10.9.24

O Dilema do Porco-Espinho e a Comunhão Cristã em Hebreus 10:25



O Dilema do Porco-Espinho e a Comunhão Cristã em Hebreus 10:25

 

Alerta: Este artigo não é direcionado aos desigrejados militantes que buscam apenas não ter nenhum compromisso com a Igreja de Cristo e Seu Reino, mas sim pela verdade e contra os dominadores de rebanho.

 

As relações humanas são complexas, e a convivência entre as pessoas nem sempre é fácil. A parábola do porco-espinho, popularizada pelo filósofo Schopenhauer, ilustra bem essa complexidade. Da mesma forma que porcos-espinhos tentam se aquecer no frio, mas acabam se ferindo com seus espinhos, os seres humanos buscam proximidade, mas muitas vezes se machucam com as imperfeições uns dos outros. A Igreja é composta de pessoas, e as pessoas são falhas. Essa parábola reflete o que muitos de nós vivemos em nossos relacionamentos pessoais, incluindo a vida na igreja.

 

Por outro lado, Hebreus 10:25 nos lembra da importância de "não deixarmos de congregar-nos". Mas como equilibrar a necessidade de estar em comunidade, especialmente quando essa convivência pode gerar dor ou desconforto? Esse versículo oferece uma visão mais profunda sobre a necessidade de perseverança e de manter-se unido com outros fiéis, mesmo em meio aos desafios. Qual é o limite da convivência em uma comunidade institucionalizada? Existe algum limite?

 

O Dilema do Porco-Espinho

 

Na parábola de Schopenhauer, os porcos-espinhos tentam se aquecer uns aos outros em uma noite fria. No entanto, cada vez que se aproximam demais, acabam se ferindo com seus espinhos e, por isso, precisam encontrar uma distância ideal para evitar dor, sem perder o calor. Essa metáfora tem um significado para as relações humanas. Ela nos ensina que, embora a proximidade seja essencial para a sobrevivência e convivência, é necessário estabelecer limites para evitar machucar os outros ou ser machucado.

 

Na vida cristã, muitas vezes buscamos a proximidade uns dos outros na comunhão da igreja. Queremos compartilhar nossa fé, apoiar nossos irmãos e ser apoiados. Mas, assim como os porcos-espinhos, nem sempre conseguimos nos relacionar sem que haja fricções ou mal-entendidos. Esse é um dos aspectos do problema de convivência, além de outros, como a tolerância aos pecados e heresias em uma igreja. Muitos líderes religiosos agem como dominadores de rebanho e, na ponta do chicote, amarram o versículo de Hebreus 10:25. Até que ponto devemos aceitar abusos, imposições injustas, incredulidade, heresias e pecados em uma igreja? "Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que Ele comprou com o Seu próprio sangue" (Atos 20.28).

 

A Sabedoria de Hebreus 10:25

 

O versículo de Hebreus 10:25 nos admoesta a não abandonar a congregação, especialmente em tempos de dificuldade: "Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns, antes façamos admoestações uns aos outros, e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia." A mensagem vai além da frequência aos cultos; fala sobre perseverança e comunhão em meio aos desafios. O contexto é de forte perseguição religiosa externa, e muitos não suportariam, esvaziando as reuniões.

 

Assim como os porcos-espinhos precisam encontrar uma distância ideal para conviver, o alerta de Hebreus nos exorta que, apesar dos espinhos nas assembleias, o calor da unidade cristã é essencial. A igreja é composta por pessoas imperfeitas, mas isso não significa que devemos desistir da comunhão por razões não justificadas biblicamente. Pelo contrário, é na comunidade que encontramos encorajamento para crescer e enfrentar os desafios da vida cristã. Contudo, o texto se refere à perseguição, e não ao abuso de poder de líderes religiosos, que muitas vezes, com voz mansa e suave, oprimem o rebanho e ameaçam com isolamento quem discordar. Que fique claro: a Bíblia não permite o uso de Hebreus 10:25 como uma ameaça, como muitas vezes acontece.

