deus assim? Ao abrirmos a Bíblia não estamos em contato direto com a Palavra de Deus? O Espírito Santo não pode usar esse método para nos guiar? Deus é soberano e pode agir como quiser, inclusive por esse método de consulta aleatória. O problema central não é se Deus pode ou não pode usar esse método. Deus pode falar num arbusto em chamas, a sarça ardente, mas este fato não é um método, normalmente pessoas não veem arbustos falantes. A Bíblia nos foi dada como uma revelação e deve ser lida como um livro. A Bíblia é uma história a ser lida, a história da redenção do homem. Deve ser lida toda e cada passagem em seu contexto. O uso aleatório de consulta que se pretende fazer com ela não é nem mesmo uma teofania.

TEOFANIA OU ORÁCULO?



O que é um oráculo? Oráculo é uma palavra com dois significados ela tanto pode indicar o instrumento, como por exemplo, búzios, cartas de tarô, pedras de runas, moedas, dados, quanto o ato de consultar os deuses através desses instrumentos. Na antiga Grécia os reis iam visitar o oráculo de Delfos para se aconselhar. No caso, tratar a Bíblia na prática como um oráculo é entender que a Bíblia contém textos criptografados e somente alguns iniciados são capazes de interpretar. Na prática quem trata a Bíblia como um oráculo está depreciando o estudo, a dedicação ao trabalho do saber.

Teofania é um conceito teológico que significa a manifestação de Deus em algum lugar, coisa ou pessoa. Tem sua etimologia enraizada na língua grega: "theopháneia" ou "theophanía". Teofania é uma palavra que origina do grego theofania, theós (“Deus’) e phanein (“aparecer”). Representa, assim, qualquer aparição ou manifestação de Deus. Então, o método de consulta aleatória deve manifestar a vontade de Deus sempre. Ou será que tem hora que funciona e hora que não funciona? Deus nos deu sua revelação escrita, usar o método de consulta aleatória é ir além da mera revelação.



SUPERSTIÇÃO E MISTICISMO



Se o ato de consultar aleatoriamente não é uma manifestação especial de Deus a todos os cristãos, ela se aproxima da superstição e misticismo. Via de regra, devemos orar e pedir a Deus sabedoria, inteligência, entendimento e discernimento para aplicar a sua Palavra em toda e qualquer situação. -- Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça. 2 Timóteo 3:16. -- Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança. Romanos 15:4. – Devemos usar o conhecimento todo para toda situação.

Qual a resposta que se busca ao consultar a Bíblia aleatoriamente? Tomar decisões no trabalho? Na vida pessoal? A resposta tem que ser imediata e rápida? Para se conhecer bem uma passagem bíblica não precisamos ter uma bagagem de experiência e repertório ferramentais de comentários, pregações, estudos, exegese, hermenêutica? Será que não é necessário dominar minimamente um conteúdo para poder entendê-lo? Como entender melhor um contexto, as ideias que cercam um texto, desdobramentos e aplicações sem estudar?

EFEITO HALO



Halo é um círculo de luz, uma auréola de luz que aparece sobre a cabeça de uma pessoa. Efeito halo na psicologia é dar a alguém uma autoridade ou um status superior. Muito comum principalmente quando alguém se reveste de autoridade espiritual e profere uma “profetada” ou se reveste de uma postura espiritual através de discursos ou orações e consulta a Bíblia aleatoriamente como se a mão estivesse sendo guiada por Deus. E para dar mais credibilidade esses consultores comumente abrem a Bíblia mais de uma vez para fazer uma espécie de tira-teima. O interessante é que esses gurus ou orientadores mais espirituais isolam um versículo e neste enquadramento consultivo possuem apenas duas respostas, negativa ou positiva. De fato, estatisticamente nessas consultas só existem “interpretação” negativa ou favorável.

