Salmo 126 - GRANDE ALEGRIA PELO LIVRAMENTO E ESPERANÇA PELA COLHEITA
Autoria desconhecida, pode ter sido um levita ou profeta.
O Salmo foi composto durante o regresso do povo hebreu do cativeiro babilônico.
A profecia de Jeremias, que designara setenta anos para o fim do cativeiro, realmente se cumprira [Jr 25.12e 29.10]. Deus não esquece suas promessas!
ESTÁ DIVIDIDO EM 3 PARTES:
PARTE 1. O salmista exorta o povo que havia regressado do cativeiro à gratidão e louva de modo sublime a graça do livramento. Estavam voltando para sua pátria pela mão de Deus e não por qualquer favor dos homens ou por acaso ou sorte.
PARTE 2. O salmista faz uma oração para que Deus aperfeiçoe a obra que Ele mesmo havia começado.
PARTE 3. O salmista fortalece sua esperança que haverá restauração plena e total mas sabe que não é algo imediato, essa possível demora pode lhe trazer fadiga mas a sua esperança é que embora a semente fosse regada com lágrimas a colheita será com grande alegria.
É um salmo que não deixa lugar para a ingratidão, porque sem dúvida foi obra de Deus.
O profeta estava exortando os fiéis à paciência quanto ao futuro.
Por isso, o profeta, não sem razão, os exorta a labutarem diligentemente e a perseverarem em meio às contínuas dificuldades, sem esmorecerem, até que estivessem em circunstâncias mais favoráveis.
Nossa vida é comparada ao período de semeadura. E, visto que, frequentemente, acontece que temos de semear em meio às lágrimas devemos elevar nossa mente à esperança da colheita, para que a tristeza não enfraqueça ou afrouxe nossa diligência.
Aprendamos a aplicar nossa mente à contemplação do resultado que Deus promete. Assim, perceberemos que todos os crentes têm um interesse comum nesta profecia de que Deus não só enxugará as lágrimas dos olhos deles, mas também difundirá júbilo indizível no coração deles.
Outras aplicações finais:
Deus dá livramento para sua igreja para que possamos nos alegrar nele. O grande livramento nos deixa como quem sonha um sonho bom e não queremos ser acordados!
A redenção em Cristo nos livra da ira, nos livra da escravidão do pecado e da escravidão a satanás!
Raniere Menezes
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Referência:
João Calvino
Este Salmo 21 é uma ação de graças solene e pública pela grande alegria do rei Davi. É muito parecido com o tema do Salmo 20.
O rei Davi se alegrou na força do Senhor, e grande foi a sua alegria com as vitórias que o Senhor deu a ele. "Grandemente se regozija", ele se alegrou como quem grita de alegria.
Este é um salmo de triunfo, uma vitória que veio através da oração. (Verso 2)
O salmo 21 tem uma divisão temática clara. Dos versos de 1 a 7 temos a ESSÊNCIA do reino, sua felicidade interior, do verso 8 ao 13, temos sua AÇÃO, sua força contra seus inimigos.
O propósito do Espírito Santo aqui no salmo 21 é dirigir a mente do crente para Cristo, o Rei dos reis. E para a perfeição do reino de Cristo.
Davi poderia ter rendido graças a Deus em particular, de modo discreto, mas era sua intenção enfatizar que Deus o colocara no trono e que todas as bênçãos que Deus lhe deu abençoavam o seu povo também, os súditos de Davi.
Deus ouvia as orações de Davi e lhe concedia o que desejava. Do mesmo modo, Deus não rejeita as nossas orações visto que o próprio Cristo intercede por nós.
É um salmo que fala sobre o rei Davi mas aponta para a o Rei Jesus, Rei de sua linhagem, o Rei Eterno e imortal.
A confiança dos súditos de Davi estava em saber que Davi servia um Rei maior. A nossa esperança e confiança estão no Rei, e o Rei Jesus colocou sua dependência em Deus, totalmente. -- Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. João 6:38
Dos versos de 1 ao 7 do Salmo 21 retratam a paz e alegria excelentes, e essas coisas excelentes são garantidas e fortificadas contra os ataques dos inimigos, que estão demonstradas a partir do verso 8.
