A CHAVE CRIPTOGRÁFICA DA CARTA DE APOCALIPSE
Se nem os tribulacionistas/futuristas de hoje conseguem
entender Apocalipse, o que dirá de alguma interceptação da Carta de João pelo
Império Romano? Nem se o governo romano do primeiro século tivesse a máquina
Enigma do século XX decifraria a linguagem de João. Sua simbologia é proposital
como uma carta que só poderia ser "descriptografada" por sua
audiência primária. E nós, hoje, só podemos entender a carta nos aproximando ao
máximo do entendimento da audiência primária, conhecendo seu contexto histórico
e geográfico. O futurismo e tribulacionismo favorecem apenas aos dominadores de
rebanho ao longo da história.
A Carta de Apocalipse tem características que não permite
lançar profecias futuristas:
1. Por toda Carta há um forte senso de urgência e
acontecimentos iminentes.
2. Há destinatários (audiência primária) históricos e
geograficamente claros. -- Ap 2,3.
3. A linguagem simbólica é fortemente judaica. A audiência
primária deveria conhecer muito o Antigo Testamento.
4. Destinada as 7 igrejas da Ásia Menor com infiltração
religiosa de judaizantes e outras seitas históricas e extintas como nicolaítas,
seguidores de Balaão e Jezabel. – Ap 2,3. – 2/3 da Carta faz alusão ao Antigo
Testamento.
5. O templo é dito como existente. -- Ap 11.
6. Havia adoração ao imperador romano. -- Ap 13.
7. A ênfase da Carta é a destruição de Jerusalém e vitória
do Cristianismo sobre Roma.
8. Os relatos históricos do historiador do primeiro século
Flávio Josefo confirmam as profecias de Mateus 24, Lucas 21, Marcos 13 e
Apocalipse.
9. Há dados cronológicos, culturais, históricos que
convergem para o século primeiro e não século XXI.
10. Se os futuristas que lançam Apocalipse sobre cada
geração e se cada geração espera seu fim, a igreja histórica não conseguiria
planejar a longo prazo como sempre fez e continua fazendo.
Raniere Menezes
Colaborador da REVISTA CRISTÃ.ORG (http://www.revistacrista.org/)