9.7.08
Não Sou Blogueiro de Aluguel (PROTESTO DOS BLOGUEIROS)
Blog é página pessoal, é registro de tempo, é expressão, é alguém falando o que pensa/acha/acredita para quem quiser ler. Blogueiros não têm sindicato, salário, férias, mas fazem muita, muita hora extra. Blogueiro não é jornalista nem publicitário: poder ser tudo e nada, teenager ou mãe de família, cabeleireiro ou alto executivo. Cada um tem a audiência que merece, a credibilidade que conquistou. Por mais que não exista um código formal ou qualquer regulamentação na blogosfera, todo mundo sabe que a lei da transparência está no DNA de cada blogueiro. Os anunciantes estão descobrindo a melhor maneira de usar esta ferramenta para chegar a nichos que beiram os meios convencionais de comunicação. Blogs são interessantes porque consistem em doses periódicas de conteúdo assinadas por alguém que cativa audiências com interesses afins. Muito já se tentou: blogs fictícios, personagens, banners, até o famigerado post pago disfarçado de post autoral, modalidade repudiada pelos blogueiros que prezam pela sua credibilidade e respeitam seus leitores. Atualmente, a melhor alternativa para as marcas entrarem em blogs é proporcionar experiências aos seus autores. Pode ser uma festa, um produto, alguma informação relevante e inédita, não importa. O blogueiro recebe este material e resolve se irá publicá-lo ou não. Quando publica, o faz da sua maneira, ressaltando o que lhe parece interessante dizer. Blogueiro de verdade fala a verdade, doa a quem doer. Blogueiro de aluguel é quem não conhece a dinâmica do meio e tenta enganar. Mas não adianta: o diálogo acaba não acontecendo porque fica mentiroso, vazio, falho. Quem rouba no jogo é blogueiro de aluguel. Quem censura a livre expressão dos blogueiros não deveria nem participar da discussão. Antes de ser mídia ou veículo, blog é opinião registrada de quem tem voz ativa e diz o que pensa: eu não sou blogueiro de aluguel.