6.1.09

Virtuosidade

A garota fala dezoito línguas, mas é incapaz de dizer: 'Não', em nenhuma delas.
DOROTHY PARKER

Não me deixe cair em tentação; eu sei cair sozinha.
RITA MAE BROWN, NO FILME GHOST [DO OUTRO LADO DA VIDA]

Aqui está uma regra que recomendo: nunca pratique dois vícios ao mesmo tempo. TALLULA BANKHEAD

O homem não deveria viver sem ética; é melhor ter maus costumes que não ter nenhum.
— MARK TWAIN, NOTEBOOK [ANOTAÇÕES]

E desnecessário dizer que uma coleção de textos sobre virtudes e vícios tem suas próprias armadilhas. Uma delas é que ética é mais que simplesmente conhecer as virtudes básicas e evitar os vícios mortais. (The New York Times Book Review e um programa especial da M TV trataram dos sete pecados capitais, mas nem um deles o fez com profundidade e realismo.) Um grama de virtude vale mais que toneladas de palestras sofisticadas sobre virtude.

Uma segunda armadilha é o perigo oculto do legalismo e do moralismo -em que "legalismo" significa reduzir a vida a regulamentos externos de comportamento, e o "moralismo", a remoção da graça de uma questão e a redução das várias dimensões da vida a uma: a moralidade.

A terceira armadilha é reduzir a vida virtuosa ao que Dallas Willard, competentemente, chama de "administração do pecado" - para os liberais, isso significa somente a remoção de males sociais; e, para os conservadores, somente o perdão dos pecados individuais. Ao contrário, a vida virtuosa é uma questão que diz respeito à capacidade de as pessoas serem boas, em vez de meramente conversar sobre as virtudes.

A vida virtuosa é uma questão que diz respeito à capacidade de as pessoas serem boas, em vez de meramente conversar sobre as virtudes.

Os Guinness