28.11.19

Abandonar o Facebook não é uma opção, mudar também não


Abandonar o Facebook não é uma opção, mudar também não

O Facebook quanto mais cresce mais tem problemas, ideologias, política, futebol e religião não só se discutem como têm muitos haters, interferências, spam, trolls, vícios de likes etc. O Facebook é uma comunidade com milhares de comunidades dentro, e cada uma delas é possível encontrar todos os problemas e soluções do mundo (é só atravessar uma rua). É como uma megacidade, sempre haverá becos de usuários de drogas, pancadaria estilo Peaky Blinders, interferências de empresas e governos, mas também áreas de recreação mais tranquilas, ilhas e resorts.

Todos os problemas da grande cidade Facebook vão continuar porque se transformou em uma cidade monstruosa e não tem como corrigir todos os problemas, e este grande problema é um monumental negócio bilionário, que se o prefeito Zuckerberg mexer muito alguns acionistas da Wall Street não irão aprovar, pois não irão querer transformar um modelo de negócio bilionário que funciona. Se o prefeito Zuckerberg decidir solucionar todos os problemas da humanidade dentro de sua megalópole, acionistas irão processar a empresa e pedirão sua cabeça de CEO.

Os problemas de fake news, algoritmos segmentadores, likes dopamínicos, manipulação de dados etc, irão continuar até que surja um novo sistema, até então incerto. O Facebook é um ecossistema grande demais para consertar, é uma mega Gotham City, não leia “meiga”, mas mega. Os engenheiros são bombeiros e a imprensa (que se diz neutra e não neutra) são os incendiários. Há muita fumaça e chuvas ácidas, e é impossível mudar a arquitetura e infraestrutura, é mais fácil construir uma nova Dubai do zero no deserto. O que era para ser um condomínio tranquilo de lazer para família e amigos (ou um campus universitário) transformou-se numa mega cidade.

Raniere Menezes
Frases Protestantes

Referência: https://medium.com/newco/its-the-advertising-model-stupid-b843cd7edbe9

22.11.19

Carta de um pai a seu filho de 9 anos...

Esta carta é um convite para que o leitor seja edificado por um testemunho inspirador e redentivo de vida cristã, a carta é um tipo de escatologia individual, que revela o poder transformador de Cristo num mundo incrédulo, sem esperança, onde muitos fogem da realidade caindo em drogas e criminalidade.

A carta de um pai que não se envergonha do Evangelho, que experimentou a redenção de seu lar, da vida comunitária e social.

Nunca perca a esperança que sempre é possível recomeçar!

Link: http://www.revistacrista.org/literatura_Carta_de_um_pai_a_seu_filho_de_nove_anos.html#.Xdgy7uhKjIV

11.3.19

TODO CAMINHO LEVA A ROMA PRÉ-CONSTANTINO



TODO CAMINHO LEVA A ROMA PRÉ-CONSTANTINO

Atualmente há uma variedade tão grande de "cristianismos" que raramente alguém faz uma análise precisa, mas de modo geral a cultura enxerga os cristãos como alienados ou pessoas sem "amor", e que merecem todo castigo do bode expiatório. Com base nesse conflito, o Dr. Peter Jones questiona: E se fossemos mais legais, a cultura gostaria de nós?

As acusações são muitas e algumas com razão. Algumas linhas evangélicas se refugiam da sociedade num espírito de gueto e erguem bandeiras de moralismos extremos, outros são obcecados por dinheiro e praticam extorsão contra os pobres. Porém, a Bíblia sempre alertou contra os falsos profetas.

Mas, e se fossemos mais legais? Se fosse retirado todo discurso ofensivo do púlpito? Se buscássemos ajuda na psicologia para ajustar técnicas terapêuticas à pregação? Talvez abraçar a agenda em defesa ao meio ambiente e desenvolver mais caridades? Será que as pessoas iriam gostar de nós?

A igreja precisa alterar sua imagem e sua mensagem para agradar? Se retirássemos toda pregação sobre pecado, cruz, expiação, salvação e ficássemos somente na pauta da justiça social? Se fizéssemos palestras com menos Bíblia e mais experiências sensoriais com mais sons e imagens? Se pudéssemos abrir um grande diálogo com todas as outras religiões? Será que acabaríamos com as tensões raciais e sociais?

