1.1.24

BREVE COMPARAÇÃO ENTRE PÓS-MILENISMO E AMILENISMO, PONTOS FRACOS E FORTES


BREVE COMPARAÇÃO ENTRE PÓS-MILENISMO E AMILENISMO, PONTOS FRACOS E FORTES



Tanto os pós-milenistas quanto os amilenistas compartilham a ideia de que a era milenar antecede o retorno de Cristo e a consumação. Assim sendo, as fortalezas e fraquezas estruturais de cada posição são semelhantes. A diferença marcante entre o pós-milenismo e o amilenismo reside na interpretação da natureza e do caráter da era milenar.


A principal fortaleza do pós-milenismo está na sua ênfase no otimismo histórico em relação ao Reino de Deus e ao seu poder de transformar povos da Terra antes do retorno de Cristo. Os pós-milenistas ampliam a compreensão do Reino de Deus para além das questões espirituais, abrangendo também a transformação da cultura. Obviamente, esta influência cultural vem a partir das conversões individuais e sociais, pela capilaridade da expansão da Fé Cristã nas diversas camadas da sociedade. É um erro pensar que o pós-milenismo crê que o mundo todo será convertido e que Jesus retorna a uma terra totalmente redimida, mas grande parte redimida, sim! Já para o amilenismo, Jesus retornará a uma terra tão devastada quanto Sodoma e Gomorra.


Um ponto fraco do pós-milenismo é a ampla discussão da era milenar – “quando começam os mil anos?” – Alguns deslocam a agulha temporal ao passado e outros para o futuro. Outros posicionam esta agulha histórica na conversão dos judeus, outros na derrubada do Anticristo (este podendo ser um imperador romano do primeiro século ou o chefe do Romanismo desde a Reforma Protestante ou ainda outra figura poderosa religiosa ou política na história). E por essa diversidade e outros fatores, o mesmo ponto fraco acomete o amilenismo. Neste nó interpretativo, alguns preferem refugiar-se no extremo do passado, pois na incerteza do retorno de Cristo no curso da história, se iminente ou não, existe para alguns uma atração pelo preterismo (total ou parcial), pelo entendimento de que Cristo já regressou em julgamento sobre Israel no ano 70 d.C. Este regresso em juízo para alguns é equivalente à Segunda Vinda ou apenas uma visitação de juízo. Neste sentido, são pontos fracos, pela falta de unanimidade no ensino, tanto entre pós-milenistas quanto amilenistas.


Esta incerteza interpretativa escatológica que pode cooperar para que surjam preteristas totais numa extremidade faz também, de algum modo, conduzir outros ao extremo do futurismo tribulacionista, como os amilenistas, que posicionam os eventos do retorno iminente de Cristo à consumação de todas as coisas, eventos que culminam na plenitude do Reino e da era vindoura. Cristo retornará para julgar o mundo (Mateus 13:36-43; Mateus 25:31-46; 2 Tessalonicenses 1:6-9), ressuscitar os mortos (1 Tessalonicenses 4:14-17; 1 Coríntios 15:54-57) e fazer novas todas as coisas (2 Pedro 3:3-15). Ele não retorna para estabelecer um reino (como no pré-milenismo), mas para inaugurar o estado eterno e criar um novo céu e nova terra – a consumação final. Toda a cadeia de eventos é semelhante ao pós-milenismo, com exceção do contexto histórico de declínio e decadência, de apostasia e tribulação que supostamente antecede a Segunda Vinda de Cristo.


A maior fraqueza do amilenismo é a interpretação da contenção dos grilhões das amarras de Satanás em Apocalipse 20. Se Satanás está preso e já estamos no milênio, como tudo vai piorar? Pela perspectiva amilenista, podemos realmente dizer que Satanás está preso agora? E quanto à primeira ressurreição em Apocalipse 20? João está se referindo à regeneração ou à ressurreição corporal? Estas questões requerem uma boa quantidade de explicação, especialmente porque a maioria dos evangélicos conhece apenas a visão pré-milenista. Mas o amilenismo não deve explicações apenas aos dispensacionalistas.


RM-FRASES PROTESTANTES


Referência: http://kimriddlebarger.squarespace.com/the-latest-post/2008/1/9/eschatology-q-a-what-are-the-strengths-and-weaknesses-of-the.html