Geralmente essas consultas aos versículos estão longe de se aproximar do contexto original, o que o Espírito Santo falou ali naquele texto, e partem imediatamente para interpretações subjetivas, impressões, intuições e outras sensações. A tendência para julgamentos errôneos é enorme! Seguir essas consultas é nos guiar por impressões e sentimentos. Por mais que se justifique a crença que houve sinceridade, boa intenção, "piedade", espiritualidade, oração intercessória por resposta. Não raras às vezes estamos confiantes mesmo quando estamos errados.

REVELAÇÃO ESCRITA



Diante da Revelação escrita de Deus temos diante de nós um conjunto de princípios que devem nos guiar em nossos julgamentos, escolhas, tomada de decisões etc. E o modo mais coerente é buscar em seu todo a melhor aplicação para cada caso. Imagine que alguém queira consultar a Bíblia aleatoriamente se deve abortar um feto indesejado ou não. Sei que é um exemplo extremo, mas estamos tratando de uma hipótese. Aleatoriamente, estatisticamente, pode cair numa passagem que Deus ordenou exterminar toda uma população na antiguidade, como fez com Saul em 1 Samuel 15.3:

Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos.

Nossos julgamentos podem ser tendenciosos e subjetivos, através de uma percepção intuitiva do texto podemos entender que ao consultar a Palavra de Deus aleatoriamente ela quer dizer que "devo apoiar o aborto ou talvez não", porque o texto se refere a crianças pequenas que mamam no peito e não crianças no ventre. Tudo é intuitivo. Em cada consulta pode existir uma predisposição a acreditar em resultados inadequados e respeitar pouco ou nada o que aquela passagem consultada quer dizer de fato. Obviamente citei um exemplo extremo, mas há muitas previsões que podem ser atraentes, mas não deixarão de ser intuitivas e o senso de direção é falível. A Palavra é infalível, mas nossa interpretação muitas vezes é falha. Por isso a Bíblia é a mãe de muitas heresias.

O CORAÇÃO É UMA FÁBRICA DE ÍDOLOS



Como o nosso coração é uma fábrica de ídolos, e não queremos desapegar de certas práticas e experiências, para que não haja dúvida a quem consulta a Bíblia aleatoriamente em busca de versículos ou passagens que possam responder. A invenção humana aperfeiçoa suas ideias, para que não haja dúvida produziram a dupla ou tripla consulta, para criar um método de abordagem por amostras. Daí as passagens são muitas vezes forçosamente ajustadas para representar uma realidade. A verdade nua e crua é que retirar uma frase de seu contexto é problemático, e interpretar um texto isolado só aumenta o problema. Foi o caso do nosso texto em 1 Sm 15.3.

Outro fator que desmonta a ideia de uma dupla ou tripla consulta é que ela não resiste a testes de repetição. Pode até acontecer que abrir uma Bíblia três vezes possa cair na mesma página, pelo manuseio constante de uma Bíblia usada ela pode repetir uma página, mas não resiste a um teste mais repetido. Acredito que nenhum consultor aleatório de Bíblia iria aceitar que ele determine a probabilidade de eventos, em comprovar a repetição a um teste mais severo. Certamente ele irá acusar o questionador de falta de fé. É mais fácil prognosticar o futuro. Entender que o Espírito Santo guia nossas mãos e dedos para abrir uma determinada passagem assemelha-se à psicografia usada pelos espíritas.

A forma mais coerente se se relacionar com as Escrituras e revelada pelo próprio Deus é estudar. É mais seguro seguir o método ensinado por Paulo a Timóteo: Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. (1 Timóteo 4:13). Deus não nos dá atalhos simplificadores. -- Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. 1 Timóteo 4:16. – A exortação do apóstolo é “cuida da doutrina”. Não se afaste do edifício doutrinário! Não se afaste da racionalidade! Emoções e invenções podem provocar um afastamento do ensino saudável. Se uma comunidade ou grupo de pessoas partilham desse costume de consulta aleatória das Escrituras se afaste ou abra um dicionário aleatoriamente, pois dará no mesmo.