Não há mais UMA verdade a ser dita, mas há muitas verdades, e cada pessoa tem a sua verdade, afirmar uma verdade absoluta é cometer um crime de terrorismo religioso. Não se pode mais pregar a ética da lei de Deus, porque a partir do momento que se ataca a moralidade particular de alguém isto irá gerar fanatismo e ódio. Se o cristão não tiver preparado para ameaças e intimidações é melhor não pregar o antigo Evangelho, mas criar um novo. E muitos por medo de perseguições têm buscado sua sobrevivência na covardia.

Os alertas proféticos e apostólicos devem ser descartados? Devemos nos deixar ser levados por sutilezas de pensamentos que entram em conflito com a mensagem da cruz de Cristo? Não nos deixamos enganar, o mundo odeia a cruz.

Dr. Peter Jones destacou que estamos voltando no tempo: "Estou convicto que hoje todo caminho leva a Roma, a Roma pré-Constantino". A Roma pagã perseguiu de todas as formas os cristãos, eles sempre foram impopulares, especialmente nos primeiros três séculos. Os cristãos romanos foram acusados de canibalismo (referência a comer a carne e beber o sangue de Cristo na Ceia), tumultuadores da ordem, atrapalhadores dos negócios, imorais, incestuosos (casavam entre irmãos [na fé]), miseráveis, ateus (pois negavam o politeísmo), inventores de modas, não patriotas (não adoravam César), antissociais, causadores de desastres, verdadeiros inimigos da humanidade.

Não se engane, o mundo ainda quer que o cristianismo diga que Cesar é o Senhor, mas o cristianismo continua dizendo que "Jesus é o Senhor". Esta é a inimizade, o mundo odeia esta mensagem. Então alguns podem até mudar essa mensagem, o mundo talvez ame não ouvir, mas Jesus não amará nem um pouco.

O cristianismo quanto mais confessional e bíblico for, mais impopular será. A cultura puramente humanista é inimiga dos valores bíblicos. As pessoas buscam agradar seus sentimentos com toda forma de subjetivismo, imaginações, fantasias e ilusões, estão embaladas numa música suave e não querem ser acordadas.

Voltemos a pergunta central: E se fossemos mais legais, a cultura gostaria de nós?
A resposta é: Devemos falar a verdade e não recuar com medo da cultura.

Não podemos fazer da igreja um eterno retiro e esperar a segunda vinda.

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. -- Romanos 12:2.

Frases Protestantes
Raniere Menezes

Referência: A. ARON ARMSTRONG / JUNE 18, 2010
Truth and Lies: Dr. Peter Jones – Speaking the Gospel in a One-ist World


22.2.19

TRADIÇÃO ANTIBÍBLICA DE USOS DE IMAGENS DE CRISTO



TRADIÇÃO ANTIBÍBLICA DE USOS DE IMAGENS DE CRISTO

A transgressão de um mandamento por tradição é agravamento de ofensa.

Isto se aplica ao uso de imagens falsas de Jesus. Se você acha normal o uso de imagens ou qualquer referência pictórica de Jesus e usa somente para si, o pecado é somente seu, mas quando você se transforma num incentivador é um agravamento de ofensa.

Amar o pecado da idolatria por si só é um pecado, mesmo que não ache que é idolatria, mas não somente amar, mas também incentivar outros a amar.

Em Romanos 1.32, a Palavra exorta: ...pior ainda, aprovam as mesmas coisas que fazem....

Aprovar, encorajar, patrocinar, incentivar outros a cometer pecados é um grau maior de maldade.

Se possível não cometa pecado, mas se cometer não seduza outros, mãos dadas apenas para a comunhão não para confederar iniquidade.

Se alguém comete pecado que você não seja participante de sua maldade nem elogie quem comete.

Muitas vezes um pecado sutil se estabelece oficialmente e se transforma numa tradição.

Entre protestantes há uma tradição de achar comum imagens de Cristo na arte, por exemplo.

Jesus disse aos fariseus, “Por que vós também transgredis o mandamento de Deus por causa da vossa tradição?” (Mateus 15:3); e, “E em vão eles Me adoram, ensinando como doutrinas os mandamentos de homens” (Mateus 15:9).

Há tradições bíblicas e há tradições de invenções próprias.
Quem confia na vaidade que a vaidade seja sua recompensa.
Os católicos romanos são coerentes no pensamento deles sobre imagens, mas o protestantismo, em parte, cai no erro. Sob pretensão de piedade corrompe o mandamento.