 

Relacionamentos na Igreja: Entre Espinhos e Calor

 

A parábola do porco-espinho nos ensina a importância dos limites nos relacionamentos. Quanto ao congregar, não se deve abandonar uma congregação fiel por qualquer motivo; a razão deve ser bíblica, não por capricho. De modo geral, Hebreus 10:25 nos exorta sobre a necessidade de permanecer conectados com nossos irmãos de fé, mas de forma específica, o texto trata de um problema histórico grave de perseguição. Em ambas as situações, o desafio é encontrar o equilíbrio. Na igreja, é inevitável que haja momentos de atrito, desentendimentos ou frustrações, mas isso faz parte do processo de convivência, e tudo deve ser tratado com amor, misericórdia e justiça, aplicando disciplinas justas, como ensinadas em Mateus 18: "Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. Mas, se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas. Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e, se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano" (Mateus 18.15-17). Sem manipulação política ou interesses pessoais de dominação. Jesus é o nosso Libertador, e nenhum homem pode nos escravizar. Somos livres, inclusive para cobrar que não se faça mau uso de Hebreus 10:25.

 

Hebreus nos encoraja a continuar congregando, a sermos pacientes uns com os outros e a buscar soluções para as dificuldades que surgem, confiando que Deus trará alívio contra perseguições injustas e reais à Igreja. A ideia aqui não é fugir ou se isolar quando as coisas se tornam difíceis, mas aprender a conviver com os espinhos de maneira saudável, sem perder o calor da unidade.

 

Lições para a Vida Cristã

 

Tanto a parábola do porco-espinho quanto o ensino de Hebreus 10:25 oferecem lições valiosas para nossa vida em comunidade:

 

1. A Proximidade é Necessária, Mas Requer Cuidado: Assim como os porcos-espinhos precisam de proximidade para sobreviver ao frio, nós, cristãos, precisamos da comunhão com o Espírito Santo e com a Igreja para crescer na fé. Mas essa proximidade exige paciência e sabedoria para lidar com as imperfeições dos outros.

 

2. Estabeleça Limites Bíblicos: Em qualquer relacionamento, é importante encontrar uma distância adequada para evitar conflitos desnecessários. Isso se aplica tanto à vida pessoal quanto à comunhão na igreja. As Cartas Pastorais são verdadeiros manuais para convivência, comunhão e unidade na fé. Não devemos admitir o mau uso de Hebreus 10:25.

 

3. Perseverança em Meio às Dificuldades: Hebreus 10:25 nos exorta a perseverar, especialmente quando as coisas ficam difíceis. Não devemos abandonar a comunhão por causa de atritos ou mal-entendidos. Muitas pessoas se tornam carrascas do próximo com muita facilidade; esse espírito religioso sem amor é assassino. Foi esse espírito que matou nosso Senhor.

 

4. A Comunhão é um Refúgio, Não uma Perfeição: A igreja é composta por pessoas imperfeitas, e é importante lembrar que a comunhão não é um lugar de perfeição, mas de crescimento e encorajamento mútuo, um lugar de fé, ensino, conselho e poder. Um lugar de cura e libertação, um lugar de adoração. No entanto, quando uma igreja se torna apenas um lugar de doutrina de homens, conselhos políticos e incredulidade, temos o dever de não congregar. "Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em uma língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja" (1 Coríntios 14.26).

 

O dilema do porco-espinho e a exortação de Hebreus 10:25 nos ensinam que as relações humanas, incluindo as relações na igreja, são complexas. A comunhão se torna um desejo sincero de corações regenerados, e não uma imposição institucional. Precisamos de proximidade, intimidade e comunhão com Deus e com os irmãos, mas também de limites bíblicos. Que possamos aprender a lidar com os espinhos da vida cristã, sem perder o calor e o apoio que a verdadeira comunhão nos oferece.