SUBJETIVISMO



Poderíamos estender esse assunto para temáticas correlatas como bibliomancia, superstição, misticismo etc. Mas é suficiente concluir que a prática de abrir a Bíblia aleatoriamente nasce de um sentimento supersticioso, íntimo, pessoal e subjetivo. Consultar desse modo pode até oferece uma sensação de controle da situação, uma “boa” forma de lidar com sentimentos de desconforto, mas o controle é aparente. As consequências serão nocivas em longo prazo, pois em busca de mais e mais respostas o consulente recebe respostas que podem lhe confundir, pois não saberá administrar saudavelmente um quebra-cabeça de interpretações intuitivas. Resolver um problema com pouca deliberação ou raciocínio não é o melhor método. Associar todo pensamento que vem à mente, querer dar coerência a tudo que está acontecendo em nosso redor e todo tempo é desgastante e falível. Se não usarmos ferramentas corretas de interpretação muito provavelmente seremos tendenciosos e inclinados a menosprezar os meios que Deus nos deu e realizar uma prática superficial. Fuja de invenções humanas!

REFLEXÃO




Finalizo com uma reflexão de John MacArthur: "Quando a igreja é controlada por comprometedores cuja única ambição é conformar-se à cultura, o evangelho é minimizado, o verdadeiro poder é perdido, uma energia artificial precisa ser fabricada, e a superficialidade toma o lugar da verdade".




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Raniere Menezes/Frases Protestantes
Texto sem revisão.

28.7.16

O símbolo da Cruz de Cristo e a semiótica


O símbolo da Cruz de Cristo e a semiótica - Por Raniere Menezes

O título também poderia ser: Série não está na bíblia, não é chave bíblica, mas chavão.
Qual é o chavão?
-- "A cruz está vazia!" (Então é mais bíblico usar a cruz “vazia” e não com imagem como fazem os católicos?).
Resposta: Sim e não. Depende do uso, da matriz religiosa, simbologia etc

Não esvazie o significado completo da cruz como madeiro cruento e cruel, onde o Salvador sofreu, derramou seu sangue, intercedeu e morreu.
A cruz sem Cristo é um céu sem sol.
A cruz vazia, hoje, é mais uma peça de bijuteria ou decoração de templos.
A cruz vazia e glamourizada não faz sentido!

A cruz é uma rude cruz, manchada do sangue de Cristo, sobre a qual Ele sofreu e morreu por seu povo.

O elemento/símbolo “cruz” por si não é nada!
Os demônios temem a Cristo, não uma cruz.
Povos pagãos já usavam a cruz para aplicar pena de morte em criminosos.
A cruz é um símbolo universal muito antigo utilizado por diversas culturas, crenças e religiões.

A cruz tem muitas interpretações.

Como cristão nunca  esvazie o significado da cruz de Cristo! Nem esqueça que o túmulo está vazio e que Ele está reinando em glória ao lado do Pai!

Desde muitos séculos os antigos cristãos já usavam a cruz como símbolo.

Sendo ela um símbolo, ela representa algo, e pela humilhação de Cristo a cruz mais simbólica deve ser a mais simples e rústica. Ela já uma tradição entre os cristãos, e já é um símbolo universal.

O poder não está na cruz, em qualquer cruz, mas na mensagem da cruz, na palavra da cruz, aí está o poder de Deus. (Cf. 1Co1.18)
E que devemos ser crucificado com Cristo nela! (Cf. Gl 2.19b-20).

Há estudos mais aprofundados sobre símbolos, como a SEMIÓTICA.
SEMIÓTICA é teoria geral das representações, que leva em conta os signos sob todas as formas e manifestações que assumem.