Em primeiro lugar o uso de imagens do nosso Senhor é uma violação do segundo Mandamento: NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA... Ex 20.4-5. – Obviamente, este mandamento proíbe a adoração de ídolos, mas também proíbe o uso de imagens como auxiliares de culto e devoção. Os católicos romanos não dizem que adoram uma imagem de Cristo ou de Maria, mas que as imagens são AUXILIARES ou MEIOS os quais podem contemplar a espiritualidade divina.

Muitos evangélicos são contra as imagens criadas pelos católicos romanos, ortodoxos e anglicanos, mas criam as suas em material educacional de escola bíblica e em capas de CDs e livros, além de encenações teatrais da crucificação com muito ketchup. Há diferença substancial em dizer que a mesma imagem uma hora é usada de modo educacional ou artístico, e outra é religiosa e condenada?

Alguns dizem que representar uma imagem de Cristo numa peça de teatro não é diferente de encenar um personagem histórico como Tiradentes ou Napoleão, e não tem nada de mais nisso. Será este um argumento válido biblicamente?
Para começar, Jesus não é Tiradentes ou Napoleão, ou qualquer outra pessoa, porque Ele é Deus e homem em uma pessoa. Portanto, qualquer imagem de nosso Senhor é automaticamente religiosa ou devocional por natureza. Exemplos práticos? Quantas pessoas deram testemunhos de grandes emoções místicas ao assistir um filme da paixão ou uma encenação teatral da paixão?

Uma imagem do Salvador não pode ser considerada como um item que pertence à esfera das coisas indiferentes. Se os evangélicos querem usar simulacros do Senhor, devem encontrar permissão divina na Palavra para a sua utilização. Na Bíblia não há representações pictóricas do Senhor. Se uma representação pictórica, escultural ou teatral traz aos espectadores pensamentos de amor, devoção, louvor ou emoção religiosa, então, claramente ajuda ou dá suporte para adorar, mesmo que as pessoas não se curvem em direção a imagem ou representação e neguem que estão em pecado.
Outro aspecto, a Bíblia não dá informação suficiente para fazer uma representação fiel da aparência física de Cristo. Isaías nos diz que não havia beleza nEle (veja Is 53.2). Em Apocalipse temos uma descrição do Senhor como um Cordeiro imolado (Ap 4.6). Os apóstolos passaram anos com Jesus – estes sabiam exatamente como era o rosto de Cristo, -- mas NUNCA fizeram uma retrato artístico do Senhor. Uma vez que nenhuma imagem fiel de Cristo pode ser produzida pelo homem, todas as imagens do Salvador são falsas representações do Filho de Deus.

Vamos supor que fui um órfão de Pai, e ao completar 18 anos alguém me dá uma foto de um homem qualquer num porta-retratos e diz para que eu a use em minha sala ou em meu escritório, pois ele representa o pai que nunca vi. Será que me sentiria confortável com aquela presença estranha? Tenho que relembrar que Jesus é totalmente original, não é aquele meu “pai” postiço. Nenhuma imagem pode representar Cristo. Sl 45.2. CRISTO É O OBJETO SUPREMO DE NOSSA FÉ, ELE NÃO PODE SER FALSIFICADO. Qualquer imagem do Senhor que se baseia na imaginação do homem é idolatria, pois configura uma invenção humana, mesmo que não me curve a ela, mas a aceite naturalmente.

Um dos atributos de Cristo é que Ele é a VERDADE (João 14.6). Como ele poderá ser honrado com fantasias humanas? Por ser Deus, qualquer representação humana de Cristo é inadequada e abominável. Uma versão falsa do Messias não é menos falso que uma versão bíblica falsificada. Além do mais isso abre espaço para o coração perverso pintar Jesus de o Jesus loiro, cabelo escovado, olhos azuis, efeminado, negro, asiático, caucasiano, hippie, musculoso, galã, enfim. Isto é reverência? Isso é um lixo humanista e blasfemo.

O apóstolo Paulo diz: Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. (2 Coríntios. 5:16). Vivemos na era pós ressurreição. O Messias não é mais o manso, suave, Servo Sofredor. Agora ele é o cavaleiro do cavalo branco, o rei vitorioso, que é glorificado, que tem todo o poder no céu e na terra (Mt. 28:19).

Tudo que se coloca como fantasia, invenção humana ou falsa imagem do nosso Senhor diante dos nossos olhos ou em nossas mentes, não fortalecerá a fé bíblica, mas a corromperá e degradará. Quer conhecer o Salvador, estude, medite e memorize as Escrituras, nela o Senhor é revelado em toda a sua glória.