Os inimigos de Cristos não desistem da malícia e desejo de fazer o mal, por isso nos gloriamos no Senhor que é um Rei que nos protege, que coloca sua mão como um escudo diante de nós para nos defender. A tua mão alcançará todos os teus inimigos, a tua mão direita alcançará aqueles que te odeiam (v.8)
O verso 9 fala da VINGANÇA do Senhor contra seus inimigos:
Tu os farás como um forno de fogo no tempo da tua ira; o Senhor os devorará na sua indignação, e o fogo os consumirá.
Salmos 21:9-10
O juízo foi confiado a Cristo, Ele que lança seus inimigos no fogo eterno. A nós cabe nos humilhar debaixo de sua poderosa mão e cruz. Ter paciência e confiança que um dia Cristo punirá a todos os seus inimigos.
V.10. Destruirá da terra seu fruto, é uma amplificação da grandeza da ira de Deus que se estenderá até mesmo aos filhos e netos dos inimigos de Cristo.
Dos versos 11 ao 13 Davi dá a razão da ira de Deus sobre o que fazem guerra contra Ele.
Deus apontará suas armas contra eles mesmos. Ao crente cabe a paciência para esperar que Deus em tempo oportuno conduza seus inimigos ao extermínio.
No verso 13 o salmo é concluído como uma oração:
Exalta-te, Senhor, na tua força.
Salmos 21:13
O salmo termina com oração e louvor pela grandeza desse Rei, que é o terror para o perverso e doce consolação para os seus, isso deve inspirar gratidão e louvor em nós e que celebremos com cânticos de louvor e com ações de graça sua grande graça.
APLICAÇÃO:
Feliz a nação ou o individuo que confia na força do Senhor, que confia em Deus para apoiá-lo. Todas as nossas bênçãos são bênçãos de Deus, não por qualquer mérito nosso, mas apenas pela bondade divina.
Quando as bênçãos chegam mais cedo ou de surpresa, e quando se temia o contrário, a alegria é grande!
Cristo, o rei, o maior exemplo (Davi é uma figura desse rei) se fortaleceu em Deus Pai, resistiu as tentações e pecados, manteve os seus em segurança até o fim, apoiou os seus em todas as tribulações e concluiu o trabalho nas almas até o fim, essa foi a alegria de Cristo, e nesta salvação se alegrou grandemente.
V. 3. Bênçãos de bondade. -- é um pleonasmo, uma figura de estilo, uma ênfase, pois uma benção é um ato de bondade.
O coroamento do verso 3 é referente a Cristo. Sua vitória sobre todos os seus inimigos, o pecado, satanás e do mundo, a morte e o inferno. E por sua graça Ele compartilha essa vitória com os seus. -- Efésios 1: 3, Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado.
Grande é a sua glória pela tua salvação; glória e majestade puseste sobre ele. Pois o abençoaste para sempre; tu o enches de gozo com a tua face. Salmos 21:5-6
O salmista ensina a olhar para a frente com fé e esperança.
Deus abençoou tanto a Davi derrubando todos os seus inimigos, que Davi tipifica Cristo nas vitórias sobre os inimigos.
Aquele que se achega perto de Cristo como Senhor e salvador e o rejeita e luta contra ele, deve trazer a memória somente a figura do verme que nunca morre.
Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade. Romanos 11.22. – DEVEMOS CONSIDERAR EM TODO TEMPO A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS.
Quão grande deve ser a nossa alegria em contemplar o Cristo vitorioso que vence todos os seus inimigos. Um Deus que é BONDOSO para conosco e SEVERO para com seus inimigos.
Deus favoreceu Davi por causa dessa confiança!
Porque o rei confia no Senhor, e pela misericórdia do Altíssimo nunca vacilará. Salmos 21:7
É um salmo sobre confiança e vitória. Confiemos em Deus! Cantemos louvores!
Por Raniere Menezes
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Referência:
João Calvino
Matthew Henry