Em semiótica o SIGNO ICÔNICO foi dividido por Peirce em três níveis (Hipoícones):

1. Imagem - relacionado ao seu objeto pela aparência (Exemplo: desenho infantil de uma casa numa folha de papel).

2. Diagrama - relacionado por semelhança as ligações internas do signo e ligações internas do objeto (Exemplo: a planta de uma casa feita por um arquiteto).

3. Metáfora. -- é a representação do objeto pela analogia. (exemplo: chamar a casa de lar, o que vai além do desenho e da planta).

Vale enfatizar que os HIPOÍCONES são imagens comuns a muitas pessoas. (Exemplo: a figura do Papai Noel é conhecida em qualquer parte do planeta).

Qual é a imagem mais ligada aos cristãos? O peixe? A Bíblia? Certamente, a mais usual é a CRUZ.

Na semiótica e comunicação, a cruz é vista como ícone, índice e símbolo.

O ícone já falamos um pouco, o índice é algo que INDICA, indica algo que fundamenta e se liga ao objeto. É uma relação de causa e efeito.

O túmulo vazio INDICA mais que Cristo vive do que a cruz.
A cruz deve indicar seu sofrimento e morte.

O símbolo representa um objeto dinâmico através de uma lei, uma convenção.
Um ícone pode se tornar um símbolo por convenção cultural, ao carregar os significados simbólicos.

“Talvez possamos compreender melhor essas três categorias em um processo contínuo: um oriental que chegue ao Brasil pode ver numa cruz um ícone, identificando aqueles dois paus entrecruzados como o instrumento de tortura que os romanos usavam; se chegássemos em um país oriental, cuja religião oficial fosse o Budismo, ao vermos uma cruz no alto de uma construção veríamos aquela imagem como um índice, deduzindo imediatamente que ali existem cristão; mas nós, cristão, sempre olhamos para a cruz como um símbolo da morte de Cristo – nesses casos, temos a mesma cruz vista como ícone, índice e símbolo em três situações diferentes”. (Artigo vários autores*)

Os signos se relacionam aos objetos e em relação a eles mesmos, mas não para por aí, o signo se relaciona a quem INTERPRETA. Aí está o "X" da questão!

Aí está o ponto! Como interpretamos!  Conhecedores da Palavra da Cruz devemos extrair dela toda simbologia possível e coerente. Uma cruz simples é mais coerente que uma cruz de diamantes e por aí vai! Preze pela simplicidade e será mais bíblico!

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Raniere Menezes

Textos base:

A finalidade da cruz, por Dave Hunt.

*Comunicação e Semiótica: visão geral e introdutória à Semiótica de Peirce. -- Artigo produzido a partir do Seminário sobre Semiótica, da disciplina Metodologia da Pesquisa em Comunicação e Culturas Midiáticas, do Mestrado em Comunicação da UFPB, período 2010.1. Vários autores. http://www.insite.pro.br/2010/agosto/semiotica_peirce_nicolau.pdf

20.7.16

A Pluma e o Cajado: Defesa da Fé e o espírito de misericórdia para com os novos convertidos (por Raniere Menezes)


Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos,
e não agradar a nós mesmos.
Romanos 15.1

Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e acho o conhecimento dos conselhos. 
Provérbios 8:12.


Participei de muitos debates teológicos ao longo de duas décadas. Debates em grupos de estudos, em salas de aulas de Escola Dominical, em aulas de seminários e em formatos virtuais. Os debates presenciais são menos quentes e mais respeitosos (normalmente!), já os virtuais, talvez pelo distanciamento das pessoas, são mais quentes e desrespeitosos (nem sempre!). O fato é que há uma tendência no mundo virtual de demonstrar mais intolerância. A impulsividade e emotividade é mais quente no campo virtual. No início da minha fé e por um longo tempo debati demais com arminianos. Um amigo e pastor, em tom de brincadeira disse que nós éramos forjados em caldeira quente.