 

Ore, medite e pense em toda a experiência circunstancial do problema e como ela pode afetar sua vida e a de outros. Mantenha um diário e registre tudo que está acontecendo referente ao problema. Você está indo ao confronto por uma causa real ou por um espantalho? Observe seus padrões de comportamento e perceba seus limites. O inimigo vai encontrar brechas em cismas e rachas; observe quais atitudes ou pessoas drenam sua energia física e mental. Procure pessoas mais experientes e de confiança, e converse sobre a situação. Não seja um homem-bomba; resolva as questões mais difíceis com firmeza e esteja preparado para conversas difíceis e, muitas vezes, injustas. Se houver injustiça, esteja do outro lado. Não esteja do lado dos covardes e assassinos. Entregue o caso ao Advogado e não tente fazer o trabalho dEle. Seja claro na defesa da verdade, ore e peça a Deus para falar as palavras certas na hora certa. Busque o momento e local adequados para que tudo seja resolvido com paz. Prepare-se emocionalmente: reconheça que pode ser desconfortável, mas é necessário. Tenha um plano de saída: se a conversa se tornar muito intensa, saiba como encerrá-la respeitosamente.

 

Viva um evangelho autêntico, uma vida cristã integral, com pessoas que vivem a verdade, que vivem a fé, onde você se sinta respeitado, onde haja paz, onde você não se sinta com ressentimento e frustração. Tenha e busque relações mais autênticas, nas quais você tenha a liberdade e a confiança para proclamar a verdade. Certamente, ao tomar algumas dessas atitudes, haverá redução de conflitos desnecessários. Enquanto o problema não for resolvido da melhor forma, evite tratar disso em locais inadequados e minimize o contato por um tempo. Se possível, reduza a frequência e duração das interações com essa pessoa ou pessoas confrontadoras. Lembre-se de que você não é um Lutero, que enfrentou o maior poder religioso e político do século XVI. Tente entender por que a pessoa está agindo contra sua posição, mas não comprometa seus limites nem os da Palavra. Considere encerrar seu ciclo em uma denominação se não houver conciliação. Se o desrespeito persistir ou se tornar abusivo, não hesite em buscar um lugar de paz, se necessário.

 

Ore e estude, esteja preparado para os argumentos e prepare respostas assertivas para as objeções. É difícil encontrar equilíbrio entre a defesa da fé e um debate que não seja carregado emocionalmente. Respire, tenha calma. Fuja de escândalos e tropeços. É possível dialogar de maneira não confrontacional, expressando o desejo de paz, por zelo pela verdade e pela Igreja. Se a conversa se tornar improdutiva, encerre-a respeitosamente. Tenha recursos de apoio em mãos, se necessário; tenha informações, artigos, livros ou outros materiais que possam esclarecer melhor sua posição. Estando do lado da verdade, em nenhuma hipótese permita que alguém use Hebreus 10:25 contra sua decisão de se afastar da assembleia.

 

Não Abandonando o Contexto: Aprofundando em Hebreus 10:25

 

Vincent Cheung escreveu ironicamente um artigo intitulado "Não abandone o contexto", um corretivo para quem faz multiuso de "não deixemos de congregar" e "não abandonemos a igreja". Não abandone o contexto de Hebreus 10; não deixe de examinar o contexto. O versículo de Hebreus 10:25, "Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações uns aos outros, e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia", muitas vezes é interpretado apenas como um comando direto para a frequência à igreja. Mas qual é o verdadeiro contexto e aplicação deste versículo? Ao analisarmos, percebemos que ele vai além de uma simples admoestação para comparecer às reuniões religiosas.

