“Mas, visto que todo homem é indigno de se dirigir a Deus e de se apresentar diante de sua face, a fim de nos livrar da vergonha que sentimos ou que deveríamos sentir, o Pai celeste nos deu seu Filho, o nosso Senhor Jesus Cristo, para ser o nosso Mediador e advogado para com ele, para que, por meio dele, pudéssemos aproximar-nos livremente dele. Como isso nos certificamos de que, tendo tal Intercessor, o qual não pode ser recusado pelo Pai, também nada nos será negado de tudo o que pedirmos em seu nome. Seguros também de que o trono de Deus não é somente trono de majestade, mas também de sua graça, podendo nós comparecer perante ele com toda a confiança e ousadia, em nome de Mediador e Intercessor, para rogar misericórdia e encontrar graça e ajuda, em toda necessidade que tivermos.”
(João Calvino, As Institutas, Vl 03, Ed. Cep, Edição especial, p. 101)
“Não busquemos a causa em parte alguma, senão na vontade divina”
(J. Calvino, Exposição de Romanos, p. 337)
“Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus.”
[João Calvino, As institutas, Cap XII, pg 6, Vl 4, edição especial, Editora Cep.]
“Os crentes não oram com a intenção de informar a Deus a respeito das coisas que ele desconhece, ou para incitá-lo a cumprir o seu dever, ou para apressá-lo, com se ele fosse relutante. Pelo contrário, eles oram para que assim possam despertar-se e buscá-lo, e assim exercitem sua fé na meditação das suas promessas, e aliviem sua ansiedades, deixando-as nas mão dele; numa palavra, oram com o fim de declarar que sua esperança e expectativa das coisas boas, para eles mesmos e para os outros, está só nele”
[John Calvin, Commentary on a Harmony of the Evangelists, Mattew, Mark, and Luke, Grand Rapids, Michigan, Baker Booh House, 1981 (reimpresso), p. 314]
“Nós estamos conscientes de nossa própria debilidades, e desejamos desfrutar a proteção de Deus, Aquele que pode manter-nos invencíveis diante de todos os assaltos de Satanás”
[John Calvin, Harmony of the Evangelists, p. 327-328]
“Não oraremos de uma maneira correta a menos que a preocupação por nossa própria salvação e zelo pela glória de Deus sejam inseparavelmente entrelaçados em nossos exercícios.”
[João Calvino, O Livro de Salmos, Vol 3, p.259]
“Quando ele [Deus] nos adotou como seus filhos, seu desígnio era acalentar-nos, por assim dizer, em se próprio seio”
[João Calvino, O Livro de Salmos, São Paulo, Ed. Parakletos, 2002,Vol 3, p.586]
“Seja qual for a maneira em que Deus se agrada em socorrer-nos, ele não exige nada mais de nós senão que sejamos agradecidos pelo socorro e o guardemos na memória.” [João Calvino, O Livro de Salmos, Vol 2, p.216]
“Ainda que o pecado não reine, ele continua a habitar em nós e a morte é ainda poderosa.”
[João Calvino, Efésios, São Paulo, Parakletos, 1999, Vol 1, p.169]
Somente aqueles que têm acesso a Deus, e que vivem uma vida santa, é que são seus genuínos servos.
[João Calvino, O Livro de Salmos, São Paulo, Parakletos, 199, Vol. 1, p. 289]
Muitas vezes o Senhor põe abaixo as deliberações dos seus santos... para que eles fiquem na inteira dependência da sua providência” .
[João Calvino, exposição de Romanos, (Rm 1.13)]
A igreja será sempre libertada das calamidades que lhe sobrevém, porque Deus, que é poderoso para salvá-la, jamais suprime dela sua graça e sua bênção.
[João Calvino, O Livro de Salmos, São Paulo, Vol. 1, p. 88]
“Aquele que confia ma providência divina deve fugir para Deus com orações e forte clamor.”
[João Calvino, O Livro de Salmos, São Paulo, Vol. 1, p. 211]
“Para que tenhamos aqui bom equilíbrio, devemos examinar a Palavra de Deus, na qual temos excelente regra para o entendimento firme e correto. Porquanto, a Escritura é a escola do Espírito Santo, na qual assim como nada que seja útil e salutar conhecer é omitido, assim também não há nada que nela seja ensinado que não seja válido e proveito saber”.
[João Calvino, As institutas, Cap VII, pg 39, Vl 1, edição especial, Editora Cep.]
“Exatamente como se dá com pessoas idosas, ou enfermas dos olhos, e tantos quantos sofram de visão embaraçada, se puseres diante delas mesmo um vistoso volume, ainda que reconheçam ser algo escrito, contudo mal poderão ajuntar duas palavras; ajudadas, porém, pela interposição de lentes,. Começarão a ler de forma distinta. Assim a Escritura, coletando-nos na mente conhecimento de Deus que de outra sorte seria confuso, dissipada a escuridão, nos mostra em diáfana clareza o Deus verdadeiro.”
[João Calvino, As Institutas – edição Clássica, Vol I, pg 71, Ed Cep,]
“Sempre que a exigüidade do número dos que crêem nos conturbe, em contraste nos venha à mente que ninguém pode compreender os mistérios de Deus senão aqueles a quem foi dado entendê-los.”
[João Calvino, As Institutas – edição Clássica, Vol I, pg 81, Ed Cep,]
“Ele [Deus] nos convida a solicitá-los dele, e não nos dirigirmos a ele e nada lhe pedirmos, seria tão nulo como se alguém desprezasse e deixasse enterrado e oculto sob o solo um tesouro que lhe tinha sido mostrado.”
[João Calvino, As Institutas – edição Clássica, Vol IV, pg 92, Ed Cep,]
“O Fundamento de nossa vocação é a eleição divina gratuita pela qual fomos ordenados para a vida antes que fôssemos nascidos. Desse fato depende nossa vocação, nossa fé, a concretização de nossa salvação.”
[João Calvino, Gálatas, (Gl 4.9), p. 128].
“A santidade inocência, e assim toda e qualquer virtude que porventura exista no homem, são frutos da eleição”
[João Calvino, Efésios, (Ef 1.4), p. 25]
Colaboração: Nilson Mascolli Filho