Confesso com tristeza que em muitos debates fui intolerante, explosivo, arrogante e um tolo insuportável. Eu era um pedante e deveria ser um pedinte. Não todo o tempo, mas muitas vezes. Aprendi bastante sobre os dois lados da moeda, entre ser intolerante e ser tolerante, como administrador do fórum virtual Monergismo. Tratava-se de um fórum de debates teológicos em língua portuguesa, dos mais quentes e visualizados. Milhares de visualizações, centenas de tópicos e discussões. Administrei por anos seguidos, discutíamos um grande volume de informações, era uma verdadeira arena com centenas de debatedores e dezenas de moderadores.

Debatíamos com ateus, católicos, mórmons, testemunhas de Jeová, adventistas e muitos arminianos, muitos! O fórum Monergismo é uma lenda na Internet com seus debates quentes. Como era um fórum confessional protestante calvinista havia muita discussão com grupos contrários. Havia muita gente que só observava o desenrolar dos debates, outros faziam perguntas sinceras, outras vezes os questionamentos carregavam em si uma má intenção ou artimanha, outros eram apenas blábláblás; era um campo minado; havia muito confronto, muitas vezes ásperos. Num campo minado, não poucas vezes o melhor caminho é observar os outros caminhando, para discernir onde pisar. Nesses embates nós como participantes experimentamos aspectos negativos e positivos. Havia muita pesquisa de textos e consultas de colegas mais experientes. Fizemos grandes amizades e adversários obstinados.

Confesso que aprendi muito, teologicamente, e muito mais em termos práticos sobre o comportamento humano e autorreflexão. Com certeza, na defesa da fé, ao longo do tempo de experiência ganhamos couro de teflon. O perigo era ficar insensível e desumanizado nos debates. Por parte de muitos debatedores havia uma disposição competitiva e desafiante, e muitos entravam em debates para ganhar e vencer, outros entravam para testar e colocar à prova seu sistema de doutrina; outros entravam somente para despejar suas heresias e cair fora; e outros com a simples intenção de aprender ou aumentar seu conhecimento. E nesse fogo cruzado, todos os dias, por meses seguidos estavam os novos na fé e os irmãos em Cristo mais fracos.

Mesmo sabendo que ali era uma arena de debates e não um chá de senhoras ou uma sala de aula de Escola Dominial para iniciantes, nós tínhamos a consciência que precisávamos ter muita sabedoria, inteligência, entendimento e discernimento para não girar a metralhadora para todos os lados. Era uma grande responsabilidade. Podemos ferir muita gente e também colher bons frutos. Lendo um antigo livro chamado O Caniço Ferido de Richard Sibbes, percebi como Deus trata o nosso crescimento cristão. Deus nos ensina a cada dia a termos melhor discernimento. Ao longo deste texto tomei emprestado algumas das reflexões do autor Richard Sibbes, também conhecido como o Doutor da Alma, para ficar mais claro a minha experiência sobre apologética.

A maior lição que aprendi em debates, principalmente os virtuais, é que temos que ter mais misericórdia com os mais fracos (algo que não aprendi da noite para o dia!). Como cristãos nosso maior exemplo é o próprio Cristo que suportou as muitas fraquezas dos seus discípulos. De certo, o Senhor por vezes se mostrou duro em confrontar seus seguidores, mas certamente o fez em amor perfeito. Ele é o nosso padrão, nada menos! A misericórdia é a pluma, a severidade (e dureza) é o cajado, por muitas vezes necessário, mas aplicado com justiça e discernimento. Uma ovelha ferida precisa muito mais de cuidado, e não de uma cajadada! Onde há mais santidade, há mais moderação, sem prejuízo da piedade a Deus e ao bem dos outros. Vemos em Cristo uma maravilhosa combinação de absoluta santidade com grande moderação.

