1.2.22

Justiça por Moise, a Mídia Ninja e a Massa de Manobra

Justiça por Moise, a Mídia Ninja e a Massa de Manobra


Jovem congolês morto em quiosque na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro) teve pés e mãos amarrados após agressão, espancamento e morte (a serem esclarecidas). O que se sabe até agora é que tudo começou por causa de cobranças de pagamentos de salários atrasados, o congolês Moise trabalhava neste quiosque. O dono do quiosque será ouvido nesta terça-feira (01) e família de Moise aciona a OAB para cobrar identificação dos assassinos. Certamente mais uma injustiça e um crime na cidade maravilhosa. O Crime deve ser esclarecido e a sociedade aguarda justiça.


Trata-se de mais uma morte violenta no Rio de Janeiro, que está entre as cidades mais violentas do Brasil e do mundo. O que também deve chamar a atenção é o modo de operação e o oportunismo da militância esquerdista na Internet. Deve haver justiça? SIM, mas a atuação dos condutores da massa de manobra merece repúdio. O interesse de grupos da esquerda que manipula mídia e massa não é por justiça, mas por benefícios próprios. Não é pelo bem comum. O militante que manobra o idiota útil não age por justiça. É importante discernir isto e que o cidadão consciente e politizado tire sua própria conclusão.


Primeiro: A repercussão do caso na mídia e redes sociais tem um efeito positivo, pois as autoridades darão prioridade para resolver. Resolver o caso (de modo penal) é o que deve colocar ponto final. PORÉM, é importante observar que a Mídia Ninja, militantes em ambientes da Internet agem como urubus sobre cadáveres. A Mídia Ninja não é exatamente um grupo, mas uma rede com atuação de militância em protestos de movimentos identitários (o que em parte é legitimo dar voz a minorias e denunciar perseguições, violências e injustiças).


MAS que fique claro que não existe neutralidade (e bondade) política nesta militância. A rede de protesto tem método e um pequeno grupo age como uma fagulha para pautar mídias e usuários nas redes. É um movimento em ondas e camadas nas redes. Exemplo: Subiram a # JusticaPorMoise e as postagens protestam contra a morte do jovem e exigem justiça, as postagens aumentam em volume por horas ou dias, protestos válidos contra injustiça, violência, covardia, apelo ao governador, à ONU, aos direitos humanos, por direitos aos refugiados, apelo ao prefeito e a polícia se misturam com discursos maliciosos.


Segundo: Observa-se até aqui que é válido protestar e dar voz ao clamor por justiça e contra esta covardia, mas o movimento politizado da esquerda voa em círculo como abutres numa notícia potencialmente útil para a militância (amanhã esta militância já estará em outra pauta). O método é colocar gasolina na fogueira, às vezes literalmente. A narrativa cresce e tende a ser uma fagulha para tentar agitar ondas maiores nas quais o proveito político seja maior. O que seria um crime contra a pessoa se torna um crime identitário. "Morreu porque era negro", "morreu porque era refugiado"....”pegaremos em armas”... “Vidas negras importam”....“sofreu violência do Brasil neocolonial, neoliberal, autoritário, fascista etc.... (todas estas palavras são usadas) cartazes são produzidos com a arte do rosto do congolês, e os pedidos vão além da justiça, as postagens pedem morte aos assassinos....morte aos brancos e ricos da Barra da Tijuca.



Circulam Charges retratando personagem da Ku Klux Klan matando um personagem negro, e uma legenda que o Brasil é racista. Esta é a máquina de propaganda militante, não é por justiça, mas simplesmente para criar discórdia na sociedade brasileira. Circulam twitter tipo: “Pessoal que fez aquela intervenção lá no Borba Gato, tem um quiosque no Rio de Janeiro aguardando vocês pra uma nova intervenção”. Outra charge: um personagem da Ku Klux Klan servindo água de coco a uma pessoa branca no calçadão, na mesma cena uma mulher branca com uma criança num carrinho de bebê com uma babá negra e ao fundo homens espancando uma pessoa no chão por trás do quiosque. Desde quando isto é justiça? Defesa dos direitos humanos?



Terceiro: Perceba que o movimento é valido enquanto aumenta a pressão para acelerar a investigação e mais gente ficar sabendo do caso, porém os abutres militantes políticos bicam as vísceras e acusam os moradores da Barra da Tijuca por serem brancos e ricos. O crime ainda está sendo investigado, mas para os abutres da mídia ninja foi um crime de racismo e xenofobia. A política identitária tem seu lado positivo, mas o modo como extrapola comete injustiça enquanto clama por justiça. Querem igualdade e promovem separação. Esta é a intenção dos militantes politizados, outros são massa de manobra. As aspirações podem ser justas, mas a prática é inflamar a sociedade e gerar mais conflitos; em nome da justiça promovem injustiças. A inflamação gerada não tem nada de justiça por direitos. Não é a primeira vez que a rede militante esquerdista tenta emplacar um Black Lives Matter tupiniquim, e não vão parar de tentar.


De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2019, 42,7% dos brasileiros se declararam como brancos, 46,8% como pardos, 9,4% como pretos e 1,1% como amarelos ou indígenas. Se existe uma supremacia no Brasil é a supremacia parda, o que seria um absurdo étnico-racial. Não seja massa de manobra, seja você branco, negro, pardo, amarelo ou índio. Apenas fure a bolha.


Raniere Menezes

Frases Protestantes