Toda representação de Cristo, seja do pintor ou escultor ou cineasta, é um ato presunçoso, pagão e idólatra. Não se pode separar a humanidade da divindade de Cristo, e Deus não pode ser representado sem quebrar o segundo mandamento. Imagens de Cristo são mentiras da imaginação que pervertem e degradam a doutrina bíblica de nosso Senhor.

Quer recordar biblicamente de Cristo? Ele nos deixou a Ceia para lembrarmos de Sua morte até que Ele venha. Impressões artísticas do Filho de Deus podem agitar as emoções. Elas podem trazer uma lágrima ao olho ou alegria para o coração. Mas, uma vez que são invenções da mente do homem, elas não podem santificar ou aumentar a nossa fé. Na verdade, atuam como violações não ordenadas do ensino expresso da Bíblia, e são destrutivas a fé e a santificação. "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos" (1 Jo. 5:21).

Como você pode ensinar (mesmo sendo o máximo sincero e com boas intenções) a verdade através da criação de uma mentira (ou seja, uma fantasia humana, um processamento fictício), diante dos olhos das crianças?

Há uma ilustração sobre sinceridade e boas intenções que é mais ou menos assim: “Alguns demônios vigiavam de perto um homem de boas intenções quando, de repente, ele se abaixou para pegar algo no chão. Aflitos, os demônios perguntavam entre si: O que ele encontrou o que ele encontrou? Um pedaço da verdade, respondeu um deles. Quase todos eles ficaram muito preocupados: O que faremos? O mais experiente deles, porém, procurava acalmá-los: Não faremos nada. Fiquem calmos, não há com o que se preocupar. Como não? Afinal, ele achou um pedaço da verdade. Não há com o que se preocupar, repetiu o demônio, vocês ainda não sabem o que um homem de boas intenções e apenas um pedaço da verdade pode fazer? Não! O de sempre, respondeu ele, uma nova heresia.”

Qual é a esposa que estando distante de seu marido colocaria uma foto de um estranho em seu quarto e afirmaria que era imagem do seu amado?

A igreja de hoje não está imune dos perigos da superstição e arrogante idolatria. Como Paulo advertiu, "um pouco de fermento leveda a massa toda" (1 Coríntios. 5:6).

“A imaginação do homem é uma perpétua fábrica de ídolos.” (Calvino)

“Indubitavelmente nenhuma religião existe onde há uma imagem”. Afirmamos, também, que o bem-aventurado bispo Epifânio procedeu bem quando, ao encontrar nas portas de uma igreja um véu no qual estava pintada uma figura que se dizia ser de Cristo ou de algum santo, rasgou-o e o arrancou dali, por ver, contra a autoridade da Escritura, a figura de um homem afixada na Igreja de Cristo."
Lactâncio, escritor antigo.

Como diria o nosso teólogo de Genebra, João Calvino, um iconoclasta por natureza espiritual. Transcrevo resumidamente alguns comentários de sua teologia (As Institutas, Livro I, em linguagem simplificada) Ele concisamente escreveu:

E abominação atribuir forma visível a Deus.

Os que se apartam do Deus verdadeiro, criam ídolos para si.

Capítulo 11 das Institutas, ponto I:

REPRESENTAR A DEUS POR MEIO DE IMAGENS É CORROMPER A SUA GLÓRIA

Como as Escrituras levam em conta o limitado e tacanho conhecimento humano, costumam elas expressar-se de modo acessível à mente popular, quando seu objetivo distinguir o Deus verdadeiro dos deuses falsos. Elas contrastam o Deus verdadeiro com os ídolos e, ao fazerem isso, as Escrituras não estão aprovando o que de mais sutil e elegante os filósofos ensinaram, mas estão, antes, desnudando a Loucura do mundo — mais do que isso, a sua completa Loucura—, quando, ao buscar a Deus, cada um, a todo tempo, se apega às suas próprias especulações.

Por essa razão, a definição que, por toda parte, se mostra a respeito da unicidade de Deus, reduz a nada tudo quanto os homens inventaram para si no que diz respeito à Divindade, pois somente o próprio Deus é testemunha idônea de Si Mesmo.