 

A Natureza da Igreja Terrena hoje: Divina e Imperfeita

 

De início, é essencial entender que a igreja, como instituição, foi projetada por Deus e é fundamentada e construída por Cristo. Portanto, minar seu valor ou impedir seu progresso é se opor a Cristo. Entretanto, também devemos reconhecer que cada congregação local é imperfeita, composta por seres humanos falhos. Ainda assim, essa imperfeição não invalida a legitimidade da igreja. Essa compreensão é fundamental para o restante da discussão.

 

O Contexto de Hebreus 10:25

 

Frequentar a igreja regularmente é, em princípio, uma prática bíblica desejável e louvável. Mas alegar que a frequência é sempre boa, independentemente das circunstâncias ou doutrinas, seria um erro. Hebreus 10:25 tem sido usado repetidamente para pressionar as pessoas a se comprometerem com uma igreja, sem considerar o contexto em que essa ordem foi dada. Isso, no mínimo, é um abuso de poder religioso. A mesma imposição interpretativa que diz a todos que saem de uma comunidade: "Saiu porque não era do nosso meio", ou ainda, "A fé é para poucos", e quem fica é "o remanescente fiel" e "Poucos são eleitos, muitos são chamados"... e por aí vai.

 

A Bíblia, embora poderosa, muitas vezes é utilizada fora de contexto para servir a interesses pessoais. Quando um versículo é isolado de seu significado original, ele pode ser distorcido para justificar ideias ou ações contrárias à verdade. Um exemplo é o mandamento "Honra a teu pai e a tua mãe", que tem sido usado por pais para manipular seus filhos. Mas esse mandamento, assim como Hebreus 10:25, deve ser entendido no contexto da lei de Deus, que impõe limites à autoridade. Biblicamente, o filho não deve obedecer a uma ordem não bíblica e injusta dos pais.

 

Contexto e Sabedoria: O Perigo de Conselhos Tolos

 

Outro exemplo de má interpretação bíblica é o provérbio "Na multidão de conselheiros há segurança". Esse versículo tem sido usado para forçar indivíduos a seguir conselhos imprudentes. Mas a sabedoria de Provérbios pressupõe que os conselheiros sejam piedosos e sábios, e não pessoas sem temor a Deus.

 

A Superioridade de Cristo: O Tema Central de Hebreus

 

Para compreender plenamente Hebreus 10:25, precisamos considerar o tema central da carta: a superioridade de Cristo sobre o sistema judaico. O autor de Hebreus destaca que Cristo é superior a Moisés, aos profetas e aos sacerdotes, e que sua aliança é melhor e definitiva. O contexto da carta é dirigido aos judeus que estavam tentados a abandonar Cristo e voltar às antigas práticas religiosas. A Igreja Primitiva rompeu radicalmente com o judaísmo, de modo irreversível, e nada poderia reparar esse afastamento, nem mesmo a perseguição.

 

O chamado para não abandonar a congregação está profundamente enraizado nesse contexto. Os cristãos judeus estavam em risco de deixar a fé em Cristo e retornar às suas antigas tradições. A exortação de Hebreus 10:25 não é uma ordem genérica para a frequência à igreja, mas um apelo para permanecer firme em Cristo e na comunidade de fé, especialmente em tempos de perseguição e dificuldades.

 

O Contexto Restritivo do Versículo

 

A compreensão do contexto de Hebreus 10:25 é crucial para aplicá-lo corretamente. Ele foi escrito em um momento em que muitos judeus-cristãos estavam sob intensa pressão para abandonar o cristianismo e retornar ao judaísmo. A exortação, portanto, não é simplesmente sobre frequentar uma igreja local, mas sobre permanecer na comunhão dos santos e na fé em Cristo, diante da tentação de recuar. Esta exortação é válida hoje para aqueles que pensam em abandonar o Evangelho para retornar à Igreja Católica Romana. Hebreus 10:25 está muito mais conectado à ilustração do cão que vomita e depois come o vômito.

 

Quando aplicamos esse versículo aos dias de hoje, devemos considerar o contexto em que ele foi escrito. Não se trata de um chamado irrestrito para comparecer a qualquer igreja, independentemente de sua doutrina ou prática, mas de um encorajamento a perseverar na fé cristã e na comunhão com outros crentes.

