Como o Justo Enfrenta o Mundo – Salmo 112
Aleluia! Um
grito que ecoa pelas gerações, pela história, pelo tempo e pela eternidade,
como um sopro poderoso de Deus que nunca se apaga. O servo de Deus, um mortal
que caminha entre os homens e, ainda assim, pertence a um reino mais alto. Ele
não se curva ao caos do mundo; ele respira o ar da eternidade. O Salmo é sua
canção, uma música antiga, mas sempre nova — como a aurora que nasce com a
promessa de luz e vida todos os dias.
A obra de
Deus, ah, ela é vasta, não se pode medir. Sua fidelidade? Uma rocha eterna,
sim, uma montanha que não se move. E o servo? Este é o reflexo de Deus na
terra, imagem de Deus. A fidelidade de Deus é celebrada no Salmo anterior;
aqui, é o homem que carrega essa tocha. O justo, aquele que teme ao Senhor,
torna-se um farol em meio às trevas. Ele não vive pela glória que passa, mas
pelo brilho eterno que permanece; luz eterna.
Bendito é o
servo, diz o texto sagrado antigo, não porque ele acumula tesouros ou saúde,
mas porque ele carrega em si o selo do Espírito Santo. Sua semente será
poderosa — não no campo de batalha, mas no campo da alma humana. O poder do
justo é como um rio subterrâneo, silencioso e profundo, que nutre as raízes do
mundo sem alarde. O servo não brilha com o ouro da terra, mas com o ouro do
espírito, uma riqueza que o tempo não corrompe nem o ladrão rouba.
E o que
dizer de seus inimigos? Ah, ele os enfrenta, não com a espada, mas com a
confiança serena de quem sabe que o mal não triunfa. O justo caminha sobre um
fio de prata que o conduz acima do medo. Ele vê a fúria dos ímpios e sorri,
pois conhece o final da história. Seu coração está firmado em Deus, e a paz o
envolve como um manto. Nada o abala. Não teme notícias ruins.
Generosidade
— este é o selo do servo. Ele dá, não com cálculo e troca, mas com alegria,
como o sol que espalha sua luz sobre todos, sem distinção. E sua memória, ah,
sua memória é eterna, gravada nos corações daqueles que foram tocados por sua
vida. Ele não busca monumentos de pedra, mas deixa monumentos invisíveis nas
almas.
E os ímpios?
Sim, eles se contorcem de inveja. O justo não precisa se proteger, pois o
próprio Deus é seu escudo. Ele não teme a ruína, pois sua segurança não está em
coisas que o vento leva, mas em algo muito maior, algo imutável e etreno.
Não é essa a
verdadeira bênção? O servo de Deus não se mede pelas métricas do mundo. Sua
riqueza não está nas mãos nem no banco, mas no coração. Ele não busca honra,
mas a honra o encontra. Ele não persegue a vitória, mas a vitória caminha ao
seu lado com as bênçãos das promessa dAquele que não falha. E, no fim, ele
permanece — firme, inabalável, como uma árvore plantada junto às águas da
graça.
Aleluia!
Pois é assim que se vive na eternidade enquanto ainda se pisa a terra.
RM-FRASES PROTESTANTES