"Grandes poderes, grandes responsabilidades", uma frase clássica da Marvel, que poderia ser bíblica*. Foi assim que o apóstolo Paulo fez com as forças poderosas da revelação da Palavra de Deus que recebeu. Ele, um seguidor exemplar de Cristo, ensinou que devemos suportar a fraqueza dos outros. -- Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Romanos 15.1. - E também: Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns1 Coríntios 9.22.

O que aprendi nas arenas apologéticas: Que não devemos bombardear os mais novos na fé e os mais fracos com todo peso de teologia existente (como se fosse possível!). DEVEMOS OFERECER A ELES OS PONTOS FUNDAMENTAIS DA FÉ CRISTÃ. Devemos treiná-los, equipá-los, PROGRESSIVAMENTE. E com PACIÊNCIA E MISERICÓRDIA. Para que eles possam aos poucos suportar a bagagem teológica de todo sistema. E muitas vezes fazemos o contrário! Sobrecarregamos os mais fracos com um peso insuportável e ainda exigimos que aguentem o peso. Não somos faraós com chicote na mão dando ordens para carregar pedras! Calma jovem! Muito cuidado para não pisar em um dos pequeninos do Senhor Jesus!

De modo geral, nos debates, esquecemo-nos de aproximar o mais fraco ao calor aconchegante do amor de Deus e do espírito voluntário de servir a este Deus maravilhoso. Antes de responder impulsivamente e sem misericórdia a quem nos questiona, lembre-se que ele pode está experimentando o seu primeiro amor por Cristo Jesus. E também devemos lembrar-nos do nosso primeiro amor, quando tínhamos menos conhecimento teológico, mas o nosso coração era mais quente em relação ao Senhor. O amor de Cristo nos constrange.

Há locais mais apropriados para debates mais quentes, como por exemplo, um seminário ou mesmo um fórum virtual, e mesmo assim devemos ter sempre o cuidado e a prudência cristã. Há locais que definitivamente não são lugares apropriados para discussões acaloradas, como uma escola dominical ou certos ambientes virtuais. Toda "disputa" entre cristãos-cristãos e cristãos-não-cristãos deve ser tratada com discernimento e justiça. Devemos nos esforçar para não ofender ninguém, e quando ofendido não reagir com ofensas, intolerância e arrogância.

Peça entendimento ao Senhor. Temos uma tendência pecaminosa de sermos compassivos com os nossos erros e severos para com os erros dos outros. Alguém já disse com propriedade que em mais ocasiões do que queremos admitir, grandes mediocridades às vezes acabam em posições de enorme responsabilidade. Precisamos ter muita paciência e misericórdia quando recebermos uma crítica, nem sempre as críticas são construtivas, mas temos que saber lidar com isso da melhor maneira que glorifique a Deus. Podemos assumir posições e não estar preparados para elas.

Devemos ter equilíbrio e moderação em tudo, muito mais em debates teológicos! Ser tolerante e paciente não significa que devemos encorajar que o mais fraco continue fraco ou em erros, pelo contrário, devemos trabalhar para que ele se fortaleça. Devemos discernir quem nos opõe e saber lidar muitas vezes com a cegueira do próximo, com a arrogância, a ignorância, a curiosidade, as armadilhas, a obstinação, a irreverência, a fraqueza e tantas outras características humanas. E lembrar que ainda temos muito disso ainda em nós como pecadores. Examinemos a nós mesmos.

Obviamente, há pessoas atrevidas e irreverentes que são intratáveis. Ainda assim somos ordenados a amar o nosso próximo, e isso começa com o senso de não fazer a ele o que não gostaríamos que ele fizesse a nós.

Quanto mais a gente se aproxima do conhecimento verdadeiro e da santidade de Deus, mais enxergamos a nossa falta de humildade, e nos arvoramos e inflamos, crescemos em orgulho por causa de algum talento. Esquecendo que o dom foi dado por Deus. Como é tolo quando alguém que se acha superior em erudição e é comparado a Cristo! -- Eu sou o Senhor que vos santifico;Levítico 22:32. - Deus não quer que apenas o conheçamos, mas que sejamos como Ele é! Assim como Deus é, seja! Esta é a Palavra que os profetas trouxeram para seu povo. Por toda Bíblia há o encorajamento à santificação.