Por isso, pelo fato de este embrutecimento degradante ter-se apossado do mundo inteiro, de maneira que os homens procurassem representar a Deus de forma visível — forjando deuses de madeira, de pedra, de ouro, de prata ou de outro material qualquer inanimado ou corruptível —, temos de nos apegar ao seguinte princípio: Todas as vezes que se atribui a Deus qualquer forma de representação, a Sua glória é corrompida de ímpio engano. Na Lei, depois de atribuir a Si Mesmo a glória da Divindade, quando quer ensinar que tipo de adoração aprova ou rejeita, Deus acrescenta imediatamente: “Não farás para ti imagens esculpidas, nem semelhança qualquer” (Ex 20.4), palavras com as quais nos proíbe o desenfreamento de tentar representá-lo por meio de qualquer figura visível. E mostra, de maneira breve, todas as formas pelas quais, desde há muito tempo, a superstição dos homens começou a transformar a sua verdade em mentira.

2. REPRESENTAR A DEUS POR MEIO DE IMAGENS É CONTRARIAR O SEU SER

Das razões que Deus acrescenta às proibições é fácil concluir o seguinte: Primeiro, em Moisés (Dt 4.15): “Lembra-te do que o Senhor te falou no vale do Horebe: Ouviste uma voz, não viste corpo; guarda-te, portanto, a ti mesmo, para que não aconteça que, porventura, enganado, faças para ti qualquer representação”, etc. Aí vemos como Deus opõe sua voz abertamente a todas as representações, afim de sabermos que os que buscam representa-lo de forma visível se afastam dEle.

Entre os Profetas, será suficiente citar só Isaías, que é o mais enfático ao demonstrar isto, pois ele ensina que a majestade de Deus é manchada de vil e absurda invenção, quando o incorpóreo é feito semelhante à matéria corpórea, quando o invisível é representado de forma visível ou quando o espírito é feito semelhante à coisa inanimada ou, ainda, quando o imenso é reduzido a um pedaço de madeira, de pedra ou de ouro (Is 40.18; 41.7,29; 45.9 e 46.5). Paulo também raciocina de modo idêntico: “Visto que somos geração de Deus, não devemos pensar que o Divino é semelhante ao ouro, e à prata trabalhada pela arte ou invenção do homem” (At 17.29). Disto fica claro que qualquer estátua que se erige ou imagem que se pinta, para representar a Deus, simplesmente o ofende como também afronta à sua majestade.

O último parágrafo do ponto 3 diz:

Que os judeus, com entusiástica prontidão, se tenham atirado repetidas vezes — a buscar ídolos para si, com a mesma força de abundante manancial de águas borbulhantes —, aprendemos do fato de ser grande a propensão da nossa mente para com a idolatria. Por isso, atirando contra os judeus a pecha de erro que é comum a todos os homens, não durmamos o sono mortal, iludidos pelas vãs seduções do pecado.

O último parágrafo do ponto 4:

No Salmo 115, o Profeta dá ênfase à loucura que significa o fato de homens — a tal ponto dotados de inteligência — saberem que todas as coisas são movidas só pelo poder de Deus e, no entanto, implorarem auxílio de coisas inanimadas e destituídas de sensibilidade. Mas, pelo fato de a corrupção da natureza conduzir a demência tão grosseira, tanto os povos todos quanto cada indivíduo, em particular, o Espírito Santo, finalmente, fulmina com a seguinte maldição: “Tornem-se semelhantes aos ídolos aqueles que os fazem e todos os que neles põem a sua confiança” (Si 115.8). Notemos também que são proibidas não só gravuras, mas também imagens esculpidas e, com isso, refuta-se a improcedente exceção dos gregos, pois pensam que se saem muito bem se não fazem imagem de escultura, que representem a Deus, ao mesmo tempo que se divertem fazendo gravuras desenfreadamente mais do que qualquer outra gente. Pois o Senhor proíbe não apenas que se faça imagem dEle em forma de estátua, mas também que qualquer representação dEle seja modelada por qualquer tipo de artista, visto que, desse modo, Ele é representado de maneira inteiramente falsa e com grave ofensa à sua majestade.

Tomás de Aquino, reconhecido como o grande teólogo medieval da Igreja Romana, defendia plenamente o uso das imagens, defendendo que elas deviam ser usadas para a instrução das massas que não sabiam ler e que os sentimentos religiosos eram despertados com mais facilidade com o que o povo via do que pelo ouvir.