 

Conclusão

 

Hebreus 10:25 é uma exortação poderosa para não abandonarmos a comunhão com outros crentes, especialmente em tempos de dificuldade. Sua aplicação, contudo, deve ser feita com discernimento, considerando o contexto original e as circunstâncias daqueles que o leem hoje. A verdadeira obediência a este versículo não reside em frequentar uma congregação por obrigação, mas em participar ativamente de uma comunidade de fé centrada em Cristo e na verdade do evangelho.

 

O versículo exige fidelidade a Cristo e não deve ser explorado por líderes da igreja para manipular o povo a tolerar heresia e abuso. Ou a Igreja de Satanás poderia usar esse versículo também? No contexto, ele fala que não devemos abandonar a assembleia por medo da perseguição das autoridades. Como isso é relevante quando muitas igrejas abandonaram a palavra de Deus há muito tempo? De que adianta não abandonar a assembleia se, durante a reunião, não se faz o que é certo?

 

A Bíblia diz que, em uma reunião da igreja, alguém ensina, alguém tem uma revelação, alguém fala em línguas, e outro profetiza. Isso acontece na sua igreja? Se não, por que continuar se reunindo? E nas igrejas que afirmam ter revelações, línguas e profecias, há uma série de abusos que afrontam a Palavra.

 

Durante a pandemia de 2020, muitas igrejas fecharam suas portas e suspenderam suas assembleias, seja por medo do vírus ou da perseguição governamental. As igrejas não devem suspender as assembleias por medo de perseguição, mas muitas têm medo de ensinar o que a Palavra de Deus diz sobre milagres de cura. Que diferença faz se essas igrejas continuam se reunindo?

 

Muitas igrejas têm perseguido aqueles que praticam o que a Palavra de Deus ensina sobre milagres de cura. Que diferença faz se essas igrejas abandonam a assembleia? É tudo uma farsa. O versículo nos orienta a não abandonar a assembleia para permanecermos fiéis a Jesus Cristo. Mas se as próprias igrejas rejeitaram há muito tempo os ensinamentos de Jesus Cristo, então permanecer fiel a Ele pode significar abandonar a assembleia dessas igrejas.

 

Os cristãos não devem continuar se reunindo por medo de perseguição das igrejas. Tenham coragem de abandonar a assembleia, mesmo que essas igrejas os condenem. Cristãos, se as igrejas não ensinam as promessas de cura de Deus e não praticam o ministério de cura milagrosa em nome de Jesus, mesmo que os ameacem com perseguição, não se reúnam. Vocês, na verdade, têm o direito de confrontar essas igrejas com a Palavra de Deus.

 

As igrejas estão agora na mesma posição daqueles que perseguiram os primeiros discípulos. Usar um versículo como Hebreus 10:25 para ameaçar alguém seria tão absurdo quanto os judeus que perseguiam os crentes utilizarem o mesmo versículo para forçar os cristãos a frequentarem suas sinagogas ou a Igreja Católica perseguir evangélicos para que retornassem.

 

O versículo trata da fidelidade a Jesus, não à igreja. Se uma igreja é infiel a Jesus, rejeitando Seus mandamentos e promessas, continuar a se reunir nela é comprometer a verdade. Quando você vai levar Jesus Cristo a sério? Quando a pandemia acabar, não se reúna em igrejas que pregam a descrença e a doença. Não vá a uma igreja apenas porque diz "cristã" na porta. Ouça o que ela ensina. Observe o que ela faz. Se não segue a Jesus nessa questão da cura, abandone a assembleia. Alguns falam sobre cura, mas só da boca para fora. Se não há milagres de cura frequentes lá, não frequente. Reúna-se em um lugar onde realmente acreditem no evangelho.