Devemos ter cuidado com a cultura imediatista nos debates, tomar cuidado com a busca da glória pessoal, a fama, a gratificação e a autossatisfação. Devemos buscar a simplicidade e humildade contra a impulsividade, super confiança e emotividade.

Peçamos a Deus para saber usar com alguns, no momento certo, a doce misericórdia, a pluma, e com outros, um cajado. Muitos pecadores não são curados com palavras doces, mas um grande discernimento é necessário.

Como escreveu Richard Sibbes em o Caniço Ferido: "O Espírito Santo veio tanto em línguas de fogo quanto na semelhança de pomba, e o mesmo Espírito concederá um espírito de prudência, que é o sal para temperar todas as nossas palavras e ações."

Tomemos cuidado para saber tratar com cada um, com os mais velhos e com os novos crentes. Há matérias que devem ser estudadas e assimiladas a seu tempo. Não se deve oferecer uma feijoada a uma criança que só toma leite.

Voltando aos conselhos dos antigos: 
"Os embaixadores de um tão gentil Salvador não devem ser ditatoriais. Lembremos quão cuidadoso foi Paulo nos casos de consciência para não colocar uma armadilha sobre qualquer consciência fraca."
- Richard Sibbes.
Lembremo-nos, em nosso mundo globalizado temos vendavais de ventos de doutrinas por todos os lugares, e muita gente é analfabeta funcional e bíblica. Temos que ter muita paciência e discernimento. Nosso Senhor Jesus Cristo se rebaixou voluntariamente à nossa natureza. Paulo foi o teólogo mais profundo, mas veio como uma ama para os mais fracos. (1Ts 2.7). Estes são os ensinos dos antigos puritanos.
"Cristo escolheu, para pregar misericórdia, aqueles que experimentaram a maior misericórdia, como Pedro e Paulo, para que pudesse ser eles exemplos do que ensinavam. Paulo tornou-se tudo para todos (1Co 9.22), rebaixando-se até eles para o seu bem. Cristo desceu do céus e esvaziou-se da majestade em suave amor pelas almas. Não desceremos nós de nosso elevado amor-próprio para fazer o bem a qualquer um? Devem os homens ser orgulhosos depois de Deus ter sido humilde?" 
- Richard Sibbes.
Sigamos o conselho dos antigos:

Não devemos atormentar as imaginações das pessoas com curiosidades ou contendas sobre dúvidas. 
"Religião não é somente uma questão de inteligência, de se criar e resolver problemas teóricos. Os cérebros que se inclinam a esse caminho são, comumente, mais quentes que seus corações". (...) "Não devemos apertar onde Deus afrouxa, nem afrouxar onde Deus aperta, não abrir onde Deus fecha, nem fechar onde Deus abre".
 - Richard Sibbes.

Há muitos que precisam de palavras suaves e confortadoras. Deus tem duas formas de tratar, com consolo (Is 40.1) e com trombeta (Is 58.1). Precisamos acima de tudo ter sabedoria para discernir. O equilíbrio da misericórdia e da severidade é difícil.

O alerta de Tiago é muito importante para o que temos tratado até aqui:
Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo
(Tiago 3:1)
- Este alerta parece que não está sendo muito aplicado hoje em dia. 

As armas dessa batalha não devem ser carnais.  
"Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas

(2 Coríntios 10:4)

Que o espírito de misericórdia que esteve em Cristo nos mova.  Peçamos a Deus sabedoria para saber dizer "a seu tempo uma boa palavra". Isaías 50:4.




Artigo: Raniere Menezes
Nota de Fernando Frezza: *Acredito que uma mensagem parecida com a frase da Marvel mencionada se encontra em Lucas 12:48:
Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.