João Calvino como um bom agostiniano era enfático:

“As imagens são indignas da majestade de Deus, porque diminuem o temor dos homens e aumentam o seu erro”. E mais: “Na estupidez das imagens e na sua infeliz e absurda invenção, pode-se facilmente desprezar a majestade divina”.

Institutas 1, cap. 11, ponto 7:

AS IMAGENS DO ROMANISMO SÃO INACEITÁVEIS

Por essa razão, se os papistas tiverem um pouco de pudor, não diqam mais, de agora em diante, que as imagens são os livros dos analfabetos, porque esta afirmação está escancaradamente refutada por numerosos testemunhos da Escritura. Na verdade, mesmo que eu lhes concedesse isto, nem ainda assim, certamente, tirariam muito proveito em defender seus ídolos, pois é notória a espécie de monstruosidade que eles obrigam o povo a aceitar em lugar de Deus! De fato, que são as pinturas ou estátuas que dedicam aos santos, senão corruptíveis exemplares...

Porém, diremos também que esta não é a maneira de ensinar o povo fiel nos lugares sagrados, povo que Deus quer que seja instruído com outro tipo de doutrina. Deus ordenou que aí, nos templos, se proponha uma doutrina comum a todos, na proclamação de sua Palavra e nos sagrados mistérios. Os que são levados pelos olhos à contemplação de ídolos, em derredor —revelam que seu espírito está voltado bem pouco diligentemente para esta doutrina!

A quem, no entanto, os papistas chamam de ignorantes e cuja obtusidade não lhes permite ser ensinados senão só pelas imagens? Na verdade, chamam de ignorantes àqueles a quem o Senhor reconhece como seus discípulos, aos quais considera dignos da revelação de sua celeste sabedoria e que deseja sejam instruídos nos mistérios salvíficos do seu Reino. Certamente, admito que, na atual situação, não poucos são os que não podem dispensar as imagens como “livros”. Contudo, pergunto: De onde vem tal obtusidade senão do fato de serem eles roubados desta doutrina que, sozinha, é apta para instruí-los? E não foi por outra razão que os que presidiam às igrejas deixaram com os ídolos a função de ensinar, senão pelo fato de os próprios ídolos serem mudos! Paulo afirma que, mediante a pregação do Evangelho, Cristo é apresentado ao vivo e, de certo modo, é crucificado aos nossos olhos (Gl 3.1):

Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado?

Os iconoclastas protestantes devem concordar com a Confissão Helvética quanto ao parágrafo Imagens de Cristo, que afirma: “Embora Cristo tenha assumo a natureza humana, não a assumiu para fornecer modelo a escultores e pintores [ou cineastas]. Afirmou que não veio “revogar a lei ou os profetas” (Mat 5.17). E as imagens são proibidas pela lei e pelos profetas (Deut 4.15; Is 44.9) . Afirmou que a sua presença corporal não seria de proveito para a Igreja, e prometeu que estaria junto de nós, para sempre, pelo seu Espírito (João 16.7). Quem, pois, haveria de crer que uma sombra ou semelhança de seu corpo traria qualquer benefício para as almas piedosas? (II Co 5.5). Se ele vive em nós pelo seu Espírito, somos já os templos de Deus (I Co 3.16). Mas, “que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?” (II Co 6.16).”

Jesus disse aos fariseus, “Por que vós também transgredis o mandamento de Deus por causa da vossa tradição?” (Mateus 15:3); e, “E em vão eles Me adoram, ensinando como doutrinas os mandamentos de homens” (Mateus 15:9).


O diagnóstico de Brian Schwertley ainda permanece como protesto:

“O Catolicismo Romano foi forjado na atmosfera sincretista da idade média e, portanto, é cheio de misticismo e parafernálias que impressionaram os camponeses iletrados do século XIV. O evangelicalismo moderno foi largamente forjado na cultura americana contemporânea, onde sucesso, pragmatismo, divertimento, grandeza e estupidez são rei. Dessa forma, a adoração evangélica dos dias atuais frequentemente tem mais em comum com o show do Johnny Carson ou com um concerto de rock, do que com a adoração autorizada por Deus na Bíblia. Ambas as igrejas são humanistas, pois ambas rendem homenagem ao homem (i.e., sabedoria do homem, invenções do homem, artifícios do homem, imaginação do homem) na adoração, antes do que somente a Deus. Ambas levam à corrupção da doutrina bíblica”.

Se você é a favor do uso de imagens, pare com isso! Você está cheirando a incenso.

Frases Protestantes