28.12.14

Filme Exodus: Deuses e Reis, de Ridley Scott



Filme Exodus: Deuses e Reis, de Ridley Scott

O filme não é sobre o Moisés bíblico nem o Êxodo judaico, mas é sobre como pensa o cineasta Ridley Scott. O filme não tem a cosmovisão bíblica. Ridley Scott é sem dúvida um grande mestre das artes visuais, basta lembrar do filme Gladiador em 2000. E os efeitos do seu atual filme são dignos do orçamento de milhões de dólares, um show a parte.

Scott já havia dito a imprensa americana que não seria ortodoxo em fazer um filme bíblico. E realmente ninguém deve esperar isso, deve-se esperar apenas uma aventura épica. Ao estilo do clássico Odisseia ou Gladiador. É uma aventura que retrata seu herói desejando voltar para casa.

Contudo, colocar o Deus de Moisés como uma criança não parece ser muito respeitoso. Com certeza ele não colocaria o deus de Maomé dessa forma, pois ele teria que mudar seu estúdio para a lua. Se você não se importa como o seu deus é tratado que deus é o seu? Não adianta ninguém dizer que “é só um filme” e que não deve ser tão criticado. Mas não é qualquer filme, é um filme que distorce um livro sagrado.  E merece ser colocado em seu devido lugar.

O cineasta se define como um AGNÓSTICO (uma forma de ateísmo sofisticado). Mas nega que tenha colocado sua lente para criar o personagem Moisés. Ele disse que apenas se colocou no lugar de Moisés. Quem acredita? (rs) O Moisés do filme é o espelho do diretor. Segue uma lista de ALGUNS aspectos da lente do cineasta Ridley Scott:

1. Deus é figurado como uma criança birrenta e temperamental (um tipo de Ben 10). Uma forma de ridicularizar Deus.

2. Moisés é retratado como um homem frio, bárbaro e esquizofrênico.

3. Moisés é pintado como um líder terrorista contra o Império Egípcio. 
Tendência anti-israelense de esquerda dos cineastas de Hollywood? 
(Paradoxalmente o diretor é acusado de sionista pelos egípcios).

4. Biblicamente, Moisés não era um general a serviço do Egito, acho que essa ideia de general veio do filme Gladiador.

5. Faraó amava mais Moisés, como filho adotivo, do que a seu filho verdadeiro, Ramsés. Esta ideia derivou do filme o Gladiador? 

6. Deus é apenas uma metáfora e os milagres ganham explicações naturalistas. A Bíblia não negocia as passagens sobre milagres.

7. O Mar Vermelho não abre, acontece um efeito tsunami ou maré baixa.

8. A Lei de Deus foi gravada por Moisés, enquanto a Bíblia diz que foi escrita pelo dedo de Deus.

9. O roteiro é tendencioso ao humanismo secular, ao ateísmo e agnosticismo.




Raniere Menezes