 

Esteja atento, Hebreus 10:25 é frequentemente usado para reforçar a importância de não abandonar a assembleia dos fiéis. Mas será que ele está sendo interpretado corretamente nas igrejas de hoje? Será que seu verdadeiro propósito está sendo distorcido para manipular os membros a se submeterem a heresias ou abusos?

 

A Assembleia que Não Cumpre Seu Propósito

 

De que adianta continuar se reunindo se, durante a assembleia, a igreja se recusa a fazer o que é certo? A Bíblia descreve uma assembleia onde cada membro participa ativamente: um ensina, outro traz uma revelação, alguém fala em línguas, e outro profetiza (1 Coríntios 14:26). Mas isso acontece nas igrejas hoje? Se não, por que continuar com essas reuniões?

 

Abandonar a Assembleia ou a Igreja?

 

Hebreus 10:25 é claro: devemos continuar a nos reunir para sermos fiéis a Cristo, não à instituição. Mas, se a própria igreja abandonou os verdadeiros ensinamentos de Cristo, ser fiel a Jesus pode, sim, significar abandonar a assembleia dessas igrejas. Não devemos temer a perseguição de líderes que se afastaram da Palavra, que ignoram ou distorcem os ensinamentos de Jesus.

 

Se as igrejas perseguem aqueles que buscam viver a fé plenamente, praticando e ensinando sobre as promessas de cura e milagres, que diferença faz se essas igrejas continuam se reunindo? De que adianta manter uma rotina de assembleias que, na prática, negam os princípios fundamentais do evangelho?

 

O Verdadeiro Compromisso: Fidelidade Primordial a Cristo, Não à Igreja/CNPJ

 

A grande força da Igreja Católica Romana é exigir lealdade incondicional à Igreja e ameaçar aqueles que estão fora. Muitos pastores episcopais fazem o mesmo. O compromisso com Jesus Cristo não é o mesmo que um compromisso cego com a igreja institucional. Hebreus 10:25 fala de fidelidade a Jesus, não a uma igreja que abandonou seus princípios. Continuar a se reunir em uma igreja que rejeita os ensinamentos de Cristo, como o poder de cura, pode ser uma forma de comprometer-se com o erro.

 

É preciso coragem para deixar para trás igrejas que não vivem plenamente o evangelho. Se uma igreja rejeita as promessas de Deus, como a cura em nome de Jesus, os cristãos devem questioná-la e, se necessário, afastar-se.

 

Um Novo Olhar para a Assembleia

 

O verdadeiro significado de Hebreus 10:25 vai além de simplesmente frequentar uma igreja. Trata-se de uma convocação para permanecer fiel a Cristo, mesmo que isso signifique deixar uma igreja que se afastou dos ensinamentos bíblicos. Escolha com sabedoria onde se reunir, examine o que ela ensina e faz.

 

Se a sua igreja não segue Jesus com integridade e não vive a fé com base nas promessas de Deus, como a cura milagrosa, é hora de considerar abandonar essa assembleia. Busque um lugar onde o evangelho não seja apenas uma palavra, mas uma prática diária, manifesta em milagres e cura.

 

O chamado de Hebreus 10:25 é para mantermos nossa fidelidade a Cristo, e não a uma igreja que se esqueceu do verdadeiro evangelho. Escolha a assembleia que honra Jesus em toda a sua plenitude.

 

"Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que conheçam a esperança para a qual Ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dEle nos santos e a incomparável grandeza do Seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da Sua poderosa força. Esse poder Ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se à Sua direita nas regiões celestiais, muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se possa mencionar, não apenas nesta era, mas também na que há de vir. DEUS COLOCOU TODAS AS COISAS DEBAIXO DE SEUS PÉS E O DESIGNOU CABEÇA DE TODAS AS COISAS PARA A IGREJA, que é o Seu corpo, a plenitude dAquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância" (Efésios 1:18-23).


RM-FRASES PROTESTANTES

Revisado com IA.